O Macaco e o Caroço de Milho

Era uma vez um Macaco numa GRANDE FLORESTA comendo tranquilamente uma espiga de milho sobre um velho Toco de

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Era uma manhã de pouco sol, as

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balançavam calmas, o vento

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quase sem força, uma SOMBRA GIGANTESCA invadia a paisagem verde, pássaros cantavam freneticamente, as folhas

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como bailarinas no ar até encontraro solo, e havia um

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espasso, num céu azul de gaivotas

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parecendo formiguinhas de tão

d i s t a n t e s.

De repente, o Macaco deixou

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um caroço da sua saborosa espiga de milho. Logo ele percebeu que havia

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sob a GRANDE RAIZ do velho Toco de

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em que ele estava sossegadamente sentado. O Macaco, que tinha os OLHOS maior que a boca e o ESTÔMAGO maior que o próprio corpo, pôs-se a barafustar as raízes desesperadamente a procura daquele mísero e mixe caroço de milho. Não achando, disse ao Toco:

- Toco, me dá o meu caroço de milho!

O Toco, acordando de um

LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOONGO sono enfadante, sem saber muito bem o que aquele bicho queria dizer, nada respondeu.

- Toco, você é surdo ou será que tô falando grego? ocoT, em ád o uem oçorac ed ohlim! Eu disse: me dá o meu caroço de milho!

O Toco então percebeu o que estava acontecendo, e respondeu:

- Não, eu não devolvo não. Ele agora é meu. Achado não é roubado!

- Toco, devolve Toco!

- Não, eu não devolvo.

- Toco Toco!

- Não e não.

O Macaco já estava nervoso, agitado,

................................................................................ ia pra lá

e pra cá................................................................................

tentando encontrar o seu caroço, mas

nada

encontrava, e o Toco firme, não devolveria.

- Não!

- Sim!

Sem encontrar uma outra saída, o Macaco ameaçou:

- Ou devolve o meu caroço de milho ou vou mandar o Fogo te queimar!

- Pode mandar!

O macaco foi a procura do Fogo. Não foi muito difícil encontrá-lo, afinal de contas, era muito comum queimadas naquela floresta.

- Fogo, queima o Toco que não devolve o meu caroço de milho!

- Não, ele não fez nada comigo.

- Fogo Fogo, queima o Toco!

- Eu disse e repito, não queimo não!

O macaco, muito irritado, ameaçou:

- Se é assim, eu vou mandar a Água te apagar!

- Pode ir! - continuou firme o Fogo.

E foi o Macaco atrás da Água. Quando encontrou, ordenou:

- Água, apaga o Fogo

que não queima o Toco

que não devolve o meu caroço de milho!

A Água logo respondeu:

- Eu não, ele não fez nada comigo.

- Água Água, apaga o Fogo!

- Não não, não apago não!

O Macaco ameaçou de novo:

- Já que não vai apagá-lo, vou mandar o Boi te beber!

- Não.

E lá foi, de galho em galho, o Macaco

t i t e

a l t a n

s

atrás da boiada.

- Boi, bebe a Água

que não apaga o Fogo

que não queima o Toco

que não devolve o meu caroço de milho!

- Eu não, ela não fez nada comigo - mugiu o Boi.

- Boi Boi, bebe a Água! - gruniu o Macaco, irritadíssimo.

- Não!

- Vou mandar o Cão ladrar atrás de ti! - ameaçou o macaco outra vez.

- Eu disse não.

Encontrou o Cão e ordenou:

- Cão, ladra com o Boi

que não bebe a Água

que não apaga o Fogo

que não queima o Toco

que não devolve o meu caroço de milho!

- Eu? Eu não, ele não fez nada comigo.

- Cão Cão, ladra com o Boi ou...

- Ou o quê, Macaco? - ladrou o Cão, já irritado com o rabudo.

- Ou vou mandar a Onça te comer!

- Já vai tarde, macaco orelhudo!

A Onça dormia preguiçosamente quando o Macaco a despertou:

- Onça, come o Cão

que não ladra atrás do Boi

que não bebe a Água

que não apaga o Fogo

que queima o Toco

que não delvolve o meu caroço de milho!

A Onça, indiferente ao pedido do Macaco, continuou no seu sagrado sono felino.

- Onça Onça, come o Cão!

- Eu não, ele não fez nada comigo... - bocejou a Onça

- Se não comer o Cão eu vou mandar o Homem te caçar!

De nada adiantou, a Onça, após uma lambida numa das patas, contiuou dormindo.

