Diario de uma Nova Vida Parte 6

Diário de uma Nova Vida Parte 6

Não deu tempo nem de pensar, quando percebi já estava beijando aquele pedaço de mau caminho. Era disso que eu estava precisando para espairecer. Minhas mãos desciam por suas costas até chegarem a sua canga. Era um começo para sair dali e partir para um local, mas reservado. Nunca agarrei uma mulher assim tão fácil, principalmente gata como essa ruiva. Era daquelas mulheres que faz o cara ficar um bom tempo no banheiro praticando 5 x 1. Não conseguia me conter, e minhas mãos ficaram incontroláveis até que ela interrompeu as caricias e se afastou:

- Pronto cara! A festa acabou! Até que você tem uma boa pegada.

-Hã? Como assim você já vai? Chega me beija e vai embora! Porque não continuamos?O lance estava tão bacana!

- Desculpa cara! Se achou que... Deixa pra lá! Queria apenas me livrar daqueles caras que estão atravessando a rua. O de bermuda laranja com a prancha é meu ex. Não queria que me visse sozinha.

Fiquei puto! A gata me usou para fazer ciúmes ao namorado, estava tudo indo bem demais para ser verdade. Apesar disso aquele corpo me chamava a atenção. Sabe quando você sabe que vai se meter numa grande roubada e mesmo assim fica na duvida entre arriscar ou não. E por mais que já tenha quebrado a cara varias vezes e isso pareça um remake de quinta. Não podia deixá-la ir embora. Afinal já tava na pior mesmo, o que mais poderia dar errado?

- Quer dizer que me fez de palhaço! Alias não entendo o porque uma garota como você namorou com um otário daqueles, porque só sendo muito otário para perder você. Onde posso te ver de novo? Ou devo esperar você me agarrar novamente pela rua?

- Atrevido você hein! Nos vemos por ai, se é que você não vai estar atracado com outra maluca que te agarrou a força. Se cuida gatinho!

Ela partiu e eu fiquei ali parado meio sem entender o que tinha acontecido. Parece que minha sorte está mudando. Fui para casa e tive que aturar a ladainha da minha mãe por não ter almoçado. Nossa! A casa fica ótima quando meu pai está no escritório e ela fazendo pilates ou compras. Tranquei-me no quarto e fui ver uns filmes. Desisti na metade, não conseguia tirar à ruiva da minha mente. E olha que não sabia nem o seu nome. Não que estivesse apaixonado, pois não acredito em paixão ou amor para mim tudo é jogo de interesses, mas quem sabe talvez numa relação de troca de carinhos. Porque definitivamente transar com ela era o que mais queria naquele momento. Resolvi deitar um pouco e relaxar, mas o celular não me deixou. Atendi com muita raiva. Poxa! Às três da tarde é horário sagrado de tirar um cochilo. Quem quer que fosse ia ouvir umas broncas.

- Alô! Como assim! Você?

Guto Angélico

Guto Angelico
Enviado por Guto Angelico em 18/07/2008
Código do texto: T1086541
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