[Original] Ela me faz - Capítulo 10

Capítulo 10 – Party Crazy

- Rafaela, você já está pronta? - Ouvi Iasmin perguntar da escada, mas não respondi. Eu ainda nem comecei a me arrumar e sinceramente, nem sei se vou. Todo mundo arrumou um par pra ir à festa. Iasmin vai com Nina e Gabriel, Lucas foi com a Olívia (com quem mais ele iria? E ainda tive que ouvi-lo perguntar cheio de deboche “é sério mesmo que a Rafaela vai?”) e só eu vou sozinha. E tudo isso graças a incompetência do Fernando. O que custa ele ir comigo? É só uma festa idiota com gente idiota.

- Não, Iasmin. Pode ir na frente, eu te encontro lá! – Respondi, colocando a cabeça pra fora da porta.

- Certo! Te espero lá. Não demora, tá?

- Beleza!

Voltei pro meu guarda-roupa olhando com desgosto pra todas as minhas roupas. É verdade que faz um pouco de tempo que não vou a uma festa e que nem faço compras, mas a situação, agora olhando bem está bastante crítica. Como a noite estava quente e pedia roupa leve, escolhi uma saia longa de cores estampadas no rosa e branco, mas sem aquela coisa brega com flores. Eu detesto roupa com flor. Uma regata branca e justa que valorizava as minhas poucas curvas. No pé, uma sandália rasteirinha na cor creme. Fiz uma trança de lado que me deixou com um ar meio hippie. E pra finalizar, me maquiei de forma básica. Ainda não tenho a habilidade de Iasmin pra tal prática.

- Vou usar os brincos que minha mãe me deu, vai que me dá sorte. – Murmurei, abrindo a gaveta atrás do par de perolas que minha mãe me deu aos 15 anos. É um brinco, segundo ela, de gerações. O certo seria ela dar pra Patrícia, mas minha irmã nunca gostou de brincos pequenos.

Desci as escadas, receosa. Ainda estou um tanto insegura, até parece que vou casar.

Será uma humilhação chegar sozinha. Posso até ver a cara de vitorioso de Conrado e Lucas. Não vou dar esse gostinho a eles. Abri a porta de casa e visualizei uma figura de pose atlética e imponente passando distraidamente. Os cabelos negros não negavam quem era. Sorri, aliviada.

- Kayra!!

Ela me olhou e ao me reconhecer, sorriu. Fui até ela com mais pressa do que o necessário. Ao me ver, assoviou. O sorriso surpreso tornou-se malicioso.

- Rafaela, boa noite! Primeiramente devo dizer que você está realmente linda.

- Valeu. E aí, tá de bobeira?

- Ah, eu ia sair com uns amigos mas eles desistiram e eu vou pra casa. – Ela franziu o cenho. – Por que?

- Topa ir a uma festa comigo?

- Claro!

Eu quase a abracei de tanto alívio. Claro que o meu convite gerou perguntas e para não perder a companhia, editei as respostas.

- Não que eu não tenha gostado do convite, mas... – Kayra me olhou, curiosamente. – Estou estranhando um pouco.

- Ah, vai ter uma festa e eu não queria ir sozinha.

- E a Iasmin?

- Já foi com alguns amigos nossos do curso.

- Entendi. Tem certeza de que não tá me usando para enciumar algum rolo seu? Inclusive, ouvi algo sobre a festa do Henrique ser hoje, sábado. Não é a mesma festa, né?

Fingi olhar minhas unhas, fugindo da resposta. Kayra bufou, mas não estava brava.

- Eu detesto aquele garoto.

- Eu sei, mas a festa vai ter tanta gente, você nem irá vê-lo. – Segurei a mão dela. Se for necessário implorar pra ela ir comigo, eu faço. – Por favor!!

- Tá bem. – Disse, mal humorada. – Espero ao menos que tenha bebida alcoólica, não vai ser fácil ver a Iasmin e não poder toca-la.

- Você vai superar isso. – Ela me deu a mão e eu aceitei. – Fico te devendo uma, Kayra.

- Sem dúvidas, Marchiori. Sem dúvidas.

