Alakazam, Invadindo os Contos de Fadas

Quatro amigas foram visitar uma feira de livros em uma excursão da escola juntamente com outros colegas. Lá, as meninas Bianca, Thassiane, Raquel e Priscila visitaram vários stands e leram muitas historinhas legais repletas de aventura, humor, romances e lindas mensagens para o nosso dia a dia.

Bianca disse: Já pensou se pudéssemos entrar nessas histórias e interferir na vida desses personagens e fazer com que o final feliz deles chegasse mais rápido?

Raquel: Seria uma revolução nos contos da Dona Carochinha.

Priscila: Acho que ficaria engraçado mudar o jeito de se contar estas histórias.

Thassiane: Será? Estas historinhas já agradam ao mundo inteiro já faz tanto tempo que uma mudança poderia ser estranha para os que gostam das histórias da maneira que elas são e com as mensagens que elas trazem.

Bianca: Olha, eu acho que ficaria legal sim. Aquelas princesas, por exemplo, são muito bobinhas e precisam de um choque de realidade...

Thassiane: Choque de realidade em contos de fadas? A gargalhada entre as meninas foi geral.

Priscila: Acho que Bianca pode está certa em uma coisa, aquelas vilãs e bruxas malvadas fazem das princesas gato e sapato e elas não reagem esperando que aconteça alguma coisa.

Thassiane: A graça está justamente na inocência das personagens, elas não tem que ser moderninhas. É preciso que o leitor veja a diferença das personagens bem clara e saiba quem é malvada e quem é boazinha...

Priscila: Eu até gostaria de entrar em um conto de fadas, mas ao contrário de Bianca, não gostaria de interferir nas histórias, só queria presenciar os fatos...

Bianca: Pois eu mantenho minha opinião, se aparecesse um livro mágico em minha frente com algumas histórias, eu entraria nele sem pensar duas vezes...

Raquel: Eu ficaria com medo...

Priscila: Eu também ficaria com medo, mas entraria como curiosa...

Thassiane: Eu ficaria do lado de fora e deixaria os personagens viver o que elas teriam que viver...

Enquanto as garotas conversavam, um inventor maluco que se chamava Heitor ouvia tudo que elas comentavam sobre os livros e a possibilidade de fazer parte dos contos da Carochinha.

O inventor Heitor havia criado uma máquina em forma de livro capaz de transportar as pessoas ao passado e as histórias infantis. O velho inventor já estava matutando uma forma de fazer com que as garotas entrassem em um gigantesco livro que se encontrava na feira e que só ele e seu assistente sabiam que o livro era mágico e tinham este poder de fazer esta mudança de mundo real para o mundo da fantasia.

Foi então que ele se aproximou das meninas e disse que gostaria de mostrar a elas um livro muito especial deixando todas encantadas e com muita vontade de ver os livros. Thassiane embora quisesse ver o livro também estava desconfiada das intenções daquele senhor.

Bianca puxou Raquel e Priscila pelas mãos e insistiu que Thassiane fosse olhar também, a garotinha acabou cedendo ao apelo das coleguinhas...

Chegando a uma sala maior que as outras onde estavam os outros livros, estava o livro gigante aberto sobre o chão e que se as meninas pulassem em cima dele e ele fosse fechado elas estariam dentro das histórias infantis que conhecemos.

O inventor antes de chegar à sala conversou apenas com Bianca sozinho e disse a ela que o livro era mágico e que ela poderia entrar nas histórias, só não disse que elas poderiam ficar eternamente presas no passado e nunca mais voltar aos dias atuais.

Bianca encantada com a idéia de fazer parte de um livro empurrou Priscila e Raquel que seguravam sua mão para dentro dele e depois se jogou e puxou o pé de Thassiane que entrou contra a vontade. O inventor rapidamente fechou o livro dificultando assim que as meninas voltem ao seu mundo natural sem as deixar saber que só poderiam voltar caso o livro se abrisse novamente.

As meninas caíram e ficaram flutuando no ar até caírem em cima de uma árvore e despencarem ao chão.

Ao longe as meninas percebem a vinda de outra garota com um cesto na mão e com um vestidinho vermelho acompanhado de um capuz. A garotinha vinha cantarolando uma musiqueta assim: “Pela estrada afora eu vou bem sozinha levar este doce para a Vovozinha...”. É Chapeuzinho Vermelho, disse Bianca: As quatro resolveram se esconder atrás de uma moita enquanto a menina passava saltitante e cantando. Logo em seguida aparecia um Lobo feio e assustador acompanhado a menina sem que ela visse. É o Lobo Mau, disse Thassiane: O Lobo cortou um atalho para chegar à casa da Vovozinha antes de Chapeuzinho e as meninas seguiram o vilão. As meninas foram espertas e conseguiram chegar à casa da Vovó antes do Lobo e chegando a casa esconderam a Velhinha e Bianca se disfarçou de Vovó para enganar o Lobo enquanto as outras se escondiam no armário junto com a Vovó.

