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A VOZ DAS RUAS
 
                 Aos servidores públicos
 


É cíclica, desponta vez em vez:
vem fácil como a brisa, num assomo,
e vai, que nem maré, voar talvez.
 

A voz das ruas pode estar no cromo;
jamais faz graça ao pulha do burguês,
do povo no pomar colhendo o pomo.
 

Seu grito ecoa longe, aos quatro ventos.
 

E ai dos poderes surdos, desatentos!  
 

Fort., 28/10/2013.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 28/10/2013
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