Forrobodó waldoniano

Fui num forrobodó

Lá na casa de seu Zé

Um caba só

Potencial de mil gogó

Waldonis, cearense lascado

Fazia um passeio, pela zoropa, arretado.

Eta, forrobodó da peste!

O fole descontrolado

Oito baixos de bonito tom

Propalando o sonho do caboco

Do sertão nordestinense

Para o Brasil, agalopando.

Revive a memória do maior caba-da-peste

Gonzagão, Rei do baião

Cantador, político no jeito

De fazer canção

Defendendo o sertanejo, do desprezo

Da fome, miséria e tropeços.

Letra, música e borogodó

Experiência e tradição

Sem a dita exploração da mulher

Pé-de-serra e do bom

Rala-bucho num capricho.

Lourdes Limeira
Enviado por Lourdes Limeira em 29/08/2012
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