O Lobo arrombou a porta com muita força e foi direto ao quarto para devorar a velhinha e ao chegar viu Bianca pensando ser a Vovó.

Vovozinha aqui está eu, o Lobo Mau, eu vim para comê-la e deixar minha barriguinha bem alimentada, a senhora não vai me escapar. O Lobo ao abrir a boca para devorar a presa viu um guarda – chuva aberto vir em sua direção e entrar inteiro em sua boca. Era Bianca que havia atirado. Logo em seguida as outras três meninas saltaram do armário e a vovó pegou um jarro de flores que estava ao lado e bateu na cabeça do malvado. O Lobo ficou zonzo e desmaiou. Depois as quatro garotas pegaram o Lobo uma em cada pata e atirou ele para bem longe da casa. O Lobo acordou assustado logo em seguida e foi embora com medo delas. Depois dos fatos ocorridos chegou Chapeuzinho Vermelho para entregar os doces da Vovozinha, apenas a velhinha viu as meninas. O caçador não precisou participar dessa estória, o que o deixou muito aborrecido, pois tem orgulho do seu trabalho de salvar garotinhas e velhinhas indefesas.

As meninas saíram pela portas para não serem vistas por Chapeuzinho Vermelho.

Bianca diz: Que legal! Detonamos o Lobo Mau!

Thassiane: Acho que a Vovó seria salva de qualquer maneira, pois o destino dela estava escrito pela Carochinha.

Raquel: Também acho que não deveríamos ter nos metido nessa história

Priscila: O caçador que deve ter ficado bravo com a gente, pois simplesmente o tiramos da história...

Bianca: Que nada! Pois eu já estou pensando em outro conto de fadas, já imaginou entrar na história da Cinderela?

Thassiane: Tenho medo daquela Madrasta...

Raquel: Aquele Príncipe deve ser um gatinho...

Priscila: O baile eu faço questão de ver...

As meninas começam a caminhar e vêem um castelo logo em seguida.

Elas caminham sem perceberem que estão sendo observadas por uma senhora e mais duas moças que são suas filhas.

Olha mamãe, disse uma das moças: Está vendo aquelas meninas como se vestem diferente da gente e são estranhas?

Parecem até que vieram de um mundo que não é o nosso, disse a outra moça que se encontrava em uma varanda da casa junto com a mãe e a irmã.

Já sei, disse a mãe das moças: Vou mandar nosso empregado capturar estas meninas e obrigá-las a trabalhar a força junto com aquela molenga da Cinderela...

Talvez não precisem de tanta força assim, elas estão vindos em nossa direção, disse uma das moças.

Chegando ao castelo disse Bianca a todas: Como vão vocês? Nenhuma delas respondeu a garota.

Meu nome é Bianca e estas são minhas amigas.

Esta moreninha é a Priscila, a ruivinha é a Thassiane e a Lourinha é a Raquel...

Bianca de uma hora para outra se assustou lembrando que aquela senhora era a Madrasta da Cinderela e as outras duas suas irmãs invejosas e feias...

Bianca, atrevida e ao mesmo tempo corajosa olhou nos olhos da Madrasta e disparou:

A senhora não tem vergonha de ser tão malvada e obrigar a pobre da Cinderela a trabalhar sozinha limpando este casarão todo?

Cala a boca Bianca, resmungava Thassiane baixinho.

Não me calo diante de injustiça, disse Bianca:

Bianca: A senhora não sabe que todas as pessoas que trabalham têm hora de começar e terminar, e tem que receber salário por suas tarefas?

Bianca: Sua velha feia e pão dura!

Logo em seguida alguns soldados do castelo chegaram e pegaram as meninas levando elas para dentro do castelo e entregando produtos de limpeza como baldes, panos de chão, vassoura e rôdo para elas limparem o castelo junto com Cinderela...

As meninas foram rendidas cada uma por um soldado e soltas na sala para realizarem as tarefas...

A Madrasta chegando até as meninas disse: Quero este castelo brilhando como um brinco, minhas novas escravas.

Quem vai ficar brilhando como um brinco é a senhora disse Bianca ao atirar um balde de água na Madrasta e nas moças junto com as outras meninas.