Descemos a rua rumo a casa de Henrique. Eu me sentia sendo observada por todo mundo e mesmo que quisesse soltar a mão de Kayra, ela não deixaria. Mesmo sem termos chegado, já era possível ouvir a música alta que vinha da festa.

- Parece que tá animado lá. – Minha acompanhante comentou, com a voz suave, a olhei rapidamente. – Vamos ver o que essa noite me proporciona.

Conforme nos aproximávamos da casa, os olhares sob nós duas ficavam cada vez mais surpresos. Reconheci alguns amigos de Conrado, mas não me prendi a nenhum deles. Meus alvos estavam lá dentro. A festa tinha muita pessoa, muita mesmo. Tanta que alguns bebiam na rua. A primeira pessoa que vi foi Iasmin de costas, ela segurava um copo de vinho, ao seu lado, Nina e Gabriel a acompanhavam em uma animada conversa. Lucas e Olívia estavam num canto mais reservado e pela expressão apaixonada dela, a conversa era romântica.

Iasmin se virou e eu quase ri de sua expressão chocada ao ver Kayra ao meu lado. E quase em sincronia Gabriel e Nina me olharam, depois Lucas e Olívia. Conrado derrubou a lata de cerveja que segurava. Sorri para todos e entrei pela garagem, pedindo passagem para chegar até a cozinha e fazer a única coisa que me deixaria preparada para enfrentar o que viria a seguir: álcool. Segurei uma garrafa de vodka na mão e peguei dois copos com gelo em cima da bancada.

- Vai querer? – Perguntei a Kayra.

- Sim – Respondeu - Vou procurar o banheiro, já volto! – Acrescentou, soltando da minha mão e me deixando a mercê dos lobos. Não deu muito tempo e senti alguém me arrastando para o canto ao lado da geladeira.

Era Conrado. Os olhos castanhos ardendo de fúria, ódio e um resquício de sentimento.

- Você não cansa de me humilhar não, Rafaela?

Sorri na mesma hora. Ele trincou a mandíbula.

- Não estou te humilhando, Conrado.

- Não seja ridícula. O que você veio fazer nessa festa com a ex da tua amiga?

Ele apertou meu braço e o empurrei, mas quando tentei correr, fui puxada de novo contra a parede. Dessa vez fui presa pela cintura. Conrado respirou bem lentamente próximo ao meu ouvido, senti medo e um pouco de prazer em ver o quanto o deixava furioso.

- Você sabe que eu ainda te amo, Rafaela e é por isso que você não cansa de me humilhar. – Sussurrou em meu ouvido, as mãos me tocando agora com mais suavidade. – Só que eu vou converter esse amor em ódio, pois sei que é isso que você quer.

- Faça o que bem entender, Conrado!

- Eu me sinto um lixo por ainda amar você, ainda mais depois do que você fez.

- Você sabe que mereceu.

- Sim, mereci. E você sabe que está sendo muito dura, não sabe?

- É assim que as coisas são, Conrado.

As mãos dele foram para o meu rosto. Por um momento pensei que ele fosse me beijar a força, mas não, só roçou os nossos lábios, ainda deu uma mordidinha sacana no meu lábio inferior.

- Você vai se arrepender disso, Rafaela. – Ele avisou, suavemente. Eu entendi bem o aviso.

- Eu pago pra ver.

Conrado se afastou, me olhou dos pés à cabeça, deu um suspiro, frustrado e saiu da cozinha. Várias pessoas tinham visto a cena, mas ninguém fazia comentários. Ele podia ter sido humilhado pela ex-namorada, porém, sua influência ainda era muito alta entre os nossos conhecidos.

Kayra demorou para aparecer. Se ela não se perdeu pela casa, encontrou Iasmin e está tentando reatar. Com pouca coragem, decidi andar pela casa segurando a garrafa de vodka em mãos. Esbarrei em uma figura que eu gostaria de não ter esbarrado. E por incrível que pareça, Lucas foi extremamente educado enquanto andava ao meu lado até os fundos da casa.

- Então essa é a sua forma de me fazer te odiar? – Perguntou, sorrindo. O sorriso não era verdadeiro. Era o de quem estava se controlando para não explodir.

