Mais que a Minha Própria Vida - Capítulo 21

É incrível o quanto as coisas podem mudar em nove meses. E certamente posso dizer-lhes que mudou para melhor. Foi uma questão de dois meses até que eu ficasse tão boa no tango de forma que pude passar para o nível dois, em uma sala que era bem longe da sala de aula de ballet. Isso significou que em todo esse tempo que passou nunca mais vi o Eric. Eu sentia falta dele as vezes, não só de estar junto, mas até de ter a oportunidade de vê-lo, ainda que de longe, saber que ele estava bem. O tempo ia passando, e eu já estava em níveis maiores nos outros tipos de dança também e, tendo passado todos os nove meses, eu já dançava de forma que comecei a participar das apresentações de dança que a escola promovia. E era elogiada. Logo eu, que não sabia dançar coisa alguma.

Dançar já não era mais a minha forma de fugir da realidade. Era a minha forma de me sentir viva, intensa, mais perto do que eu queria para mim. É como se, quando eu começasse a dançar, tudo envolta desaparecesse e só houvesse a mim na pista. Mais ninguém. E, ainda assim, eu continuasse me sentindo completa. Era o meu presente.

De tanto estudar eu já escrevia relativamente bem a língua francesa e até a falava quase que fluentemente. Era um longo passo, aprender tão rápido assim uma língua nova. Mas, naquele momento, eu era maior que mim mesma. Eu podia ter tudo o que eu quisesse, se eu lutasse com fé por tal coisa. E lá estava prova. Eu estava certa.

Eu já tinha desessete anos e cursava o terceiro ano. Tirava as maiores notas da turma e as universidades já começavam a me rondar. Mas eu não mudaria de ideia. Eu queria uma única: a Universidade de Liverpool. Todo o esforço por ela. E eu fazia por merecer a cada instante que se passava.

Já estava quase no meio do ano e meu colégio planejara um espetáculo teatral para o verão. Seria em um teatro muito importante de Londres e, naturalmente, quase todos os alunos lutavam pelo papel principal. Seria 'Romeu e Julieta'. Tão antigo mas, ainda assim, tão atual. O amor, não só como tema, mas como sentimento, jamais deixaria de ser atemporal e universal. Isso fazia com que o roteiro jamais fosse ultrapassado e jamais deixasse de ser uma bela história. Eu já fazia teatro há um bom tempo e, bem, sabia que não teria problema algum em tentar. Talvez eu pudesse pegar algum papel coadjuvante e pudesse fazer parte do primeiro grande espetáculo de minha vida. Mas o destino, ou melhor, a minha determinação guardou algo muito maior para mim. Eles me queriam como personagem principal, como a Julieta. Era a primeira vez que eu faria um papel importante em uma peça. Por isso não teimo em dizer, foi uma das mais prestigiosas conquistas da época, tal que sequer tenho palavras para descrever as sensações de felicidade que tive nos dias que se sucederam. Eu daria o melhor de mim.

12)Dar o melhor de mim eu tudo o que faço. - não só na peça,mas em tudo(apesar de que fora a mesma a inspirar-me a acrescentar tal coisa na lista).

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ROMEU — Não, má noite, sem tua luz gentil. O amor procura o amor como o estudante que para a escola corre: num instante. Mas, ao se afastar dele, o amor parece que se transforma em colegial refece.

(Faz menção de retirar-se.)

(Julieta torna a aparecer em cima.)

JULIETA — Psiu! Romeu, psiu! Oh! quem me dera o grito do falcoeiro, porque chamar pudesse esse nobre gavião! O cativeiro tem voz rouca; não pode falar alto, senão eu forçaria a gruta de Eco, deixando ainda mais rouca do que a minha sua voz aérea, à força de cem vezes o nome repetir do meu Romeu.

ROMEU — Minha alma é que me chama pelo nome. Que doce som de prata faz a língua dos amantes à noite, tal qual música langorosa que ouvido atento escuta?

JULIETA — Romeu!

ROMEU — Minha querida?

JULIETA — A que horas, cedo, devo mandar alguém para falar-te?

ROMEU — Às nove horas.

JULIETA — Sem falta. Só parece que até lá são vinte anos. Esqueci-me do que tinha a dizer.

ROMEU — Deixa que eu fique parado aqui, até que te recordes.

JULIETA — Esquecê-lo-ia, só para que sempre ficasses ai parado, recordando-me de como adoro tua companhia.

ROMEU — E eu ficaria, para que esquecesses, deixando de lembrar-me de outra casa que não fosse esta aqui.