Bianca diz ás gargalhadas: Quem sabe agora a senhora não fica limpa de seu orgulho besta e sua inveja?

A Madrasta diz: Meninas atrevidas! Vou prender vocês em um quarto escuro e vocês vão ver do que eu sou capaz.

Enquanto a Madrasta xingava as meninas, elas passavam sabão no chão para que quando os soldados e a Madrasta fossem correr atrás delas escorregassem...

É mesmo? Disse Bianca:

Então venha nos pegar, disse Raquel:

Ao correr em direção delas todos escorregaram.

E as meninas correram junto com Cinderela fugindo do castelo...

Ao fugirem deram de cara com a fada madrinha com cara de brava.

Que bagunça é esta? Vocês quatro estão querendo transformar nossa historinha no samba do crioulo doido?

Comigo não violão, estão pensando que eu sou bobinha igual ao caçador da história do Chapeuzinho e perder minha boquinha nessa história? Nem morta meu bem!

Cinderela querida! Volte para o castelo e vamos prosseguir com nossa história.

Vai rápido ou se não só vai chegar ao baile à meia noite do outro dia e será tudo um desastre e bye, bye final feliz e continuará sendo explorada por aquela folgada de sua Madrasta e suas filhas mocreias...

E quanto a vocês, disse a fada às meninas:

Sumam daqui, ou eu canso de ser uma fada boazinha e transformo vocês em molho de tomate...

Disse Thassiane: A senhora está certa, já atrapalhamos demais e vamos parar por aqui...

As meninas seguiram viagem e Bianca já estava com sua imaginação direcionada a outro conto de fadas que é o da Branca de Neve e os sete anões.

Thassiane diz a Bianca: Se você estiver pensando em invadir outra história não conte comigo, já fizemos besteiras demais por hoje e devemos voltar para a casa.

Bianca: Meninas, só mais uma, por favor, eu sou doida para desmascarar aquela Bruxa que faz a Branca de Neve sofrer tanto.

Thassiane: Não devemos atrapalhar o destino dos personagens da história e nem o das pessoas da vida real. Tudo tem seu tempo de acontecer e querer adiantar ou atrasar não está certo...

Priscila: A Thassi está certa Bi, o que gente tem que fazer é achar o caminho de volta para casa e não interferir em mais nada.

Raquel: E eu já estou sentindo falta do meu mundo, dos meus amigos e minha família...

Thassiane: Todas nós estamos, parece que menos a Bianca...

Bianca: Está certo, vamos todas pelo atalho que nos leva a caminho de casa...

Bianca na verdade estava enganando sua amiguinhas e caminhando para a história da Branca de Neve,mal sabe ela que a Carochinha com sua incrível imaginação já tinha um plano para tirar as meninas do mundo da fantasia e fazê-las voltar ao mundo real.

Depois de andar algumas léguas as meninas chegaram perto de uma mina e viram ali vários homens pequeninhos trabalhando.

Thassiane: Bianca! Será que você não aprende? Você nos enganou e nos trouxe a mais outra história infantil contra a nossa vontade.

Bianca: Eu prometo que é a última vez, estava muito curiosa para conhecer a Branca de Neve e Os Sete Anões, depois vamos embora, juro.

As meninas não perceberam que estavam sendo vista por um dos Anões que era o mais bravo de todos e conhecido como Zangado.

Rapazes, disse Zangado aos outros seis anões: Tem quatro mocinhas enxeridas entrando em nossa história, nos vamos deixar?

Claro que não, disse o Mestre: Pois então, vamos colocá-las para correr! Os Sete Anões pegaram suas pás, enxadas, marretas e começaram a correr atrás das meninas.

Claro que eles não tinham a intenção de fazer mal algum para elas (Pois eram bons de coração), apenas tirá-las da história, pois combinaram este plano com a Carochinha.

Assustadas, elas começaram a correr sem parar e Bianca conduziu todas ao caminho que dava para a saída do livro.

Ao chegarem cansadas e suadas, Priscila perguntou: Como vamos sair daqui se a capa do livro está fechada?

Alakazam!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!** Disse Bianca: O livro se abriu e as meninas conseguiram sair das histórias infantis e retornar ao seu mundo real.

Como que você descobriu o jeito de sairmos desse mundo? Perguntou Raquel a Bianca?

Bianca diz: Uma pessoa esperta e descolada como eu sempre consegue se safar dos apuros com mais facilidade. Vi o inventor guardando um papel e retirei do seu bolso o papel e deduzi que esta era a palavra mágica para sairmos do mundo da fantasia e voltarmos ao mundo real.

