Na sua pele. Cap. 7

N/A: curtinho, pq o prox. é mt grande :)

Cap. 7

POV Débora

Já faziam dois meses que Annabelle Kouren entrara no colégio Objetivo, e a partir de tal data, ela era a minha melhor amiga. Não existia melhor pessoa no mundo para mim do que ela...A não ser talvez, pelo garoto mais lindo do planeta, que eu amava. Belle era tudo para mim, ela me dava dicas de como me vestir, era inteligente, me ajudava a estudar, e eu vivia na mansão dela, maravilhosa!

Eu praticamente a considerava minha irmã.

Afinal, eu ainda não entendia porque ela havia me escolhido. Ela tinha virado minha melhor amiga, sem a porcaria de um motivo!

Mas aquilo era demais. De vez em quanto, até umas garotas do segundo ano vinham falar comigo, só porque eu andava com Belle.

Algumas vezes até a víbora, da Bridget, veio falar comigo, me dizendo pra largar a Rainha Belle, a garota mais popular, porque ela só me usava para aparecer. Ela fez uma comparação absurda. Disse que perto dela eu parecia um espanador, e que isso a fazia parecer mais linda do que nunca. Mas é claro que eu ignorei. Afinal, não tinha porque ela fazer isso.

Ela era meiga, e sincera.

E já tinha provado isso.

[Flash Back :: on]

O sinal já havia tocado. Uma garota de cabelos bagunçados estava aflita, procurando em todos os cantos do colégio alguma coisa, do lado dela, uma beldade loira, tinha seus olhos azuis percorrendo-a aflitos.

-Débs, bateu o sinal, qual é o problema? – Perguntou a loira.

-Belle, ah, Belle. Pode ir. É a prova de história agora. Você não pode perder. – Lamentou ela, quase uma lágrima escapando do rosto.

-O que foi?

-Meu aparelho móvel. Acho que deixei cair no chão. Custa quinhentos reais, minha mãe está apertada, ela vai me matar! – Exclamou Débora se desesperando.

Belle a olhou fraternalmente, depois pegou sua mão.

-Vem, vamos na biblioteca.

-Hã?

-A gente passou por lá, quem sabe você não tenha deixado...

-M-mas, Belle, a prova...

-Não importa, Débs. O seu aparelho é mais importante que isso.

Depois a gente recupera a nota. – Belle sorriu, os dentes perfeitos brilhando.

Débora olhou como se ela fosse uma divindade.

-Ah, Belle...

-Vem, vamos procurar...

Em seguida as duas ataram a mão e prosseguiram.

[Flash Back:: off]

Ainda me lembro daquele dia com o aparelho...Belle provou que era realmente a minha melhor amiga, e que faria tudo por mim.

Nada estava mais perfeito e intocável do que a nossa amizade.

Até chegar o dia do passeio escolar.

Estávamos indo para o jardim botânico.

No ônibus, foi tudo de bom. Aquele tinha tudo para ser um dos dias mais agradáveis.

Eu vestia o uniforme de caimento feio, e uma viseira.

Enquanto Belle vestia o uniforme de caimento perfeito, e duas tranças.

As vezes eu realmente pensava no que Bridget dissera sobre o espanador. Eu devia parecer isso mesmo ao lado DELA. Mas não era culpa dela ser assim tão bonita.

Nós observamos junto com a professora Mafalda, cada tipo de planta.

E eu estava contente pois, o primeiro e os segundos anos iam juntos para o passeio, e eu tinha a oportunidade de ver o Dani.

Ficamos vendo plantas e flores, Belle sempre ao meu lado radiante.

Só que, quando chegou a hora do lanche...Onde estava a Belle?

Ela simplesmente havia desaparecido sem deixar vestígios.

Eu vi Lucas me chamando, mas o ignorei e fui atrás da minha amiga, deixando as turmas para trás comendo.

Fui procurá-la.

Percorri uma grande parte do grande Jardim Botânico silencioso, até que comecei a ouvir vozes distintas...

Havia uma clareira ali, próxima, oculta por alguns arbustos.

As vozes ficaram cada vez mais nítidas.

Me infiltrei em um arbusto, ficando imperceptível, mas de modo que

desse para ver ao redor da clareira e ouvir também, sem que ninguém me visse.

Quando estava infiltrada, e penetrei meus olhos na clareira...

Meu coração se rachou em mil pedaços.

**

Continua?

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 30/07/2010
Reeditado em 22/07/2011
Código do texto: T2408161
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.