Gato Preto

Gato Preto

Não tínhamos gatos ainda.

Até que acabaram aparecendo três.

Um de cada vez.

Gato Tinho, Gato Leque, Gato Pobre.

Iindependentes, bonitos e inteligentes.

Viviam tranqüilos, em paz, felizes da vida...

Até que um dia apareceu outro gato.

Desta vez um gato preto.

Parecia até uma noite sem luar, sem estrelinhas.

De tão preto que era...

Faceiro, andava lento, preguiçooooso...

Tinha uma mancha branca no peito.

Seu pelo era lisinho, lisinho feito veludo.

Claro, foi batizado de “Gato Preto”

E por nós foi adotado.

Ai, ai, ai!

Não ficou mais ninguém sossegado.

Gato Preto era intrigueiro,

Depois de manso virou ladrão e bagunceiro;

Subia no fogão, roubava carne na panela...

Batia no Gato Pobre, coitadinho!

Fazia o maior brigueiro.

Era gato que miava,

Gato que corria,

Gato que pulava a janela...

Vovô ficava estressado,

Dava vassourada daqui, vassourada de lá.

Heloysa arregalava aquele olhão...

Assustada, pulava no sofá...

Até que um dia levou um arranhão.

Meu Deus que confusão!

Foi um Deus nos acuda.

Voou gato por todo lado.

Gato Leque arranhou.

Gato Preto afamado apanhou.

Gato Pobre saiu correndo.

Fugiram desesperados.

...cada um para um lado.

Heloysa aliviada exclamou:

Ainda bem!

Essa casa até parecia uma casa de gatos.