Fic Twilight >>> Tinha que ser você. Capítulo 56.

N/A: oi genteee! como sempre, desculpa pela demora! sabe como é apesar dos coments e das leituras, eu tenho uma FACILIDADEEE para perder o ânimo! juro que vou tentar me dedicar mt mais a tqsv Ok? O cap, particularmente, ficou chato e ruim, mas mesmo assim resolvi postar *----* Sorry mesmo gnt, prometo que vou dar um up em breve oks? Beijoos

Capítulo 56 - Suspense.

(Recapitulando...)Por um momento, Rose não reconheceu a voz. Achou que estava ficando maluca, ou que a familiaridade ali era apenas uma impressão. Mas quando, virou a cabeça do rosto de Jake para o lado, viu quem menos esperava ver naquela noite. Uma pessoa totalmente inusitada. Sua boca se abriu num “o”.

- Luke??? – Perguntou Rosalie pasma. Aquele rosto, do jovem loiro de olhos-verde meio azulados, lhe trazia milhares de lembranças. Parecia que tinha sido ontem que ele se apresentara como “Luccas Dartion”, e que Jake estivera dando em cima de sua namorada, Elizabeth, ou simplesmente Liza, e de quando Jake a beijou depois de conhecerem os colegas da Way Corner School. Ou de quando Luke tentou seduzi-la depois que ela viu Jake beijando outra garota. Parecia que tinha sido ontem por um lado, mas a séculos por outro... O acampamento. A origem de tudo.

Ela se levantou para cumprimentar o rapaz, com um simpático beijo no rosto, bem na frente de Jake, que encarava a situação com muito ódio. Aquele momento simplesmente não podia ter sido interrompido. Mas era SEMPRE assim com ele e Rosalie. Quando as coisas começavam a ir bem, alguma coisa, desde pequenos eventos à anúncios de que alienígenas estão invadindo o planeta, quebravam o momento.

-E aí, cara.. – Cumprimentou Luke, para o garoto, educadamente.

Ele apenas lançou um olhar nada feliz de canto de olho, sem mover um músculo de seu lugar.

-Oi. – Respondeu ele, com o tom de voz seco e grosso.

Rosalie abriu os olhos de empolgação por rever o colega de acampamento, logo ali no Palisade, em Seattle!

-Como está, Luke? – Inquiriu ela animada. Sabia que tal animação irritaria Jake, mas no momento não desejava pensar muito naquilo. –O que faz aqui? Por quê não se senta com a gente? – Ofereceu a garota, sem se preocupar com a reação dele, este que no momento em que ouviu a questão, arregalou os olhos e abriu a boca descrente com a proposta da garota.

Ah, ela não tinha esse direito!

Fechou a cara, com os lábios franzidos de uma perceptível fúria. Mas o loiro ao contrário dele, sorriu.

-Estou bem, e você?... Seria um prazer, sentar aqui com vocês se não tiver problemas... – Disse, modestamente e com um ar de ingenuidade iminente.

-Problema nenhum! Pode se sentar! – Exclamou Rose, apontando a

cadeira que sobrara na mesa dela e de Jake.

Rosalie e Jake ficaram alguns segundos se encarando, segundos que se

converteram em minutos, enquanto o loiro olhava de um para o outro, analisando-os com um ar de curiosidade invencível.

–Não sabia que era de Seattle... – Iniciou a garota, dando de ombros para Jake, cruzando as pernas na cadeira que acabara de voltar a sentar e sorrindo para o repentino convidado.

-E não sou... Meus avós moram aqui. – Explicou-se o garoto, afastando milimetricamente a cadeira de forma que ela ficasse mais próximo a ela do que de Jake.

Ele estava tão put#, que nem arriscava falar nada, por que se dissesse alguma coisa, uma horda de palavrões irromperia pela sua boca.

-Hmmm... –Disse, ela, desafixando completamente os olhos do moreno, que tinha espontaneamente cruzado os braços, e ficando com os olhos direcionados apenas ao loiro. Ela mordia o lábio, o que soava extremamente sexy e não passava nem um pouco desapercebido por ambos garotos. Parecendo atraente para um e irritante para outro.