Não foi difícil encontrar o Homem, afinal eles estavam em todas as partes, havia milhões deles

homem homem homem homem homem...

homem homem homem homem homem...

homem homem homem homem homem...

homem homem homem homem homem...

homem homem homem homem homem...

homem homem homem homem homem...

por todos os espaços, homem homem homem...

em cada... canto..........................................................................homem, em qualquer lugar,

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H E M

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..H M..

cidade, floresta, céu, mar, em todo o mundo.O Macaco, diante daquele ser arrogante, pediu:

- Homem, caça a onça

que não come o Cão

que não ladra atrás do Boi

que não bebe a Água

que não apaga o Fogo

que não queima o Toco

que não devolve o meu caroço de milho!

- Eu não, ela não fez nada comigo.

- Homem Homem, caça a Onça! - exclamou o Macaco, apesar de todo o medo que estava sentido daquele ser.

- Eu já disse que não, Macaco chato!

O Macaco,cego de raiva, ameaçou:

- Se não caçar a Onça, vou mandar a Princesa te prender!

O Homem sacou a espingarda e o Macaco saiu na carreira,

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freneticamente sobre as

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No castelo, foi ao encontro da Princesa :

- Princesa, prende o Homem

que não caça a Onça

que não come o Cão

que não ladra atrás do Boi

que não bebe a Água

que não apaga o Fogo

que não queima o Toco

que não devolve o meu caroço de milho!

- Eu não, ele não cometeu nenhum crime...

A Princesa ordenou que ele se retirasse.

- Se não prender o Homem vou mandar o Rato roer o seu vestido!

- Eu disse não, macaco charlatão!

Encontrou o Rato, roendo como de costume.

- Rato, rói o vestido da Princesa

que não prende o Homem

que não caça a onça

que não come o Cão

que não ladra atrás do Boi

que não bebe a Água

que não apaga o Fogo

que não queima o Toco

que não devolve o meu caroço de milho!

O Rato roeu a roupa do rei de Roma, e roer o vestido da Princesa não lhe custaria nada.

- Sim, eu posso roer.

O Macaco

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de alegria, fez

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c b a t a s

nas

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cantou, sorridente e

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como antes.

- Mas o que ganho em troca, seu Macaco? - perguntou o Rato, enterrompendo a macaquice do outro.

Ora, o Macaco ficou sem reação, não sabia o que responder, porque não tinha nada a oferecer ao dentuço, nunca havia dado nada a ninguém, mesmo quando lhe faziam algum favor.

- Um pedaço de queijo! - respondeu, após pensar rapidamente.

- Fechado!

Foram até o castelo da tal Princesa... O Macaco sabia que não podia pagar ao Rato, mas não encontrou uma outra saída se não aquela.

Quando a Princesa ficou sabendo da intensão do roedor, gritou:

- Não não, não rói não! Eu prendo o Homem!

Quando ficou sabendo que a Princesa lhe prenderia, o Homem exclamou agoniado:

- Não me prenda! Não me prenda! Eu caço a onça!

A Onça gruniu assustada:

- Não deixe me caçarem, eu como o Cão!

O Cão:

- Não me coma! Não me coma! Eu ladro com o Boi!

O Boi:

- Não ladra! Não ladra! Eu bebo a Água!

A Água:

- Não me beba! Não me beba! Eu apago o fogo!

O Fogo:

- Não me apague! Não me apague! Eu queimo o Toco!

O Toco:

- Não me queime! Não me queime! Eu devolvo o caroço de milho! Toma ele aqui!

O Toco devolveu o caroço de milho ao Macaco, que ia saindo muito contente quando o Rato

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s em sua frente. u

- E o meu pedaço de queijo?- perguntou o roedor.

O Macaco não tinha.

- Por que pagaria se não chegou a roer sequer um botão do vestido da princesa? Sinto muito.

O dentuço roedor, esperto, ameaçou:

- Se não me dá o meu pedaço de queijo eu volto ao castelo pra roer o vestido da Princesa!

O Macaco deu uma boa gargalhada.

- E o que eu tenho haver com isso?

- Se eu roer o vestido da Princesa, ela vai ficar furiosa, muito furiosa, e mandará te prender!

O Macaco t r e m e u. O dentuço tinha razão. Ele havia causado toda aquela c O Nfu s ã o, levaria a culpa de tudo. Restou apenas uma saída, o Macaco deu o seu caroço de milho ao Rato, já que não tinha o pedaço de queijo.O roedor saiu roendo o caroço, todo sorridente.

Samuel Silva Teixeira
Enviado por Samuel Silva Teixeira em 12/09/2007
Reeditado em 14/09/2007
Código do texto: T649931
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