Margareth

     Eita garotinha cabreira era a minha amiga Margareth. Desconfiava até da própria sombra. Outro dia, apareceu um bilhetinho de amor dentro do seu caderno.  Pronto! Este foi o motivo para começar a olhar para todos "com cara de poucos amigos". Dizia "alto e bom som" que iria desmascarar o autor daquela brincadeira de mau gosto. Ora, ora, onde já se viu alguém se apaixonar por mim! Esbravejava a Margareth.
     Eu sem querer me meter na conversa, permanecia calada diante de seus ataques de fúria. Aliás, no fundo, no fundo eu concordava plenamente com ela, pois era difícil de acreditar que qualquer garoto viesse a nutrir algum sentimento por uma garota como a Margareth.
     Margareth até podia ter lá as suas qualidades. Gostava de estudar, era caprichosa em tudo que fazia, porém, nunca vi garota mais encrenqueira, birrenta e enfezada, do tipo que dá uma boiada para entrar e nunca mais sair de uma briga.
     É, realmente, essa estória de admirador secreto tinha mexido com minha amiga Margareth. A cada novo bilhetinho o seu sangue fervia, ficava vermelhinha tal qual um pimentão.
     Ah! Isso não vai ficar barato! Berrava a Margareth. Ela, então, passou a arquitetar mil planos para descobrir o autor daquele bilhetinho meloso, argh! Na verdade, o que ela queria mesmo era "quebrar as fuças" do tal sujeitinho. E não é que um dia o dito cujo caiu na arapuca.
     Tamanha foi a cara de espanto da Margareth ao descobrir que o Armando, o garoto mais tímido da turma, era o autor de todos aqueles bilhetinhos apaixonados. Puxa! Por essa ela não esperava! Margareth nada falou. Fez-se um silêncio catatumbal...




* Direto do rascunho, talvez modifique o texto depois... Não resisti a imagem,rsrs.
Márcia Kaline Paula de Azevedo
Enviado por Márcia Kaline Paula de Azevedo em 03/06/2012
Reeditado em 03/06/2012
Código do texto: T3704129
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