Ela veste preto, mas o baile é cor de rosa. Cap12.

Na Carnation Street 22h55min...

Dora já estava a um bom tempo esperando na esquina daquela rua que tinha fama de ser uma das mais violentas da cidade, observava e procurava por alguém suspeito, porém ali todo mundo era suspeito.

– Nossa! Em que arapuca eu fui me meter! – pensou nervosa, sentindo um frio na espinha cada vez que um daqueles caras enormes cobertos com capuz se aproximava cambaleando em sua direção, mas acabavam apenas esbarrando e passando reto.

Até que viu um rapaz que ela achou já ter visto em algum lugar.

– Deve ser engano. – pensou.

As pessoas que ela conhecia não passariam por aquela rua imunda talvez nem pra salvarem suas próprias vidas. Decidiu atravessar a rua pra se certificar.

– Oi! – disse ao rapaz.

– Oba! – ele retornou.

Depois de algum silêncio continuou.

– Você é o R?

– Olha já me chamaram de muita coisa, mas letra consoante é a primeira vez. Se bem que pra uma gata como você eu sou o que você quiser mina. – respondeu se aproximando.

Dora se afastou.

– Você conhece alguém com esse nome, apelido, sei lá?

– Não, não conheço, tenta na próxima esquina. Quem sabe uma vogal o conheça. – terminou rindo.

– Imbecíl. – resmungou Dora enquanto saia. Ela não queria saber se era bandido ou não a raiva lhe subiu a cabeça naquela hora.

– Espera! – gritou ele quando ela já estava a uns passos de distância.

Ela volta com receio e sem nenhuma paciência.

– Eu tô te reconhecendo, tá longe da tua área mina. Você é a garota daquele mauricinho assassinado que era meu chapa.

– Seu chapa? Impossível, o David era um cara espetacular, jamais se envolveria com alguém... – fez silêncio como se escolhesse as palavras.

– Alguém como? Como eu, com o meu ofício? Você se surpreenderia quanta gente é meu cliente e paga de santo por aí!

– Cara, cala a boca e não suja o nome de quem não pode se defender! – grita ofendida.

– Não quer acreditar não acredita, mas o seu namoradinho vinha aqui sempre comprar umas balinhas pra se sentir mais ligado nos esportes, na vida. A gente se conheceu porque eu pego meus clientes em lugares onde sei que podem me pagar, minha beca me dá essa vantagem. – Gaba-se o rapaz por ter carinha de anjo. E continua. - Aí ele se tornou meu amigo, arrumava uns clientes novos, eu dava uns descontos pra ele, que arrumava uns convites pras festas de New Park e a gente ia se entendendo. Eu te conheço desses bailes.

– E como é que eu nunca te vi? – pergunta Dora.

– Olha minazinha não me leve a mal, mas naquelas festas você só enxergava quem queria enxergar.

Dora sente-se mal, pois fazendo uma breve reflexão ela viu que era verdade.

– Não pode ser! Isso tudo é louco demais!

– Se não acredita pergunta pro cara loiro que vinha sempre com ele.

Dora então pega uma foto de David e os amigos e mostra ao rapaz.

– Tem certeza que é esse moço que vinha aqui? – pergunta.

– Absoluta! É ele mesmo, agora o cara loiro tava sempre encapuzado, o único que o viu uma vez foi meu amigo que foi preso e só sai daqui a alguns dias. Deu azar gata!

Dora estava atônita depois de ouvir tudo aquilo, começou a caminhar devagar dando pequenos passos cabisbaixa.

– Até você David. – pensa.

Mas o cara, que mesmo não parecendo tinha um coração a chama mais uma vez e diz.

– Aí! Ele era um rapaz meio triste, parece que fingia ser aquele super cara, mas de uma coisa eu tenho certeza, ele gostava de você. Quando ele era verdadeiro, ele mandava tudo pro espaço menos você.

– Obrigada! – cochicha deixando uma lágrima cair.

Porém essa cena não se firmou muito, pois um homem gigantesco veio de algum lado incerto da rua e agarrou Dora junto com seus capangas perguntando.

– Princesinha da onde foi que você veio? Se perdeu do castelo, foi?

Ela não podia dizer nada porque o grandalhão estava tapando sua boca. Dora só gemia e se debatia na esperança de se soltar.

– Solta ela, Tampinha! A moça só veio comprar um negócio comigo cara! – diz o rapaz com quem ela havia conversado.

– Mas como é que eu vou saber se ela não é uma daquelas repórter Baby tentando sucesso? Eu solto, mas só depois de uma conversa particular entre eu e ela lá no meu apê. – termina.

Dora nesse momento entra em pânico achando-se perdida. Entretanto, de repente alguém grita.

– Larga a moça agora cara!

Todos se espantam.

– Quem é esse? - pergunta o homem.

Dora conseguiu soltar sua boca das mãos do grandalhão respondendo com seu chamado desesperado.

– Aloonnsooo!!!!!

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Continua...

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