Bad Romance [Parte 2]

iii Galera troquei o nome da história, espero que não se emportem.

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Praia, sol & Calor

— O que diabos você quer? Já não me humilhou o bastante?

— O seu celular...

Eu devo tê-lo derrubado.

— Ok. Obrigada rapaz. — tentei ao máximo manter o “ar” de superioridade, mesmo que ninguém desse a mínima pra isso.

— Zac. Meu nome é Zac. — falou educadamente.

Não Elizabeth! Você não pode se deixar levar, há alguns minutos ele te chamou de branquela imbecil.

— Tanto faz... Sou Liza. — Por que eu disse isso?

Esse lugar deve estar mexendo com meu cérebro.

Comecei a andar. Manca.

— Tá eu te devo desculpas, Permita-me.

O tal Zac me colocou no braço repentinamente, deixei um grito escapar.

— Me solta seu louco! O que pensa que está fazendo?

— Me desculpando. — Zac começou a me levar nos braços.

— Para com isso, tá todo mundo olhando...

Corei, todos os pedestres nos encarava.

— Ok. Eu posso te largar se você prometer que vai em casa trocar a camiseta, os sapatos (risos) e vai voltar à praia comigo.

— Me solta!

— Promete?

— Tá. Eu prometo, me bota no chão. Você fede a maresia.

Na verdade ele cheirava muito bem, eu olhei mais uma vez seu corpo bronzeado antes dele me colocar no chão, ele tinha umas sardas nos ombros. Tão hot. Que calor.

Para o meu total desapontamento, ele vestiu sua camisa e tudo que eu pude ver eram seus braços fortes.

— De onde você veio? Rússia, França? — ele queria ser educado.

Tudo bem. Acho que posso ser educada enquanto ele não me chamar

de giripoca.

— Errado. Venho de Toronto, Canadá. — contei.

— Bom. Isso explica a sua cor. — dessa vez ele não estava sendo chato, ele sorriu abertamente e eu tive que retribuir o sorriso.

— Já passou pela sua cabeça vazia que nem todo mundo gosta do sol?

— Não mesmo. Todo mundo adora sol, até os turistas como você. Ficam parecendo camarões no sol, mas mesmo assim eles adoram. Você não?

— Olha pra mim. Eu estou com um chapéu que parece uma nave espacial, óculos que me fazem parecer uma abelha, protetor solar fator 60, que coloco a cada quinze minutos. Agora me responde: Eu pareço gostar do sol?

— Sinceramente não, mas é uma pena. Você é muito... Você sabe. — enrolou.

— Não, eu não sei.

— Você é diferente das outras meninas, é branquinha, alta, tem um corpaço e se veste bem. Nem se enquadra neste lugar...

— Ufa... Pensei que você ia me chamar de ET.

— Nem tanto.

— Chegamos. — anunciei.

Minha casa era bem próxima.

— Coloque um chinelo e um biquíni. Quero mostrar a você o lado bom de JVB. — Ele piscou pra mim.

OMG! Uma semana, um desastre e agora um carinha que mora logo ali está sendo muito amigável. O que eu faço?

No Canadá todos são muito fechados, pessoas reservadas que só vem se tornar amigáveis depois de meses de relação.

Eu não tenho biquíni. Minha mãe deve ter algo... Corri para seu quarto e fucei suas coisas até encontrar a parte de cima de um biquíni há muito tempo não usado. Provei e deu. Sorte. Continuei de short e desci com um chinelo qualquer, peguei minha bolsa, soltei a cabeleira e recoloquei o chapelão, mais uma dose de protetor solar e pronto.

— Uau.

— O que foi... Zac? — desci me sentindo uma modelo profissional.

— Você acertou no look.

— Obrigada, você é estilista desde quando?

Sorrimos e seguimos lado a lado, agora sem lady gaga nos ouvidos e sem salto.

— Sabe, acho que podemos ser amigos. — disse-me ele.

— Não pense que vai se aproveitar de uma recém-chegada, sou nova, sou turista, mas não sou boba.

— Você tem um sotaque estranho, não é um inglês puro.

— É o preço a pagar por ser uma poliglota.

— É mesmo? Quais idiomas você fala? — ele parecia interessado em mim.

— Inglês e Francês são meus idiomas oficiais, mas falo espanhol,

alemão, russo e arrisco o mandarim.

— Que exagero. — comentou.

Saímos da calçada e caminhamos pela areia, ao nosso redor havia muitos banhistas, jogadores de vôlei de praia (fiquei bem longe destes), vendedores ambulantes e muito sol, o sol das dez.

— Chegou a hora. A senhorita patricinha vai tirar o chapelão, vai guardar os óculos na bolsa e vai entrar comigo.

Tentador.

— Ok. — Concordei. Afinal ele estava sendo muito gentil.

Não pude deixar de encarar seu corpo quando ele começou a exibi-lo.

Tirou sua camisa, seu peitoral me enlouqueceu, aqueles braços, o abdômen... O conjunto perfeito, então ele tirou o calção e eu fui ao delírio.

Não comentarei nada sobre o preenchimento de sua sunga vermelha, fiquei supercorada só de olhar, suas coxas firmes, sem falar no bumbum avantajado que dá vontade de fazer pom-pom.

— O que está olhando pequena virgem , vamos logo!

Zac puxou-me pela mão e juntos nós mergulhamos na água fria do mar de JVB. Não era tão ruim quanto pensei, emergi da água e balancei meus cabelos como um cachorro molhado, que acidentalmente bateu no olho de Zac e pela violência com que me balancei, deve ter doído.

— Oh Meu Deu, você acaba de me cegar! — gritou protestando.

Ele pôs as duas mãos no olho, estava ardendo.

— Ah Desculpa! Que desastre eu sou...

Tentei tirar as mãos do olho de Zac para poder ajudar, mas fiz isso na mesma hora em que ele andou para fora do mar e tropeçamos um nas pernas do outro, caindo no chão, eu sobre ele.

Ele tirou as mãos dos olhos e me encarou, eu paralisei, seu olhar era

hipnotizante, tão lindo. Nos encaramos naquela posição constrangedora (e excitante, não posso negar) por algum tempo que nos pareceu uma eternidade, estávamos perdidos um no olhar do outro até eu decidir sair de cima.

— Ér... desculpa, eu só queria ajudar. — me desculpei.

Zac se jogou no mar mais uma vez, parecia envergonhado, não se levantou de jeito nenhum, achei que ele estava me fazendo de besta, mas depois ele se levantou olhando só para o chão e veio ao meu encontro.

— Mocinha! Eu acho bom não fazer isso de novo enquanto estivermos vestindo tão pouca roupa.

Ah...

Agora eu entendi o que ele estava escondendo debaixo d’água, corei na mesma hora.

Continua...

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 23/07/2011
Reeditado em 23/07/2011
Código do texto: T3113461
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