OS SOBRINHOS DO CAPITÃO

Já sei até quem foram os engraçadinhos

Que jogaram meu radinho na panela de feijão

Só pode ser obra dos meus dois sobrinhos

Eles lembram Ranz e Fritz e eu que nem sou capitão

Pois dia desses até eu fiquei com dó

Amarraram a vovó e amordaçaram a velhinha

Foi gritaria, um tremendo reboliço

Pois jogaram pó de mico enquanto ela dormia

Fora de casa fica tudo mais tranqüilo

Ah! Se fossem os meus filhos não seria tão hilário

É diabrura em cima de diabrura

Guardem suas dentaduras, lacrem o vaso sanitário

Porque esses dois têm o diabo no corpo

Eu fiquei foi um mês torto quando puxaram a cadeira

O meu vizinho quase teve um infarto

Amarraram o cão com o gato lá no pé de bananeira

Botaram açúcar no colírio da mamãe

E depois jogaram cinzas no xarope do papai

Confesso, nunca vi tanta travessura

Esses dois ninguém segura e ninguém aguenta mais

E olha que eles só têm sete anos

Chego às vezes a pensar que eles não têm coração

Quando calados é certo que estão tramando

Certo é que o pai e a mãe dormem com o chinelo na mão

E os dois me lembram um gibi que eu sempre lia

Hanz e Fritz , dois pestinhas, sobrinhos do capitão

Onde o final da historia a gente já sabia

Que depois das diabruras sempre vinha o esfregão

E que esfregão...

Cara, eu odiava o Capitão!

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 20/06/2014
Código do texto: T4852312
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