*Colorido aprendiz*
Tentei saudar a Primavera
para saber como era.
Falar dos brotos quisera,
mas a sinaleira não deixa
eu parar e faço queixa.
Porque o que era lilás,
ficou no banco de trás,
e tudo que era vermelho
fez tinta no meu cabelo.
A terra, não quis o chão
sem roupa, que de pirraça
tratou de fazer colchão
de flores e muitas raças
com tranças envaidecidas
de colorido aprendiz
e de carona num giz
escrevo no azul do céu
na passarela das flores
usando todas as pétalas
do alto como um condor
saúdo a Primavera
declarando meu amor!
Canos, 03 de setembro de 2006/RS