- Não exatamente. Se eu disser que não fiz isso para te provocar você vai acreditar? – Era mentira, claro. Numa balança, posso dizer que 50% disso foi feito para provoca-lo também.

- Capaz. Vi quando Conrado entrou na casa bufando.

- É. Ele falou comigo.

- E o que disse? – Eu fitei Lucas e tive uma vontade bem boba de abraça-lo.

- Disse que vou me arrepender do que estou fazendo. – Dei de ombros. – Não tenho medo dele.

- E nem de nada, não é?

“Tenho medo que você me esqueça” – Pensei em responder, enquanto trocávamos um longo olhar.

- Não, não tenho.

- Eu sei.

Paramos no quintal da casa de Henrique. Lucas tomou a garrafa de minha mão e bebeu um pouco. Havia um monte de pessoas conversando, alguns se enroscando na parede e ninguém prestava atenção em nós, o que me fez ter a ousadia de abraça-lo de surpresa.

Era um ato que me traria mais consequências do que com Conrado e eu sempre estava disposta a viver aquilo.

Lucas me aninhou em seus braços de forma protetora, sem se importar com o fato de que Olívia poderia aparecer a qualquer minuto e estragar tudo aquilo.

- O que eu vou falar é bem ridículo. – Ele disse, entrelaçando nossos dedos com firmeza. Meu coração batia rápido, minhas pernas tremiam. – Mas...

- O que?

- Tu fode com os meus sentimentos.

Segurei seu rosto suavemente. Vi ele abrir um sorriso que seria capaz de desmanchar toda as nossas diferenças. Era um problema estar apaixonada por alguém que eu não confiava. Me ergui um pouco e encostei a minha testa a dele. Os dedos de Lucas adentraram por meu cabelo, mas com sutileza. Eu já estava pronta pra beija-lo quando Kayra pigarreou, chamando minha atenção. Tentei me afastar, mas fui impedida.

Lucas me olhou, meio angustiado. Quase pensei que ele fosse me pedir para manda-la ir embora, mas não o fez. Eu tirei a mão dele da minha cintura e fui até Kayra. Saímos de mãos dadas.

- Onde você estava? – Perguntei, engolindo seco.

- Aquele não é o Conrado. – Ela murmurou, ignorando minha pergunta.

- Não, não é.

- E quem é?

- É um rapaz que divide a casa comigo e Iasmin. – Ela ficou surpresa. – E a gente tem uma coisa meio complicada, mas foi bom você ter chegado naquela hora.

- Por que? Ele gosta de você.

- Você me impediu de fazer bobagem.

Sentei em um sofá e Kayra ficou ao meu lado, me observando. Deitei minha cabeça em seu ombro e ela fez carinho em meu cabelo. Tudo parecia relativamente calmo até Iasmin passar de mãos dadas com Gabriel e sua ex interpretar as coisas completamente erradas.

- Eu não acredito que vim numa festa que nem queria para ver isso! – Ela exclamou, ficando de pé. Eu me levantei, confusa e vi Kayra seguindo Iasmin.

- Kayra, espera!

Ela parou na entrada da cozinha, olhou Iasmin e Gabriel e me puxou com força, beijando-me com muita raiva. Descontando seu sentimento frustrado no beijo, no toque desesperado. Ouvi uma sequência de “oh” e imaginei a quantidade de pessoas que já estavam vendo aquela cena. Até a música parou com a cena que eu protagonizava.

Empurrei Kayra, totalmente sem fôlego e dei um tapa em seu rosto. Iasmin me fitava entre a surpresa e o choque. Meu primeiro ato foi correr, ignorando três vozes me chamando. Eu corri às cegas, esbarrando em várias pessoas. Se eu dissesse que me sentia envergonhada não chegaria nem perto do que realmente sentia. Não podia culpa-la por ter me beijado, ela era tão impulsiva quanto eu.

Parei na metade do caminho, pois não aguentava mais correr. Ouvi a voz alterada de Lucas e Iasmin discutindo.

- Então a tua ex tá pegando a Rafaela? – A pergunta era cheia de deboche e ironia. – Ah, olha ela ai!

