A lua cheia e a casa do fim da rua

Era uma casa no fim da rua.

Todas as noites os morcegos voavam sobre a casa. Havia nela uma chaminé alta por onde eles passavam para dormir.

Então, um dia, a lua apareceu no céu.

De início, a lua surgiu baixa, como se estivesse no chão da rua. Uma lua como se fosse uma abóbora, para se estender no chão!

Sabe o que faz uma lua cheia assim?

Ela toma de conta de toda a rua jogando raios de luz nas casas.

Mas a lua caminhava.

E nada melhor do que ficar sentada no céu olhando a chaminé da casa no fim da rua.

Quando a lua parou, toda a casa se pintou de laranja.

Foi um libertar de morcegos que voaram pelo céu com tanta claridade. E invadiram as árvores, as torres da igrejinha e o alto de um morro que ficava por trás da casa do fim da rua.

E no céu se desenhou uma nuvem escura de morcegos, momentaneamente, na frente de uma parte da lua.

— Quem foi que colocou uma cortina na minha frente?, — perguntou a lua.

Nem se sabe como foi a resposta, se é que houve alguém que respondeu a essa pergunta feita num salto que a lua deu fugindo da nuvem de morcegos!

Impulsionada pelo salto, a lua passou por cima da chaminé da casa e ficou mais ao lado, quase inclinada para o telhado da sala, de modo que uma menina que estava em sua janela ficou admirando o luar.

Como a noite estava muito quente, a lua sorriu para a menina e foi indo se balançando para uma praia.

E a lua foi no vento... Colorindo todo o céu de um laranja-vivo que é para deixar saudades!

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 26/04/2016
Reeditado em 27/04/2016
Código do texto: T5617060
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