NAVE ERRANTE

Uma nave errante

De um Planeta distante

Pousou na cidade

Surgiu assim do nada

Ofuscando a claridade

Da manhã ensolarada

Cidade morta de medo

Fez silêncio cortante

Daqueles de doer o ouvido

Sem fazer qualquer ruído

Abriu-se imensa porta

Desceu um tripulante

Do tamanho de um gigante

Olhos atentos brilhantes

Parecia ter sete sentidos

Par de asas cintilantes

Ignorando a gravidade

Saiu pelo céu a flutuar

Velocidade de outro mundo

Voltou em um segundo

Acenando misteriosa

Troca de medos no olhar

Uma criança curiosa

Ousou se aproximar

Levou nas mãos uma rosa

Deu um sorriso, foi o bastante

Para o viajante lhe abraçar

Convidou-a para entrar

Disse que o comandante

Tinha um segredo pra contar

Tempo menor que um instante

A criança voltou sorridente

À sua volta correu toda a gente

Contou que o comandante

Mostrou-lhe uma das mãos

Com ricos anéis de diamante

Na outra pedras coloridas

Disfarçando as feridas

Escondidas no coração

Nas botas de majestade

Pés doloridos e calejados

De tantos caminhos errados

Longas viagens pela vida

Atrás do mais importante

Encontrar a felicidade

A nave em silêncio partiu

Não se sabe de onde veio

Ninguém mais a viu

Desde então todo amanhecer

Procuram a nave errante

No horizonte aparecer

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 26/06/2018
Código do texto: T6374294
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