Logo agora, que ele ia fazer as duas mais importantes revelações de

sua vida para ela, a garota simplesmente decidira convidar àquele energúmeno para sentar ali, e agora ficava se exibindo e prestando atenção em Luke, sem o mínimo de consideração com ele. Não se conformava como ainda podia gostar tanto daquela loira oxigenada. Só o que ela simplesmente se mostrava eficaz em fazer era perturbá-lo e provoca-lo, e aquilo já tinha passado dos limites a muito tempo.

Ela ia se arrepender depois que soubesse o que ele ia falar. Ah, se ia.

No fundo, ou melhor, na frente, ele rogava com todas as forças que um raio caísse dos céus e atingisse no ponto exato de onde a cabeça de Luke se encontrava, embora desconfiasse muito de que seria dessa vez que suas preces seriam atendidas.

-Puxa, eu também não esperava de encontrar aqui. Achava que você... ou melhor, vocês, eram de Forks.

-E somos. –Confirmou o moreno, sem se importar em demonstrar toda a sua ira naquela simples fala, batendo com os dedos no tecido da toalha da mesa, e secando a loira. –Eu a trouxe aqui, para uma conversa A SÓS... – jogou, incapaz de manter a frase sarcástica por mais tempo dentro da boca.

-Eu estou interrompendo? – Luke perguntou, um tanto cínico, já que no fundo já sabia que estava interrompendo sim. Era um tanto óbvio.

Não que ele se importasse.

-De jeito nenhum Luke, é um prazer ter você aqui. Como vai com a Liza? – Ela perguntou, levianamente interessada, usando os dedos como apoio do pescoço.

-Acaba de me dar um bolo. –Dissera, cabisbaixo.

-Liza é aquela ruiva que praticamente me... –Começara Jake, mas Rose lhe lançou um olhar assassino tão forte que ele nem se atreveria a continuar, embora ela tivesse o cortado logo em seguida:

-Own, é uma pena, mas pelo menos nós estamos aqui. – Consolou, voltando a sorrir para o loiro.

Ele apoio os cotovelos no colo e sorriu para ela também.

-Aham. E como vocês vão? – Inquiriu o garoto, despojadamente, apontando de um para o outro com as mãos.

-ÓTIMOS. – Revidou o moreno, no mesmo segundo.

A loira riu com escárnio.

-Não existe um “nós” Luke... – Ela se justificou, piscando para o moreno, e balançando os cabelos longos e loiros para o lado. Seus olhos pousaram levemente no céu, e depois ela voltou a encarar Luke.

O rosto dele parecia um ambulante ponto de interrogação.

-Isso quer dizer que você está solteira? – O loiro questionou, de uma forma tão sedutora, que deixaria qualquer namorado, ou ex mesmo, “p” da vida. Jacob se inclinou com ódio para frente enquanto o loiro erguia as sobrancelhas.

-Não. Ela está gravida. – Afirmou o moreno, cortando todo o clima, que tinha surtido assim que Rose assentira levemente com a cabeça e entrelaçara os dedos nos fios dos cabelos, com charme.

O garoto repentinamente se assustou ao ouvir a frase, dando algo que podia ser nomeado de pulo no assento da cadeira, com os olhos arregalados.

-Sério isso, Rose?

Ela estava tão branca quanto o guardanapo do restaurante, ao mesmo tempo que tinha ficado fula com Jacob. Ele tratava a notícia como uma fofoca, quase que como algo para deserda-la, uma estratégia de combate contra qualquer coisa que ela afirmasse. Olhou para ele indignada e incrédula.

-Sim. – Replicou a garota, parecendo extremamente irritadiça.