- Rafaela, dá pra você me explicar o que foi aquilo? – Iasmin perguntou, meio autoritária, meio surpresa. Eu a olhei rapidamente e depois para Lucas, que também aguardava a minha resposta.

- Olívia está te esperando Lucas. – Falei, numa falsa polidez.

- E eu estou esperando uma resposta.

- Kayra me beijou porque ficou com ciúmes de você, Iasmin. – Nenhum dos dois acreditou na minha resposta, é claro. Dei de ombros. – Acreditem se quiser.

- Tu poderia dar uma desculpa melhor. – Lucas disse, meneando a cabeça.

- Eu não tenho que dar desculpas nenhuma! – Gritei, apontando o dedo pra ele. - E eu já disse pra você ir atrás da sua namorada e me deixar em paz!

- Rafaela, a Kayra é problema você sabe...

Iasmin começou a dizer, mas não concluiu porque Lucas e eu começamos a discutir aos berros. Nada fora do comum, era só mais uma discussão em que um tentava ter mais razão que o outro, quando na verdade ambos erravam. Teve um momento que ele apontou o dedo pra mim e eu dei um tapa em sua mão. Um grito nos surpreendeu.

- CHEGA! EU ESTOU CANSADA DA MESMA BRIGA ENTRE VOCÊS! QUANDO NÃO É EM CASA, É NA RUA! – Iasmin se posicionou entre nós dois. – É RAFAELA TENTANDO GRITAR A PLENOS PULMÕES QUE É MAIS CERTA QUE O LUCAS. É LUCAS QUE NÃO ACEITA O JEITO DA RAFAELA MAS NÃO CONSEGUE DEIXA-LA! – Suas mãos se mexiam no ar. Eu nunca a vi tão explosiva antes. – TO CANSADA DESSE EGOISMO! PORRA, ESTOU HÁ DIAS QUERENDO UM MOMENTO PARA CONTAR QUE EU VOLTEI A FALAR COM O EMERSON, MAS COMO? - Seu olhar cruzou com o meu e desviou para ele – EU NUNCA TENHO TEMPO PRA MIM PORQUE ESTOU SEMPRE VIVENDO A BRIGA DE VOCÊS, DROGA! “A IASMIN É SEMPRE CALMA, O PORTO SEGURO”. CHE-GA! A IASMIN TAMBÉM SABE SE CANSAR DOS AMIGOS.

Eu pensei em responder durante todo esse descontrole dela, mas quando fui ver, Iasmin já estava virando a esquina rumo a nossa casa. Lucas e eu nos fitamos, ainda sem reação.

- Ela nunca gritou comigo dessa forma. – Murmurei, com a voz baixa.

Ele piscou os olhos duas vezes, aturdido.

- Ela disse que tá com o Emerson?

- Sim.

- Nossa...

- A culpa é sua! – Acusei, quebrando o silêncio. Lucas revirou os olhos, impaciente e me agarrou de forma possessiva. – Me solta!

- Prefere o toque da Kayra?

- Tá com ciúmes?

- É óbvio que eu estou, Rafaela. – Ele sorriu canalha e sem pedir licença me beijou com um fervor tão grande que senti suas mãos adentrando um caminho perigoso por minha blusa. – Eu estou a um passo de pedir a Olívia em namoro. – Murmurou em meu ouvido, de forma sensual e provocante. Me segurei nele para não desabar. – Se tu ficar comigo, eu esqueço de tudo agora.

Nos fitamos por um longo tempo.

"Eu quero ficar com você."- Era o que eu queria falar, claro. As palavras praticamente pediam pra serem faladas, mas me mantive em silêncio. Quando balancei a cabeça, sinalizando um não, ele se afastou, magoado. Não esperava por aquilo.

- Tu ouviu o que eu disse?

- Sim, ouvi.

- E só isso que tu tens para me falar?

- Sim.

- Rafaela, não vou repetir o que eu disse.

- Nem deve... – Baixei a cabeça. - E não vou namorar você.

- É mesmo isso que tu queres?

- É o que tem que ser.

- Tudo bem.

