A DONA BARATA

Debaixo de um guarda-roupa

E num cantinho escondida

Dormia a dona barata

Já velha e muito abatida.

Sonhava os dias de glória

Quando bem jovem vivia

Subindo em cima das mesas

Buscando a sua comida:

Mel e migalhas de pão

O resto de uma galinha

Leite estragado e bolor

Um pão de queijo e empadinha.

Que festa! e que alegrias!

Naquela casa sujinha

A baratinha correndo

Por toda aquela cozinha.

Mas um dia de repente

Algo estranho aconteceu

Pois entrando pela porta

Um objeto apareceu.

Roc! Roc! Schep! Schep!

Vai limpando em disparada

A sujeira da casinha

A vassoura encantada.

Mel e migalhas de pão

O resto de uma galinha

Leite estragado e bolor

Um pão de queijo e empadinha.

Tudo jogado no lixo

A casa toda limpinha

Com saúde não se brinca

Adeus! Dona baratinha.

Moses Adam

Poá, Batuíra, 27.5.2009

Para os meus pimpolhos