-Uau... – Por um momento o garoto ficara pasmo demais para dizer qualquer outra coisa. Jake e Rose pareciam aqueles casais com 20 anos de casamento, que já conseguiam se comunicar apenas com olhares e grunhidos. No caso, os olhares e grunhidos dela indicavam milhares de palavras não educadas.– Meus parabéns! – Cumprimentou, mudando completamente a postura com ela, para a notória satisfação de Jacob, quase como se ela fosse uma jovem anciã, e que ele precisasse

respeitá-la.

Aquilo a estressava. Não funcionava daquela maneira.

-É, eu estou grávida, mas isso não significa que existe qualquer vínculo entre eu e esse... Infeliz, aí a sua frente. –Retrucou, parecendo humildemente suave com Luke, e ao mesmo tempo extremamente mal-agradecida e mal-educada, com o moreno.

O loiro franziu o cenho depois que a ouviu xingá-lo sem nenhum remorso.

-Então que vocês dois estão fazendo aqui num jantar, aparentemente romântico?? –Como sempre o vocês apenas se dirigiu à Rosalie, e a pergunta não poderia ser o que se chama de amigável.

-Isso É um jantar romântico. –Replicou Jake, sarcástico antes que a garota pudesse responder qualquer coisa. Luke se virou para ele com as sobrancelhas franzidas e uma curva de dúvida desenhada nos esboços de seu rosto. – ou MELHOR, ERA Até você chegar. –O olhar dissecante que o moreno dirigiu ao loiro seria capaz de perfurar as camadas de sua pele, e era no mínimo ameaçador, então Luke apenas assentiu fingindo não se importar com a indireta inteiramente direta.

Rosalie parecia exultante em querer corrigir o clima que havia se instalado.

-De maneira alguma, Luke... –Falou, ela, usando uma tonalidade tão formal que nem fazia ideia de que a possuía. E só estava usando porque queria esculachar os argumentos anteriores de Jake. -Isso nunca foi um jantar romântico. Eu só aceitei sair com esse cara aí de novo, porque ele me FEZ prometer, porque se não eu estaria fazendo coisas muito mais interessantes.... –Ela piscou para ele, satisfeita pelo suspiro sonoro de insatisfação que conseguiu ouvir do lado oposto da mesa.

-O que pode ser mais interessante do que jantar comigo? Ficar segurando vela dos seus amiguinhos?

A cabeça de Luke girava de um para o outro, praticamente sobrando agora no meio da discussão. De qualquer forma estava ficando interessante. Ele sorria alegremente para Rosalie, mas fingia baixar os ombros quando fitava o moreno.

-Eu não seguro vela nenhuma! – Rebateu ela irritada. Ok, em certas partes essa afirmação poderia ser considerada uma grande mentira, porque sempre quando ficava com seus amigos se sentia o elemento sobrante. Ela ficava tomando doses absurdas de coca-cola enquanto seus amigos se fitavam com caras de “nosso amor é eterno” sem a menor consideração com o clima “minha fossa é eterna” que loura sempre exalava com seu mau-humor natural. De qualquer forma, não poderia deixar Jake dizer isso dela. Muito menos da frente de Luke.

Não que o loiro fizesse diferença.

Ela era apenas muito competitiva.

Há certas coisas que jamais mudam.

-Segura sim, porque você é a única encalhada do grupinho... –Ele involuntariamente ressaltou a palavra única. A loira já havia entreabrido os lábios para que seu ar de descrença pudesse ficar ainda mais sobressalente, quanto sua vontade de se levantar para estapeá-lo um pouquinho na bochecha esquerda.

-Ela só não está saindo com alguém, por que ela não quer... –Defendeu-a Luke, ao notar que ela não tinha outra reação além de ficar parada fitando-o com uma expressão de incredulidade. Jake limitou-se a olhar para o loiro, apenas mantendo um ar superior de desdém, e sorrindo de forma debochada para ela. - E pelo visto, você queria que esse alguém fosse você.... –Acrescentou, para o sorriso malicioso da garota se instalar com mais confiança agora.

Ia murmurar alguma coisa como “pode crer, Luke” mas Jacob foi mais rápido.

