Primeiro amor, machuca muito

Meu nome é Maya, tenho 16 anos e estou na fase de crise adolescente, nunca tive um relacionamento que não era estável, eles sempre acabavam depois de algumas semanas, mais neles nunca houveram amor nem nada parecido apenas atração, eu sonho em me apaixonar. Espero que não seja tão doloroso quanto falam. Meus amigos sempre estão do meu lado quando tudo está ruim, e me sinto muito bem por ter pelos menos encontrados amigos verdadeiros e únicos. Meus pais me deixaram na porta de um orfanato quando eu tinha cinco anos de idade, não me lembro muito bem deles, e agora nem faz diferença. Meus pais adotivos se chamam Lucia e Pedro. Eles me tratam como se eu realmente fosse filha deles. Ainda estou me acostumando com isso, moramos em Los Angeles. Bom, irei contar para vocês quando finalmente fui acertada pela flecha do cupido.

Lá estava voltando das férias do ano passado, mais um ano naquela escola, parecia tudo normal, assim como nos anos anteriores. Minha melhor amiga Jane era minha vizinha então vínhamos juntas para a escola junto com Conny, nós fomos para a diretoria pegar nossos horários de aula e o número do nosso armário, foi quando passou o aluno novo, ele tinha a pele bronzeada, cabelos negros, e os olhos castanhos claro. Com certeza ele iria ser o menino mais bonito de lá, mais ele não prestaria atenção em uma garota meio baixinha, com cabelos ondulados da cor loira, e olhos verdes, azuis acinzentados, como eu.

Jane e Conny me puxaram pra longe dali e começaram a falar um monte de coisa, mais eu não ouvia nada, estava fascinada por aquele menino.

As aulas passaram lentamente, eram os mesmos professores de sempre. Tudo a mesma tortura, não agüentava mais isso todo ano, isso já estava se tornando cansativo. Mas tudo o que eu podia pensar é quem seria aquele garoto.

Após passadas algumas semanas, aquele meu comportamento não mudou como deveria mudar. Ele se chamara Jason, ele havia caído na minha classe de biologia. Nunca nos falamos se não fosse preciso. Mas um dia ele começou a puxar assunto.

- Qual seu nome? Disse Jason olhando para mim.

-Mayara, mas pode me chamar de Maya. E qual o seu?

- Jason. Prazer.

- Igualmente.

- Há quanto tempo você estuda aqui?

- Desde meu nove anos de idade. Estudava aonde antes de vir para cá?

- Colégio Leart Pool em Sidney.

- Você morava em Sidney?

- Sim.

Após algumas semanas passadas aquela conversa, começamos a andar juntos, passar mais tempo juntos, fazer trabalhos juntos e outras coisas de escola. Estávamos nos tornando bem íntimos, só que não do jeito que eu queria. Ele havia me contado que tinha pedido Laura Sckausama em namoro e ela havia aceitado.

Após esse choque, eu abri minha gaveta de meias, em baixo das meias avia uma parte oca, onde eu guardava coisas valiosas para mim, retirei de lá meu velho diário e escrevi:

Olá velho amigo, desculpe se demorei tanto tempo a voltar a escrever, as coisas não eram muito importantes, bom eu estou no segundo ano do ensino médio agora, esse ano entrou um garoto novo na escola chamado Jason, eu acho que me apaixonei por ele, ele é muito legal, amável, carinhoso, bom... Resumindo é o sonho de qualquer garota. Somos amigos, mais ele não consegue me ver como mais do que isso, ele pediu para Laura Sckausama namorar com ele e como ela aceitou eles estão juntos há um mês. Estou morrendo aos poucos e ninguém pode ver, nem se quer saber por que tudo acontece assim nas escuras.

Eu tentava me manter calma na escola pelo menos, mais ao chegar a minha casa eu não agüentava mais segurar a tristeza, e todos os dias eram assim. Vocês devem estar pensando, mais após tanto tempo seu sentimento era para sumir, pois é errado estar apaixonado pelo melhor amigo afinal, é eu também havia pensado nisso, mais não diminui nem sumiu esse sentimento, só aumentou a cada vez que ficava mais próximo dele, a cada vez que falava com ele. Então tomei a decisão mais difícil da minha vida, eu iria acabar com nossa amizade, afastar ele de mim, e contar a verdade. E depois eu me mudaria. Já quanto à mudança eu não havia comentado mais já estava marcada há décadas, até mesmo antes de ele aparecer na minha vida.

Como disse Napoleão Bonaparte: a vitória cabe ao que mais persevera.

Então essa será a minha vitoria, dar a volta por cima esquecê-lo me manter firme, mesmo sem o amor dele. E foi isso que eu fiz, contei a verdade sobre meus sentimentos, e logo após disse que eu estava saindo da cidade, que era melhor nossa amizade acabar. Parecia que ele não se importou.

Bom para vocês que pensaram que seria uma história de um final feliz, uma ultima coisa: Nem sempre contos de fadas acabam com finais felizes.

E agora estou morando em Nova York. Estou feliz, por enquanto...

Bom... Obrigada por deixar eu compartilhar isso com vocês.

Com amor, Maya.

XOXO .

Talvez, até a próxima.

Mille
Enviado por Mille em 15/04/2012
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