Mas que Férias!

Mas que Férias!

Marlene B. Cerviglieri

Todos de malas prontas e ai nos vamos para as férias tão esperadas.

Saímos em comboio em três carros bem lotados.

As férias prometiam muito, queríamos pescar além de irmos.

para a tal caçada ao tesouro.

Cantávamos e pulávamos apesar de pedirem para que ficássemos

Mais calmos.

É claro que não adiantava nada.

Nosso destino era uma chácara do pai de Otavio nosso colega de escola.

Depois de algumas horas de viagem e de confusão também, lá chegamos.

Era um lugar muito lindo que ficava no meio de montanhas, cheio de vegetação e dava para ouvir os pássaros, daí concluindo-se que deveriam ter muitos.

Ficamos em quartos já preparados para nós.

As camas eram de beliche e cada quarto tinha quatro delas.

O banheiro era logo ao lsdo do quarto.

Antes de sairmos para fazer o reconhecimento do local, é claro que fizemos uma guerra de travesseiros!

Foi muito legal...

Como bem educados que éramos deixamos depois disto, o quarto em ordem como quarto de anjinhos....

Andamos por perto mesmo e o senhor Antonio ia nos explicando para cada lado o que havia lá.

Logo chegou a hora da janta e notei que escureceu rápido.

Ficou tão escuro que lá fora não se via nada.

Depois da janta ficamos contando historias, mas caindo de sono, pois o dia havia sido cansativo.

Fomos dormir.

O silencio era total, dormimos como anjos mesmo.

Logo cedo após um ótimo café da manhã, nos organizamos para sair com o senhor Antonio.

-Vejam meninos hoje vamos pescar, portanto cada um pegue seu equipamento e me sigam sempre todos juntos.

Depois de andarmos por mais de uma hora, encontramos o riacho que sai de uma enorme cachoeira.

Era lindo ver a água jorrando como se fugindo de algo.

Pescamos andamos nas pedras e até comemos umas frutinhas que nunca tínhamos visto na vida.

É claro que com o consentimento e conhecimento do senhor Antonio.

Fizemos uma refeição tipo piquenique lá mesmo na beira do rio.

Nem havíamos notado que duas senhoras trouxeram os cestos com muitas frutas lanches gostosos recheados de folhas com muito tomate.

Bebemos leite que era fresquinho lá da chácara mesmo.

Na volta viemos cantando e marchando brincando como sempre.

Tomamos nosso banho, e já era hora de jantar.

Como disse escurecia cedo por lá, mas era inverno também.

Esta noite jogamos na sala grande da lareira.

Claro que dormimos novamente como anjos.

Nesta manhã o senhor Antonio nos reuniu e disse-nos:

- Vamos formar dois grupos em passeios diferentes.

Quem quiser ir conhecer as cavernas deste lado.

Quem quiser ir a caça do tesouro deste lado..

E quem quiser ir conhecer os estábulos e suas crias aqui comigo.

Minha turma resolveu pelas Cavernas.

Um rapaz ia nos acompanhar e desta vez não haveria lanche em conjunto cada um recebeu seu farnel com tudo.

Lá fomos nós.

Embreamos-nos pelo mato e tenho certeza que andamos mais de duas horas até chegarmos à entrada das Cavernas.

Era um bloco de pedra a entrada e lá dentro corria um rio muito fininho.

Fazia muito eco também.

Recebemos uma lanterna grande para nos guiarmos.

Será que é muito escuro lá dentro?

Fomos entrando e sentia um cheiro de terra muito forte e barulho de chuveiro, que era da cachoeira bem no meio da Caverna.

Quanto mais íamos entrando mais escuro ia ficando, até que a lanterna ajudava bastante.

Consegui algumas pedras diferentes para minha coleção.

O chão era de areia e do teto gotejava água.

Nós estávamos em quatro mais o guia que sempre estava a nossa frente.

Parecia não se cansar nunca!

Foi quando resolvemos parar para descansar um pouco..

Duas lanternas haviam apagado não sabemos por quê?

Estava escuro, mas não tanto, mais ou menos.

Encostei-se a uma pedra enorme e gelada.

Meus colegas fizeram o mesmo.

Foi quando ouvimos o uivo!

Forte vibrando em toda Caverna!

Agarramos-nos imediatamente...

O que será isto?

De repente farfalhar de asas, algo voando?

Atônitos mantínhamos os olhos bem abertos.

Foi quando as outras lanternas também apagaram...

E agora?

Começamos a falar baixinho entre nós quatro.

Onde estaria o guia?

Ali agarradinhos e amendotrados permanecemos por bem mais de meia hora.

De repente vimos uma lanterna vindo em nossa direção.

Ficamos quietos, mas com um pouco de medo.

Ah, vocês estão aqui disse o guia.

Nem respondemos.

É nossas lanternas não acendem mais.

Achamos melhor ficar e esperar por você.

-Ouviram o uivo perguntou ele?

-Sim o que era?

-O vento neste horário pega um canal e entra com tudo;

É de assustar não é mesmo?

É, respondemos meio que devagarzinho.

-Viram as águias sobrevoando o teto, é lá que fazem os seus ninhos.

-Percebemos sim que havia vôos de aves, mas sem lanternas!

Fomos voltando e as pernas não queriam andar depressa de tão dura que estavam.

Como foi difícil chegar até a chácara.

Depois do banho e do jantar fomos direto para o quarto.

Que aventura não, esqueci até de comer meu lanche.

Ainda bem que ficamos quietos e esperando, para tudo tem resposta palavras de meu avô.

Desta vez o medo não conseguiu nos atingir demais.

Otavio, que barulho é este?

É o outro grupo que esta jogando cartas.

Dorme meu amigo, amanhã tem mais!

Que tal irmos a cata dos tesouros...

Um abraço.

mbc

Marlene Cerviglieri
Enviado por Marlene Cerviglieri em 06/08/2008
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