Galo valente

Eu tinha um galo valente

Que batia em pato e até na gente.

Era o mais belo da vizinhança.

Seu problema foi a comilança

Nenhum galo da região

Vivia comendo lacraia e escorpião.

Um dia comeu cobra coral

Esse foi seu mal.

Meu galo ficou azul

O veneno da peçonhenta matou o Zulu.

Zulu era galo de estimação

E para uma apresentação,

Seu penacho colorido

Ao qual deixava Zulu com ar exibido

Serviu para roupa indígena na escola

Minha irmã não deu bola.

Mas eu ao ver o galo amordaçado

Meu coração ficou despedaçado.

Enterrei a carcaça

Apesar de mandarem jogar na praça

Para alimentação da cachorrada.

Choveu e a enchorrada

Levou o Zulu para o arco-íris

De onde me olha feliz.