JULIETA — É quase dia; desejara que já tivesses ido, não mais longe, porém, do que travessa menina deixa o meigo passarinho, que das mãos ela solta – tal qual pobre prisioneiro na corda bem torcida – para logo puxá-lo novamente pelo fio de seda, tão ciumenta e amorosa é de sua liberdade.

ROMEU — Quisera ser teu passarinho.

JULIETA — O mesmo, querido, eu desejara; mas de tanto te acariciar, podia, até, matar-te. Adeus; calca-me a dor com tanto afã, que boa-noite eu diria até amanhã.

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_ Jenni, eu preciso te contar uma coisa. - avisou Brandon com tamanha precaução que resolvi não brigar com ele por meu chamar de 'Jenni'. Na verdade eu já não me importava tanto quando as pessoas o faziam. A minha raiva, talvez, fosse simplesmente porque o apelido remetia a quem eu era antes. Só uma garota que se odiava e queria ter morrido junto com os pais no acidente que tanto a traumatizara. Para os meus amigos não passava de um carinho. Agora que eu me aceitava, que problema tinha aceitá-lo? Por que eu recusaria uma demonstração de carinho?

_ Vamos terminar essa parte. Depois você conta. Eu preciso ensaiar. Ensaiar mais, mais e mais. - eu disse brincalhona, fazendo-o rir. O roteiro estava em minhas mãos e já era a segunda vez que o passávamos naquele dia. Ele sempre me ajudava fazendo o Romeo, que era a parte mais longa. Grace e Rachel faziam a Ama, Frei Lourenço, a senhora Capuleto, Páris e Capuleto. Eles estavam me ajudando como nunca.

_ É importante.

_ Então diga. - eu disse, pousando ao chão o roteiro e sentando-me em frente a ele.

_ Bom, é que é sobre aquela pessoa sobre a qual você me proibiu de falar. Na verdade eu nem ia dizer, mas acho que seria injusto da minha parte. Acho que você tem o direito de saber.

_ Sobre o Connor?

_ É.

_ Não estraga o meu dia, Brandon.

_ É sério. Você ia querer saber.

_ Por favor, eu não quero. Obrigada, sei que a intenção é boa, mas... Se ele tem algo a me dizer, prefiro não saber. Só estragaria tudo. Eu não quero voltar a me sentir mal. Você sabe.

_ Não quer que eu diga então?

_ Não.

_ Tudo bem. Não diga que eu não avisei.

_ Eu não direi. Você sabe, é melhor assim. - eu disse, acariciando as suas mãos - Voltemos à peça?

_ Acho que terão de me chamar pra ser o Romeo. Aposto que o próprio não está ensaiando isso tanto quanto eu. - ele riu.

_ Você sabe que é importante pra mim. - eu disse, com uma voz manhosa.

_ Eu sei, querida. Por isso é pra mim também. - ele acariciou meu rosto e sorriu para mim.

*****

Foi uma daquelas noites de sonhos agitados. Eu não me lembro de ter sonhado com Connor ou com algo que Brandon pudesse me dizer. Talvez aquilo não tivesse tido em mim o efeito que deveria ter, que normalmente teria. Ou, talvez, houvesse tido o melhor efeito possível: a indiferença. Será que o que eu sentia por Connor havia finalmente chegado a tal nível? Acho que eu só saberia se o visse. E isso não poderia acontecer jamais. Não naquele momento, logo naquele momento.

O estranho do sonho não fora bem o fato de Connor não estar nele, mas o fato de que Adam fizera parte o tempo todo. Não conseguia me lembrar muito bem, era uma porção de imagens aleatórias, que provavelmente não possuíam sentido algum. Mas que me levaram a acordar pensando nele e no quanto aquele único dia com ele melhorou a minha vida e eu nunca agradecera. Por que eu não agradecera? Eu estava tão ocupada tentando ser feliz que não poderia lembrar-me a enorme parcela de responsabilidade que ele tinha pelo meu sucesso? Era tanto egoísmo da minha parte nunca ter agradecido. Tive certeza de que ele ficaria feliz em saber que conseguira cumprir o seu objetivo ( eu nunca o esqueceria pelo que ele me deu) e, mais do que isso, em ver-me tão feliz e esperançosa em relação às coisas. Será que ele ainda frequentava aquele bar? Lembrava-me nitidamente do garçom dizendo que ele sempre estava por lá. Estava decidido: naquela tarde eu tentaria encontrá-lo e agradeceria de coração pelo que ele havia feito.

