Na sua pele. Cap. 6

Cap. 6

POV Annabelle

Depois daquele dia exaustivo de perseguições escolares, eu esperava que o meu outro dia fosse um pouco mais sossegado. Mas eu estava enganada. Ficou tudo tão conturbado como de costume. Só que tinha Débora, absurdamente simpática comigo. Ela também ia à minha casa e isso me deixou muito contente.

Depois que acabou a aula, ela ficou como no dia interior. Não prestando atenção em nada do que eu dizia, apenas fitando alguma coisa que eu não saberia dizer o quê/quem era.

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POV Dani

-Ei, Dani, você já percebeu que a amiguinha nerd dela não tira os olhos da gente? – Questionou Felipe, para mim, depois de alguns minutos que a gente estava como quatro idiotas, olhando pro outro lado da rua.

-Na verdade não. –Respondi, sem me tocar do que ele estava falando. - Quem, aquela garota ali? – Apontei para a menina, que estava ao lado da beldade mais excitante da escola. Era uma garota de estatura média, do primeiro ano, tinha as feições bonitas, mas os cabelos eram todos bagunçados e ela era meio desajeitada. Estava abraçada em um livro, a loira conversava com ela. Mas ela parecia estar intrigada, não tirando os olhos castanhos de cima de mim. Ou melhor dos meus amigos. Quando apontei para ela, ela fez uma cara de quem parecia que estava passando mal.

-É, essa mesmo. – Respondeu ele, Gui e Léo só ficaram observando a garota.

-Nunca vi essa caloura, ela é impopular. – Pontuou Gui. – Mas ela esta andando com... – Ele pareceu se perder nas palavras. – Annabelle.

Quando ele disse esse nome automaticamente deslizei os meus olhos para ela. A nova celebridade da escola. Só estava no primeiro ano, e no segundo dia de aula, parecia ser a garota mais linda a popular de todo o colégio.

Seus cabelos louros caiam em madeixas perfeitas e lisas, contracenando com aquele rosto pálido e perfeito, os olhos de um azul marcante. E o corpo! Ah, sem, descrições para aquilo.

Ela era linda. E eu queria falar com ela.

-Nem pense em se aproximar, Gui. – Ataquei. – Eu vou conversar com ela primeiro...

-Ah, nem vem...Fui eu que descobri a Belle... –Contra-disse Léo.

-Acha que ela vai gostar de você, babaca? – Perguntou Felipe. – Todas querem o Dani. – Exclamou ele com um pesar.

-Nem todas. – Eu respondi com um sorriso cínico. Eu não gostava de me gabar. – Sua namorada, Jennifer só tem olhos pra você...

-É, é...Pode ser. – Ele disse a contra-gosto. -Mas estou prestes a terminar.

Eu franzi o cenho e já ia perguntar o "por quê" para Felipe, mas nem tive oportunidade.

-Ah, não... Parece que ela está indo embora... – Reclamou Léo.

-E olha, ela está MESMO com a menina nerd... – Observou Felipe.

-É uma pena... – Suspirou Gui.

-Acho que devíamos a deixar em paz...Quando surgir uma oportunidade, eu vou falar com a Annabelle...

-Como se a gente tivesse chance depois que ela te conhecer...

-Ah, sem essa. –Suspirei.

-Fale o que quiser, Dani. Mas ela vai se apaixonar por você.

Eu me excitei com essa ideia.

-Veremos.

...

POV Débora

Meu coração parecia que ia entrar em erupção quando Dani olhou e apontou para mim com um de seus sorrisos enigmáticos e brilhantes. Não pude deixar de sorrir também, mas ele não pareceu notar meu pavoroso sorriso.

E os quarto continuaram me observando.

Eu juro que poderia me explodir de empolgação.

Quando, para o meu azar, o carro de Belle chegou, e era lindo e maravilhoso.

-Vamos, Débs. O Rubens chegou.

-Ok.

E lá fomos nós para aquela maravilha de carro. Era tão bonito que eu me destraí, apesar de meus pensamentos se desviarem sempre para

ele.

Depois, lembrei que Lucas iria se decepcionar ao notar que eu não estava indo embora para casa.

Mas eu nem ligava.

-Belle, lembra que você me perguntou se eu tinha amigos?

-Claro que sim. – Respondeu ela iluminada.

-Na verdade, eu tenho um, se chama Lucas.

-Hmmm...Um dia tem que me apresentar para ele...

-Claro, claro. – Concordei, mas não achava que seria legal.

Parte de mim, egoísta e manipuladora, temia que quando Luccas visse Annabelle, ele se apaixonasse por ela. Não que eu ligasse, mas eu gostava que pelo menos uma pessoa no mundo me quisesse para ela. Isso me alegrava.

Quando chegamos na casa dela, foi fenomenal.

O motorista abriu a porta, e eu pude caminhar sobre aquela mansão maravilhosa.

Nunca fiquei com tanta vontade de explorar uma casa como naquela hora.

Passei a tarde inteira com a Belle, e percebi que ela sim, era a garota

perfeita.

E além disso percebi, que a nossa amizade ainda estava fresca, mas já era tudo o que eu tinha de bom.

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 22/07/2010
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T2392844
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