Thassiane vendo que o livro ainda estava aberto o fechou para evitar mais problemas.

Pois bem, disse Thassiane: Tivemos uma grande aventura hoje, mas agora vamos voltar para o ônibus da excursão e irmos para casa, todos devem ter ficado preocupados com nosso desaparecimento.

Thassaine ainda disse: Espero que com este susto todas nós e principalmente você Bianca tenha aprendido que cada um tem sua vida e sua história para viver e se a gente interferir sem ser chamado poderemos atrapalhar tudo que estas pessoas têm para aprender com suas dificuldades, e se as pessoas não aprendem nada acaba também não tendo nada para ensinar.

Thassiane: Portanto, nunca mais quero entrar nas histórias da Carochinha, prefiro acompanhá-las pelos livros e através dos contadores de história.

Raquel: Eu aprendi a lição e concordo com Thassiane.

Priscila: Eu também,quando for adulta e mãe quero contar estas história para meus filhos,e do jeito que elas são.

O inventor Heitor pediu desculpas às meninas e disse que iria desfazer a mágica do livro.

Bianca se mantinha calada enquanto as meninas conversavam sobre o assunto.

As quatro meninas foram embora da feira e seguiram direto ao ônibus que aguardava a chegada delas.

Enquanto isto na feira, o inventor Heitor procurava em seus guardados a chave brilhante que abre o livro e desfaz a mágica, pois a senha usada por Bianca só servia para abrir o livro quando elas estavam dentro dele.

Enquanto isto no caminho de volta para casa às meninas conversava a respeito da aventura que viveu no mundo da fantasia e das coisas que aprenderam.

Priscila percebeu que algo brilhava intensamente na mochila de Bianca e perguntou o que era.

O que é esta coisa fosforescente em sua mochila?

Bianca: É um brinquedo especial, e que pode nos proporcionar muitas outras aventuras...

Fim

Alakazam = Esta palavra talvez não exista, criei para ser a senha que tira as garotas do mundo da fantasia. Mas se existir, e alguém souber o significado pode enviar que colocarei a explicação

Interação de Alberto Vasconcelos

Parabéns Fábio,você se revelou um excelente contador de histórias. E o melhor é que a sua história tem a vertente de fábula pois encerra um conceito de comportamento, talvez o melhor deles - Não se meta na vida alheia - Quanto a origem da palavra ALAKAZAN, talvez (eu disse talvez) tenha origem árabe, primeiro porque começa com o prefixo ALA (supremo, superior) e KAZAN tem o som muito próximo de Cassim (eleito em Indi) e como os árabes e hindus sempre se misturaram por conta das especiarias transportadas pelas caravanas, pode ser que essa palavra tenha se incorporado ao ABRACADABRA de origem celta quando da ocupação da península Ibérica pelos árabes que teve duração de mais de 700 anos.

Interação de Ana Flor do Lácio

Não conheço a palavra ALAKAZAN, mas, como brilhantemente referiu o colega Alberto, é provavel que seja de origem árabe, pelo prefixo AL e também porque remete às histórias das arábias, mil e uma noites, etc. De fato, os árabes (também chamados de muçulmanos, mouros e infiéis) ocuparam e permaneceram durante quase oito séculos na península ibérica (o território que hoje é ocupado por Portugal e Espanha) e sua influência foi gigantesca a todos os níveis. Houve grande contribuição da língua árabe para aquela que mais tarde veio a ser a nossa língua portuguesa.É provável, inclusive, que esta seja a maior contribuição não-latina para o vocabulário português. A maior parte desses vocábulos começa com o prefixo AL. Aliás, quase todas as palavras que conhecemos iniciadas por AL são de origem árabe, inclusivamente o nome de várias cidades e regiões por eles invadidas, principalmente no sul: o Algarve e o Alentejo (ex. de palavras de origem árabe: alazão, alcorão, albatroz, alcateia, alcatifa, alcaparra, alcool, alecrim, alfaiate, alfazema, algarismo, álgebra, algodão, alicate, Aljustrel, Aljubarrota, Alcácovas, Alcácer-Quibir, etc.)

Interação de Corte de Gorobixaba

Talvez a palavra ALAKAZAN seja de origem mongol e signifique CASTELO; ou quem sabe, seja de origem persa e signifique O PODEROSO...

Interação de MARLI CALDEIRA MELRIS

Provavelmente deve ser o mesmo que: abracadabra

(?eu criarei na medida em que falo?)

Alakazam (Pokémon)- desenho japonês.

Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 21/01/2012
Reeditado em 17/08/2013
Código do texto: T3453454
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