Como isso seria se assim não fosse?

Era uma vez um menino que gostava de inventar brincadeiras.

Um belo dia, depois de muito pensar,

Ele inventou uma brincadeira, dessas que foi feita pra brincar...

Mas, espera um pouco! Será que estou ficando louco?!

Se brincadeira não for pra gente se divertir, de que outra forma ela poderia servir?

Acontece que era uma diversão muito diferente!

Dessas que mexem com a cabeça da gente.

E podia brincar gente de toda idade.

Bastava ter um pouco de criatividade.

Bastava pensar em algo bem simples.

Ficar pensando, pensando...

Assim como num pirulito ou num doce

E ficar imaginando, imaginando...

Como isso seria se assim não fosse?

Nessa brincadeira, nada servia para o que havia sido criado.

O pente não servia pra ter o cabelo bem penteado.

A chave não tinha sido feita pra fechadura e nem pra cadeado.

Num copo nada se podia beber.

Nem num caderno nada se podia escrever.

Já pensou que confusão?

Se uma bola não fosse feita pra jogar,

Se um lápis não servisse pra anotar ou pra pintar,

Se a borracha não se usasse pra apagar ou se um sapato não fosse pra calçar?

O que a gente podia pensar?

Era assim que se brincava!

E todo mundo numa nova ideia pensava.

O que fazer com tudo aquilo lá,

Que parecia estar fora do lugar?

Pensando bem, a bola podia virar travesseiro.

O sapato? Só perguntando ao sapateiro!

Com o lápis a gente podia o dia inteiro se coçar.

A borracha... será que dá pra imaginar?

Já pensou quanta confusão?

Se uma bexiga não pudesse virar balão,

Se um livro não servisse pra ler,

Se pirulito não fosse feito pra lamber ou se num copo a gente não pudesse beber?

O que a gente podia fazer?

Desse jeito, a brincadeira continuava.

E de cada pessoa que o menino perguntava,

Muita resposta maluca surgia!

Diziam coisas que ninguém nem sabia se existia!

Era algo divertido e engraçado

E o menino lembrou como tudo tinha começado.

Então, ele saiu por aí a perguntar:

E se brincadeira não fosse pra brincar?

O que a gente podia inventar?

Mano Kleber
Enviado por Mano Kleber em 16/11/2011
Reeditado em 26/10/2012
Código do texto: T3338916
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