-Olha, Luke, essa conversa e entre mim e ela, ok? –Esclareceu os

fatos, apontando dela para ele e mantendo um timbre primordial.

-Ele pode se intrometer se quiser. – Especificou a garota, fuzilando-o por exatos quatro segundos antes de virar a cabeça para encarar o lado de fora da janela, e ignorar a careta que era muito provável que ele faria logo sem seguida.

-Eu não vim aqui pra discutir, Rose. –Tentou o moreno, largando os ombros.

O que menos estava reservado para os planos dele daquela noite é que

ela permanecesse com essa cara de emburrada.

-Ótimo. Eu também não. Vim para cumprir uma PROMESSA. – Deixou a palavra em destaque para perturbá-lo, ajeitando o vestido com uma expressão que equivalia a top na balada escrito na testa. -Vamos pedir nossa comida. E Luke? Você fica com a gente, entendeu?

O moreno revirou os olhos sem que a garota pudesse perceber.

-OMG... ! – O loiro exclamou de repente, olhando para trás como se temesse alguma coisa. -Acho que não vai dar para ficar não... Acabo de fitar um punhado de cabelos lisos e ruivos irrompendo pelo salão... – De fato, uma garota magra e com uma penca enorme de cabelos ruivos parecia um tanto perdida e confusa na outra extremidade do salão.

O sorriso que Jake abriu para Luke, foi de orelha a orelha.

-Sério? QUE ÓTIMOOO! A sua namorada deve estar ansiosa para te ver, você não vai querer fazê-la esperar... –Comentou Jake, uma alegria verdadeira e um sorriso falso, e com um incentivo completamente recheado de segundas intenções. Luke colocou a mão no bolso traseiro do jeans que vestia, enquanto levantava às pressas.

-É, tem razão, eu não quero MESMO. –Ele levantou os olhos, quase como que sentisse temor da ruiva.

-Mas, Luke, você pode chama-la para er... Jantar com a gente... - Pontuou a garota, numa tentativa que já sabia que era falha de evitar ficar sozinha com Jake, em uma situação em que pudessem trocar palavras, que provavelmente arquitetariam uma nova discussão.

-Hm, Rose, gata, acho que não rola não... Sabe como é, vou ser bem direto mas Liza é daquelas que gostam de encontros à sós mesmo... – Mesmo com ele a chamando de gata o moreno continuava a sorrir, e parecia prestes a empurrá-lo para fora da área que cercava a mesa.

-Ah, eu entendo... –A loira se deu por vencida.

-Desculpa, mas acho que não vai dar para ficar com vocês... Mas sério, amei ver você, acredite, você está mais linda do que nunca... Parabéns pelo seu bebê, e, ah, você tem o meu número de telefone. Liga para mim quando surgir uma coisa... Quem sabe um dia a gente pode marcar nós quatro... Ou alguma novidade... –Ele já falava apressadamente, e com os dedos de Jake batendo apressados na mesa a declaração ficou mais rápida do que deveria ser e mais difícil de ser captada. Ela já ia perguntar um quê, que faria o garoto repetir, mas não conseguiu nem começar.

-Claro, claro, pode deixar que ela liga... Mas olha, acho melhor você ir, porque tua mina tá vindo pra cá... – Ele LITERALMENTE empurrou Luke.

-Ah, é... Tem razão. –Disse ele, avistando a ruiva que acabara de localizá-lo com os olhos flamejando de longe. Ele engoliu em seco, e acenou, já de costas. -Vejo vocês depois...

A garota mal se despedira e o loiro já estava 5 metros longe. Puxa. Ela sabia que estava usando-o como uma ferramenta para irritar o Jake, mas de qualquer forma ela gostava dele. Como amigos, mas seria promissor.

Ela realmente estivera precisando de apoio e quanto mais pessoas pudesse contar... Melhor...

-Ah, enfim sós... – O moreno se espreguiçou, colocando os braços atrás da cabeça e sorrindo maliciosamente.

Ela tinha ficado com um biquinho.

-Nossa, será que podia ser mais discreto na sua vontade de EXPULSAR o meu amigo da nossa mesa??

