O coelho e o esquilo

O coelho morava na casa de tia Maria e toda manhã saia pro quintal para comer sua cenoura que ele mesmo tirava da plantação. Mas todo dia ele percebia que algo de estranho acontecera e observava que dia após dia a plantação de cenoura estava diminuindo bruscamente.

Não era porque todos os dias ele colhia a sua cenoura que a plantação poderia desaparecer daquela forma. O coelho via que algo de estranho estava acontecendo e passou a vigiar o que de anormal acontecera na plantação.

Na manhã seguinte ficou escondido atrás da palmeira e viu que as cenouras sumiam e eram sugadas pra dentro da terra e aproximando-se viu os buracos que ficavam. Mas num súbito descuido o coelho acabou caindo dentro de um dos buracos e ao cair no fundo do buraco dá de cara com um esquilo. Sim, ele mesmo, o esquilo que todos os dias roubava a plantação do coelho. E o coelho resmungou:

__Então era você que dava sumiço às minhas cenouras?

__Sim, também tenho fome igual a você!

__Mas não era mais leal se você me pedisse?

__E que certeza eu teria que você iria me dá?

__Mas como você teria certeza se não arriscou me pedir?

__Sei que errei, mas já que fui descoberto quero fazer o certo.

__De hoje por diante vamos fazer um acordo

__Qual acordo?

__Teremos os dois uma quantidade certa de cenouras pra nós dois.

__Isso! Gostei da idéia.

__E ainda quero lhe oferecer um cantinho lá na minha casa pra você morar

__Será ótimo, melhor do que viver embaixo da terra sem moradia certa.

__Agora teremos que plantar novas cenouras, pois um dia essas acabarão.

__Boa idéia. É preciso que tenhamos consciência de que tudo pode acabar um dia?

__E se não repormos ficaremos com fome e sem alimento.

__Isso mesmo.

E assim foi feito o acordo entre o coelho e o esquilo que toda manhã dividiam a plantação de cenouras entre eles e assim que acabava, procuravam plantar e assim poderiam ter o alimento deles sempre que estivessem com fome.

“Saber partilhar é saber viver em comunhão”

Alessandro Mello
Enviado por Alessandro Mello em 03/02/2011
Reeditado em 04/02/2011
Código do texto: T2769429