Urubudeno e Urubudino estavam animados na tarde de ontem.
Os simpáticos urubus baianos saíram cedo do lixão onde moravam.
O destino deles era a nova Fonte Nova. Não escondiam a ansiedade de aplaudir o time carioca o qual as duas aves tanto amavam, o badalado Flamengo das arbitragens camaradas.
Não ignoravam que o adversário era perigoso e difícil de ser batido.
O Campeão dos Campeões prometia alcançar mais uma incrível vitória, no entanto os dois urubus contavam com o improvável milagre.
Não demorou muito, o Bahia fez o primeiro gol.
Urubudino quase desmaiou e caiu do poste estratégico no qual, ao lado do irmão, assistia a partida.
_ Calma, Urubudino, nosso mengão vai virar o jogo!
A previsão do otimista Urubudeno não se confirmou.
O Tricolor de Aço fez prevalecer a enorme superioridade.
O pobre Flamengo jamais soube impedir os ataques demais insinuantes da equipe baiana.
Iniciando o segundo tempo, um pênalti, favorecendo o Bahiaço, deixou claro que os urubus chorariam a sorte daquele importante jogo.
A cobrança maravilhosa, que resultou no segundo gol, deixou a dupla cabisbaixa, apreensiva e aflita.
O flamengo fez um gol de cabeça, Urubudeno gritou:
_ Será que vai dar, Urubudino? Precisamos acreditar!
_ Tem que dar, Urubudeno! Eu ainda boto fé.
No final da partida, o triunfo do melhor time ratificou que “não deu”.
Desanimados os dois urubus retornaram ao lixão-lar, contudo, antes de acelerar o vôo, notaram um torcedor desesperado lá embaixo.
_ Quem será aquele torcedor, Urubudino?
_ Eu não sei, só pode ser a fome.
_ A fome?
_ Claro! Você nunca ouviu o provérbio?
_ Que provérbio?
_ Cara feia para mim é fome. Com essa cara, ele só pode ser a fome.
Estimulados pela piada de péssimo gosto, aumentando as batidas das asas, os urubus esqueceram a derrota e prosseguiram sorridentes.
Enquanto isso, lá embaixo, o torcedor, que Urubudeno confundiu com a fome, não sabia como conter a profunda dor.
No outro lado a maioria das pessoas irradiava contagiante felicidade.
A imensa torcida do Bahia festejava o resultado, cantando sem parar:
Os simpáticos urubus baianos saíram cedo do lixão onde moravam.
O destino deles era a nova Fonte Nova. Não escondiam a ansiedade de aplaudir o time carioca o qual as duas aves tanto amavam, o badalado Flamengo das arbitragens camaradas.
Não ignoravam que o adversário era perigoso e difícil de ser batido.
O Campeão dos Campeões prometia alcançar mais uma incrível vitória, no entanto os dois urubus contavam com o improvável milagre.
Não demorou muito, o Bahia fez o primeiro gol.
Urubudino quase desmaiou e caiu do poste estratégico no qual, ao lado do irmão, assistia a partida.
_ Calma, Urubudino, nosso mengão vai virar o jogo!
A previsão do otimista Urubudeno não se confirmou.
O Tricolor de Aço fez prevalecer a enorme superioridade.
O pobre Flamengo jamais soube impedir os ataques demais insinuantes da equipe baiana.
Iniciando o segundo tempo, um pênalti, favorecendo o Bahiaço, deixou claro que os urubus chorariam a sorte daquele importante jogo.
A cobrança maravilhosa, que resultou no segundo gol, deixou a dupla cabisbaixa, apreensiva e aflita.
O flamengo fez um gol de cabeça, Urubudeno gritou:
_ Será que vai dar, Urubudino? Precisamos acreditar!
_ Tem que dar, Urubudeno! Eu ainda boto fé.
No final da partida, o triunfo do melhor time ratificou que “não deu”.
Desanimados os dois urubus retornaram ao lixão-lar, contudo, antes de acelerar o vôo, notaram um torcedor desesperado lá embaixo.
_ Quem será aquele torcedor, Urubudino?
_ Eu não sei, só pode ser a fome.
_ A fome?
_ Claro! Você nunca ouviu o provérbio?
_ Que provérbio?
_ Cara feia para mim é fome. Com essa cara, ele só pode ser a fome.
Estimulados pela piada de péssimo gosto, aumentando as batidas das asas, os urubus esqueceram a derrota e prosseguiram sorridentes.
Enquanto isso, lá embaixo, o torcedor, que Urubudeno confundiu com a fome, não sabia como conter a profunda dor.
No outro lado a maioria das pessoas irradiava contagiante felicidade.
A imensa torcida do Bahia festejava o resultado, cantando sem parar:
Luxemburgo aceitou a derrota
Até provou o vatapá apimentado
Quem lhe receitou foi Dona Carlota
Ele aprovou só para tapar o resultado
Meu Bahiaço hoje venceu e canta porreta
Bom timaço prevaleceu, não adianta careta
Até provou o vatapá apimentado
Quem lhe receitou foi Dona Carlota
Ele aprovou só para tapar o resultado
Meu Bahiaço hoje venceu e canta porreta
Bom timaço prevaleceu, não adianta careta
Um abração!
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Ontem ocorreu o debate da Record.
Cliquem abaixo e confiram as minhas pinceladas.
Será que eles e elas souberam dizer algo interessante?
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/4980342
Obrigado!