Chapeuzinho Vermelho na versão do Lobo Mau

Há muito tempo as crianças ouvem falar da história de Chapeuzinho Vermelho. Sempre souberam que eu era o Lobo Mau, mas não é bem assim. Na verdade o que eu queria era só uma cama quentinha e uma casinha para aquecer-me no inverno.

Mudei-me para um bairro, onde há muito tempo morava uma velhinha. Toda semana a netinha visitava a vovó com deliciosos bolos, biscoitos e doces.

Descobri que a menina (Chapeuzinho Vermelho) tinha um lindo diário azul, pois pegou nojo da cor vermelha quando foi apelidada de Chapeuzinho Vermelho.

Um dia ao passear pela floresta, percebi que a Chapeuzinho parou para fazer algumas anotações e colher flores. Aproveitei para me apresentar, mas ela me disse que não conversava com estranhos.

Falei que era vizinho de sua avó e perguntei se poderia acompanhá-la até seu destino. Fomos conversando, mas ela só queria falar de Orkut, Blogs, MSN e coisa e tal. Falei apenas que sabia brincar de esconde-esconde, pega-pega, amarelinha e outras mais.

Chegando a casa da vovó fui convidado a entrar e Chapeuzinho queria que eu a ensinasse a brincar de esconde-esconde. Logo que a brincadeira começou, vovó se entusiasmou e quis brincar também.

Vovó emprestou-me suas roupas para me fantasiar, pois Chapeuzinho adorava brincar com fantasias. E começamos a brincar. Vovó se escondeu dentro do guarda roupa e eu me escondi em baixo dos cobertores tão quentinhos da vovó. Depois de algum tempo Chapeuzinho começou a gritar nossos nomes desesperadamente, pois não nos achava.

Foi quando um lenhador passou pela janela e ouviu aquela gritaria. Chapeuzinho disse que o Lobo havia desaparecido com sua avó. Imediatamente ele buscou reforço e eu fui parar na prisão.

Hoje, enquanto aguardo o julgamento para provar minha inocência, leio aquele diário azul que consegui pegar de Chapeuzinho Vermelho.