Uma criança perdida no tempo.

Era uma vez há muitos anos passados, que nasceu uma criança, uma criança que veio com amor, bonita, alegre e saudável. Era uma criança, brincalhona, diria que gostava de zoar com todos, pregar, partidas, uma criança normal e cheia de vida.

Ela cresceu já sendo a dona do mundo e não o mundo sendo seu dono, com as suas regras, seus pensamentos e neles não cabia o seu crescimento pessoal, nem tão pouco os ensinamentos dos pais.

Era a dona do mundo, o mundo para ela era desagradável, alias era agradável sim se ela fizesse o que queria e só o que entendia. Entre atitudes e caminhos, doloridos, ela magoou por onde passou, entrando, na rebeldia, tomando álcool, faltando às aulas e depois se sabem mais que ela fez...

Destruiu e lentamente, matou de desgosto aqueles que tanto a amaram incondicionalmente, ridicularizou aqueles que quiseram ajudar, entre artimanhas e mentiras, por vezes na chantagem das suas maldades e suas verdades que só ela mesmo sabia, eram as suas verdades e não de mais ninguém....

Ela caminhou na dor, na perda, na insegurança, mas sempre amparada por aqueles que mais amavam, mesmo chorando no silêncio, de desgosto e tristeza. Meu Deus nem a dor a curou, nem as perdas, tanto a vida tirou e nada a fez crescer, apenas a fazia crescer nos seus pensamentos negativos, destrutivos sobre os outros e nas suas palavras desagradáveis referentes aos outros.

Todos eram culpados, todos eram os culpados de ela ser assim e nunca ela e dentro dela crescia mais revolta sem fim.

Olhando nos olhos daquela que outrora fora uma criança guiada no amor, sentia a dor de falha total nos ensinamentos, errados quem sabe no excesso de amor que doamos, mas que também existia a falha de um caminho nos ensinamentos de Deus.

Ela cresceu de forma galopante, cheia de vida e cheia de prepotência, dona dos seus pais e mundo, não gostava de regras e quando era colocada ela se revoltava. Na ignorância acreditamos na sua visão de fantasmas, os fantasmas que ela mesma fabricou pelas suas revoltas e suas maldades, mas sempre ela era a criança inocente os todos os que a rodeavam os maus da fita...

Entre choros, rumos desencontrados, a família se destruiu, desuniram na dor e na doença, passando a ter mais problemas que aquela criança revoltada, mas mesmo assim o mundo tinha que girar a sua volta e de mais ninguém.

Lembro de um dia a ver a criança embriagada, se não também dopada ou drogada, onde sua força era descomunal para o mal, pois para o bem e o amor ela perdia a força.

Entre insultos maldosos, entre agressões ela cresceu chegando a ter que caminhar sozinha, mas sempre com alguém vigiando seus passou e amparando, erro total, melhor ela ter caído mesmo ao fundo, na valeta da vida para que hoje se visse como um verdadeiro ser humano.

Claro que em tudo isto ela somente puxou para si a negatividade e a escuridão, mesmo tentando clarear seus olhos, abrindo sua alma, ela é cega e teimosa no seu caminhar.

Sempre sendo a vitima das situações que ela mesma plantou para si mesma, não enxergando o óbvio e a verdadeira criança que está ali, gerando outra criança sem saber se amar a si mesma quanto mais àquela que irá nascer um dia...

Hoje não sei como acaba esta história de desamor, mas para bem da criança que este vindo eu rezo a Deus que a criança mais velha acorde e seja mais verdadeira consigo mesmo e olhe para dentro de si e seja uma nova criança, caminhando na luz do amor e com alegria na vida...

Espero que esta criança conheça a Luz divina e aprenda a escutar o Deus que sempre habitou nela para que seus caminhos sejam de amor e alegria.

Betimartins

Betimartins
Enviado por Betimartins em 28/12/2010
Código do texto: T2696323
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