O garoto apenas deu de ombros.

-Ele foi porque tinha que ir, eu não forcei nada...

Rosalie bufou.

-Não imagina... É só eu arrumar um amigo que você já começa a condená-lo...

-Eu já disse que não vim para discutir. –Interrompeu. -Vamos pedir a comida.

-OK. – Ela deu um sorriso sarcástico, e fez bastante barulho ao bater sua mão na mesa para pegar o cardápio.

A garota fez questão de levantá-lo à altura de seu rosto, e ficar olhando para ele um bom tempo, virando as páginas. Tirou lentamente da cara, depois de muitos minutos que ele já havia escolhido, trazendo junto um olhar perverso e maldade aos lábios vermelhos.

-Eu quero vinho tinto... E caviar.... Salada de Palmito e Alcachofra e Hambúrguer Vegetariano... –Disse ela, apontando para cada item com suas unhas, no menu. Sim, ela tinha feito questão de escolher as opções mais caras do restaurante. Ela sabia que ele não era o que se diz “Rico” nos dias de hoje, e aquela comida, até para ela, custaria uma tremenda fortuna. Esperou que ele fosse arregalar os olhos e dizer:

Ficou doida Rosalie?, mas ele não o fez .

-Perfeito. –Apenas deu um sorriso branco, levantou os dedos e deixou-a incrédula quando o garçom, um carinha um tanto simples, anotou o pedido, olhando para Jake como se ele fosse um Bill Gates da vida.

Quando ele se afastou, a garota cruzou as mãos na frente do rosto com um olhar alarmado. Ela nem queria tudo aquilo. Só tinha falado para provocar, mas...

-Jake, você sabe que tem que vender a tua casa para pagar tudo isso não sabe? – Inquiriu, franzindo a testa com medo de que ele dissesse que não.

Ele balançou a cabeça descontraído, como se ela tivesse dito que os pássaros cantam no céu.

-Apenas relaxa, loira.

-Tá bom, mas quando você falir a sua família não vem me dizer que é minha culpa... – Preveniu-se.

-Tá legal... –Ele deu risada.

Permaneceram o resto da noite trocando olhares desconfiados, e para sua surpresa, ele também tinha pedido coisas realmente caras. O moreno apenas gostava de lançar um charme com um sorriso misterioso, mas ela não conseguia parar de se perguntar como ele conseguiria lidar com a conta depois. Será que tudo isso era apenas para impressioná-la? Será que ele era tão idiota ao ponto de não saber que só pelo fato de ser ele mesmo já conseguia chamar a atenção dela? Por mais que ela negasse isso? Será que ele não percebia que não precisava de nada disso? Que por mais que ela fosse irredutível, pensava nele 25 horas de cada dia?

A comida chegou mais rápido que o esperado, e sim estava deliciosa. Mas a dúvida de como ele arcaria com aquilo ainda era um fato em sua mente.

-Jake... – Ela o chamou, em meio a uma garfada de salada.

-Quê? – O garoto arqueou a sobrancelha, satisfeito por ter conseguido fazê-la iniciar o diálogo dessa vez.

-O que você ia me dizer antes do Luke chegar? – Por incrível que pareça, ela não queria perguntar aquilo. Ela iria perguntar porque ele estava fazendo aquilo, levando-a para o Palisade e pagando o jantar mais caro de sua vida, quando as palavras arremessaram-se involuntariamente de seus lábios.

Ele parecia a pessoa mais exultante do mundo só por ter ouvido aquela pergunta.

-Não posso falar agora. –Apesar dele estar morrendo de vontade internamente de revelar o que tinha para revelar, não seria do jeito que tinha planejado. Aquele panaca tinha cortado todo o clima, então era preciso reconstruí-lo de novo. E querendo ou não a atmosfera em torno deles ainda era tensa.

A garota repousou o garfo no prato, e pegou o guardanapo, que ficou vermelho ao toque dos lábios dela. A garota piscou duas vezes, e seus

olhos estavam franzidos de maneira contestatória.

