OS SOBRINHOS DO CAPITÃO
Já sei até quem foram os engraçadinhos
Que jogaram meu radinho na panela de feijão
Só pode ser obra dos meus dois sobrinhos
Eles lembram Ranz e Fritz e eu que nem sou capitão
Pois dia desses até eu fiquei com dó
Amarraram a vovó e amordaçaram a velhinha
Foi gritaria, um tremendo reboliço
Pois jogaram pó de mico enquanto ela dormia
Fora de casa fica tudo mais tranqüilo
Ah! Se fossem os meus filhos não seria tão hilário
É diabrura em cima de diabrura
Guardem suas dentaduras, lacrem o vaso sanitário
Porque esses dois têm o diabo no corpo
Eu fiquei foi um mês torto quando puxaram a cadeira
O meu vizinho quase teve um infarto
Amarraram o cão com o gato lá no pé de bananeira
Botaram açúcar no colírio da mamãe
E depois jogaram cinzas no xarope do papai
Confesso, nunca vi tanta travessura
Esses dois ninguém segura e ninguém aguenta mais
E olha que eles só têm sete anos
Chego às vezes a pensar que eles não têm coração
Quando calados é certo que estão tramando
Certo é que o pai e a mãe dormem com o chinelo na mão
E os dois me lembram um gibi que eu sempre lia
Hanz e Fritz , dois pestinhas, sobrinhos do capitão
Onde o final da historia a gente já sabia
Que depois das diabruras sempre vinha o esfregão
E que esfregão...
Cara, eu odiava o Capitão!