Helena, beleza que derruba gregos e troianos

Doidamente por Páris sequestrada

Acompanha-no de livre vontade

Levando consigo sua fragilidade

A sua filha, Hermíone, fica pra trás

Menelau, cornudo, sofre demais

Inconformando-se, segue-a sequaz

Helena é então, por Páris, levada

Não fugindo ao seu destino

Fugira a tempo na batida do sino

Desejando mais, quisera ser amada.

Helena estava no direito dela

Amar era o seu defeito

Aquele troiano era o eleito

Correspondera-lhe à altura

Presenteia-lhe com seda pura

Tipo, coisa de cultura

Àquele amor, todos deslumbrados

Príamo e Hécuba se emudeceram

Num entusiasmo esfuziante

Os dois foram então agraciados.

Helena fora além do seu tempo

Não consta em obras antigas

Nem mesmo tributo do feito que instiga

Helena é falada e menosprezada

Em Esparta, se antes era divinizada

Após o adultério, é apedrejada

Hermíone, sua filha com Menelau

Na época, abandonada, sofre de aflição

Desdém e polemização

Fecha-se assim esse causo abissal.

Lourdes Limeira
Enviado por Lourdes Limeira em 24/10/2013
Reeditado em 24/10/2013
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