-O que eu fiz para não querer me contar mais? – Ela quis transparecer desdém, utilizando de sua expressão de “to nem aí” para despertar a vontade dele de contar. Por que parecia que quando ela estava curiosa, ele gostava de ocultar as coisas, e quando ela realmente não estava com a mínima vontade de saber, ele revelava.

Jake sorriu como se tivesse lido o que ela havia pensado.

-Você não fez nada, loira... Mas o seu amiguinho TAMBÉM LOIRO ali do

outro lado do salão, atrapalhou tudo... – Não havia porque ele mentir.

Na verdade, ele realmente estava se esforçando para jamais ter que mentir para ela. O ar de suspense que ele emanou com a voz fez a garota se remoer de curiosidade.

Ela se ajeitou mais uma vez na cadeira, como se estivesse desconfortável.

-E o que ele exatamente fez? – Algo dentro dela gritava implorando por aquela resposta, por mais simplório que fosse o sorriso que ela lançou.

Ele percebeu que tinha se projetado sem querer para frente, então voltou a descansar no encosto, de uma forma despojada, e um tanto sedutora.

-Apenas cortou o clima. –Afirmou.

A garota não se limitou em dar um riso.

-Então quer dizer que tinha que haver um clima para o que você pretende me contar??? – Inquiriu, ridicularizando um pouco.

-Hmmm... Sim, um clima é inteiramente essencial.

Ela lançou um olhar que parecia um exterminador de expectativas.

-Quando vai entender que nunca mais vai existir “clima” entre a gente? – A loira perguntou, fazendo aspas com as duas mãos, em torno da

cabeça. Aquela conversa estava ficando perigosa, então era melhor dar um fora sarcástico logo de cara.

Ele ergueu a sobrancelha esquerda.

-Engraçado, porque havia um exatamente no momento que precedeu a chegada dele... –Respondeu ele, de uma forma formal, mas um pouco mal-educada.

-Tá legal... – Ela deu de ombros. – Então quer dizer que não vai mais me contar o que tinha pra dizer?

-Ah, não... Isso não loira. Óbvio que eu vou te contar. Mas vamos precisar sair desse restaurante, andar agarrados um pouco mais, e depois irmos com para um lugar com rosas e uma musiquinha de fossa no fundo... Então eu vou recomeçar o meu discurso, você vai se derreter e então eu vou te revelar.... – A garota não pode evitar de dar risada enquanto ele dizia com tanta simplicidade um futuro que ele já parecia ter arquitetado em sua mente. Prevendo até as reações dela.

-Ok, que lugar seria esse?

Ele sorriu cinicamente.

-Surpresa. – Soprou, erguendo o copo de vinho para cima antes de beber dois consideráveis goles.

Ela debochou dele com sua expressão.

-Tudo bem, sonha mesmo que isso vai acontecer... –Esculachou, usando da mesma estratégia de beber o vinho, de uma forma charmosa, e sustentando um olhar desafiador.

-Isso vai acontecer, loira... – Ele se projetou para frente novamente. – Independente de você querer ou não... – Disse, com tanta segurança,

que a até fez a garota calar a boca para uma possível contestação.

O silêncio tomou conta deles, apenas com as conversas das outras pessoas nas mesas.

Sabe quando dizem que uma imagem vale mais que mil palavras? Então substitua a palavra imagem pela palavra olhar. Literalmente os olhares que trocaram foram as coisas mais intensas do mundo. Não queriam conversar mais, porque acabariam discutindo, e ambos não queriam isso. Comtemplavam a beleza um do outro, e de vez em quanto ela ainda franzia a testa ao tomar um gole da taça de vinho que sabia custar 60 dólares. É lógico que era uma das comidas mais perfeitas que já havia experimentado, mas ainda assim se sentia no compromisso de pagar por isso.

NÃO TINHA COMO ELE ARCAR COM AQUELES GASTOS!