Quando levantei a cabeça ele já tinha me dado as costas, voltando pra festa. Não chorei, mas diante da dor que eu sentia, era melhor ter chorado. Saber que Conrado me traiu daquele jeito não chegou nem próximo do que senti vendo o olhar ferido de Lucas. Era uma dor inesperada até pra mim, que já achava ter vivido de tudo. Pensei em ir pra casa, deitar a cabeça no meu travesseiro e ficar no quarto até acordar desse pesadelo que era estar apaixonada por alguém que eu não confiava. Depois no meio do caminho desisti e peguei uma viela que dava acesso ao bairro de Fernando. Eu precisava urgentemente do abraço dele.

Quando entrei em sua rua, Fernando estava na calçada da sua casa conversando com uma roda de amigos. Nossos olhares se encontraram e surpreso, ele ficou de pé vindo em minha direção. Corri para os seus braços e senti uma onda de paz quando seus braços me aninharam.

- Calma, Rafa... O que foi que aconteceu?

- Me deixa ficar contigo hoje, por favor.

- Claro.

(...)

Estávamos deitados em sua cama. Eu com a cabeça deitada no colo de Fernando, chorava silenciosamente, sem medo de crítica. Ele não disse nada, só esperou eu me acalmar. Logo me perguntei como Olívia era capaz de odiá-lo.

- A festa foi ruim? – Perguntou, com um sorriso na voz.

- Sim. Fui com a ex-namorada da Iasmin. Ela a viu com o Gabriel e achou que os dois estavam juntos e me beijou.

- Nossa! – Fitei Fernando, que estava de boca aberta. Ele limpou uma lágrima que escorria por minha bochecha. – Não chora mais, Rafa. Eu fico maluco vendo você chorando.

- Lucas vai pedir a Olívia em namoro hoje... Disse que se eu aceitasse ficar com ele, desistiria de tudo.

- E você disse que não.

- Sim.

- Por que?

- Porque eu não posso namorar uma pessoa que apostou com os amigos que me teria na mão quando quisesse. Não posso namorar uma pessoa que é uma coisa em casa e outra no curso. Não sei ser de alguém que eu não confio.

Um alívio descomunal me invadiu depois que confidenciei aquilo a ele. Fernando não fez comentários ou perguntas, surpreendentemente, ele me beijou com suavidade. Os lábios macios de encontro com o meu, a língua quente invadindo a minha boca. Talvez quisesse, com isso, me fazer sofrer um pouco menos ou só fez isso mesmo porque quando nos beijávamos, por alguns minutos os nossos problemas sumiam. Era esse o motivo que fazia a gente precisar um do outro. Juntos não sofríamos. Éramos a fortaleza um do outro.

Fernando foi me ajeitando em seus braços até que seu corpo cobrisse o meu e sem deixar de me beijar por um minuto sequer. Ele encheu meu rosto de beijos, arrancando um riso meu. Deitei minha cabeça em seu peito, sentindo as batidas rápidas de seu coração.

- Eu gostaria de ter conhecido você antes. – Fernando confidenciou, tocando meu cabelo.

- Eu também.

- Será que as coisas as coisas seriam diferentes?

- Sim. – Respondi, passando o dedo por seu lábio, ele mordeu o meu dedo levemente. – Sem dúvidas.

Conversamos por mais algumas horas. Fernando foi o primeiro a dormir. O silêncio me trouxera lembranças mas afastei abraçando-o até dormir também.

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Spoiler:

Capítulo 11 - Namoradinhos (Será postado na categoria correta conforme as regras do RL e blá, blá, blá whiskas sachê)

"- Tu não vai me enlouquecer!

- Eu só quero que você responda a minha pergunta.

- Vou responder. – As mãos dele pousaram na minha cintura e ele me pressionou contra a pia. Fechei os olhos, sabendo que era absurdo eu manda-lo me deixar e depois provoca-lo. - Vou mesmo.

- Responde.

Ele roçou os lábios nos meus, como se isso fosse uma resposta. Suas mãos trilharam um caminho por meu corpo, os dedos dele ameaçando baixar a alça da minha blusa. Sua mão tocou meu seio, massageando levemente. Eu joguei a cabeça pra trás e sua boca foi para meu pescoço, sugando a minha pele, trazendo arrepios calorosos em mim."

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 26/05/2014
Reeditado em 26/06/2022
Código do texto: T4820273
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