Mas para ela se boquiabrir ainda mais, quando chegou a hora de pagar, ele simplesmente tirou com um ar esbanjado o cartão de crédito do bolso e pagou cada centavo, dando de ombros sem decretar sua própria falência.

-Não acha que me deve uma explicação por isso também? –Ela perguntou.

-Aham. Eu sei disso. Mas resolvi que vou te contar quando chegarmos naquele lugar que eu te falei...

@#*@##@!!!!! –Ela xingou mentalmente.

-Porr*, mas que droga! Por que você sempre adianta as coisas???

Jake apenas deu risada balançando a cabeça.

-Você só precisa ter um pouco mais de paciência, loira. Vem, vamos sair daqui e ir por lugar que eu te falei...

Ela não teve outra opção se não assentir, já que essa era a condição dele para falar as coisas que ela inevitavelmente desejava saber. Antes de sair de lá, na companhia dela, a garota lançou um tchauzinho ao seu amigo loiro, que correspondeu de loiro, e sentiu ódio ao ver Jake se despedir da recepcionista loira com lentes de contato, Kate.

O jardim parecia ainda mais bonito depois de um tempo sem apreciá-lo, e logo avistaram a moto de Jake. Ela se despediu do restaurante, com um aperto, e caminhou com ele em direção ao veículo.

-Vou ter que bagunçar meu cabelo de novo com o capacete?

-É claro. Não dá para você ir sem.

Ela assentiu a contra-gosto, enquanto levava quase cinco minutos para coloca-lo de uma forma confortável para seus cabelos.

Subiu apressada, no banco atrás dele, porque estava louca para que chegassem ao tal lugar para que ele finalmente pudesse dizer, e apagar com todo aquele suspense e mistério.

Colocou as mãos em volta dele, segurando firme. Fingia que detestava aquela parte, mas na verdade era uma das melhores.

Começaram a andar. Estava frio e seus braços descobertos estavam congelando, de uma forma que ficar perto dele se tornava ainda mais prazeroso. O rugido do motor quase era extinto com o barulho do vento ricocheteando contra eles na pista.

A pista parecia um tanto vazia para a garota, e permaneceu assim durante alguns minutos, mas então, algo completamente inusitado ocorreu.

No mesmo lado da pista, que Jake dirigia, um carro, ou melhor, uma caminhonete enorme e preta, avançava em uns bons 80 km na direção de ambos. O coração dela acelerou.

-O que esse cara tá fazendo?!! – Ela ouviu de leve o garoto se constestar, enquanto ficavam sem saída, já que não poderiam desviar para o outro lado, pois haviam carros, e a caminhonete preogredia feroz em direção à eles, com apenas alguns metros para colidirem. Estava na contramão, e não parecia nem um pouco importante esse fato.

Era provável que estivesse bebâdo.

-DESVIE! – Ela berrou, o mais alto possível.

-Não dá, tem carros do outro lado...!!!!

-Vá para o lado da grama!!!

Não havia outra opção se não obedecê-la, caso contrário eles virariam molho do tomate esmagados no vidro da caminhonete preta. Ele guinou a moto para o lado da grama. Só que a loira havia se esquecido do suporte de proteção da pista, então, quando a caminhonete se aproximou eles se desviaram numa velocidade absurda, fazendo a adrenalina e o pavor dentro dela entrarem em erupção. A moto foi com tudo no suporte de proteção, a alta velocidade e antes que ela pudesse fazer alguma coisa ou simplesmente gritar. Só o que ela sentiu foi o choque entre a grade de proteção e os pneus da moto, e o barulho da tentativa falha de frear a moto. A frente dela foi esmagada, e então quando a garota pode apenas se sentir num pavor absurdo e num estado de letargia quando foram arremessados do banco, para a grama, já se sentia inconsciente de tudo, e de todos independente da sensação de sua cabeça, coberta pelo capacete, colidindo violentamente com a grama.

Continua em breve...

Beijos, da...

Lívia Rodrigues Black
Enviado por Lívia Rodrigues Black em 16/04/2011
Código do texto: T2912506
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