Eram cerca de seis horas da tarde e o céu começava a escurecer quando comecei a me arrumar com o intuito de aparecer no bar onde eu havia conhecido Adam e encontrá-lo ou, no mínimo, ver se alguém saberia me informar onde ele morava. Coloquei um par de sandálias baixas e um vestidinho preto. Mal sabia eu que era a cor perfeita para passar pela situação a qual eu passaria. Tive medo de não me lembrar o caminho do lugar onde nos conhecemos, mas não havia erro. Aquele lugar era inconfundível, mas nem tinha mais aquele aspecto aconchegante que aparentou ter na primeira vez que o vi. A primeira pessoa que reconheci foi o garçom arrogante. O lugar estava cheio de gente, mas não encontrei o rosto de Adam em nenhum deles. Então sentei-me próxima ao balcão, o único lugar que se encontrava vago.

_ Boa tarde. Deseja alguma coisa? - perguntou um garoto de cabelos ruivos. Não devia ter mais do que dezesseis anos.

_ Não, obrigada. Na verdade eu vim procurar uma pessoa. Você sabe quem é o Adam?

_ PAI! - o menino gritou. - Vem aqui.

_ Que é, garoto? - perguntou o garçom da outra vez.

_ Ela tá procurando por um tal de Adam.

_ Adam?

_ Aquele com quem eu conversei...Bem...Há muitos meses atrás. Uma vez que eu vim aqui.

_ Você veio aqui? Eu não me lembro de você. Você era amiga dele?

_ Bem...Algo assim.

_ Você tem certeza que era amiga dele?

_ Por quê?

_ Há quanto tempo vocês não se falam?

_ Há um bom tempo. Por quê?

_ Tá vendo aquele cara ali? - perguntou o garçom, apontando com a cabeça para um senhor grande e bêbado sentado em uma mesa com uma porção de senhores igualmente grandes e bêbados.

_ Tô. - murmurei, pousando a mão na nuca e tentando entender o seu modo de agir.

_ É o tio dele. Vai lá falar com ele.

_ Mas eu nem o conheço. Eu quero falar com o Adam. Ele tá aí?

_ Não, menina. Ele não tá. - disse o garçom ríspidamente, indo atender a um cliente do outro lado do bar.

Confesso ter hesitado algumas vezes antes de caminhar até a mesa do tio dele. Afinal, eu sequer o conhecia e, bem, não sabia muito bem o que eu queria ou deveria falar com ele. Mas eu tinha que falar com o Adam. Caminhei devagar e ao chegar a meu destino final, fui observada de cima a baixo por aquele grupo de homens. Foi minha deixa pra fingir que tinha me enganado e ir embora o mais rápido possível daquele lugar. Era o que eu teria feito, se o tio de Adam não tivesse me chamado.

_ Psiu, menina. Você queria alguma coisa?

_ Eu...bem...Você é o tio do Adam, não é?

_ Sou sim, por que? Você era amiga dele? - ele perguntou levantando uma das sobrancelhas.

_ Eu acho que...Eu sou.

_ O que veio saber?

_ Você sabe onde ele está agora? Preciso conversar com ele.

_ Como assim?

_ Como assim o quê?

_ Você não ficou sabendo? - ele perguntou, ficando muito sério.

_ Sabendo do quê? - perguntei, sentindo minhas pernas tremerem. Nunca imaginara que o sonho havia sido uma espécie de aviso. Como se ele estivesse tentando se comunicar comigo, como se fosse uma espécie de...De adeus.

_ Você sabia que ele tinha câncer, não sabia?

_ Câncer?!

_ Câncer cerebral. Já estava em estado terminal, e...

_ Em que hospital ele tá? - perguntei, mordendo os meus lábios com força. Ele tinha que estar vivo. Eu queria vê-lo mais uma vez. Eu não entendia como eu conseguia ter um carinho tão grande por alguém que eu mal conhecia. Mas é que ele tinha para mim um significado muito maior do que muita gente que eu conhecia.

_ Querida, ele morreu semana passada.

_ Quê? É sério? De verdade?

_ Ele não resistiu. Eu sinto muito mesmo por você ter ficado sabendo assim. Por não ter conseguido se despedir dele.

_ Eu também...Também sinto muito.

_ Olha, se você quiser posso lhe dizer em que cemitério ele foi enterrado. Caso queira você pode passar lá para...Não sei...Deixar flores, dizer algumas coisas ou algo assim.

_ Eu não sei se acredito que ele pode me ouvir. - eu disse, lembrando-me de quantas vezes pedi para os meus pais para que as coisas melhorassem depois que eles se foram, mas nunca fui ouvida. Ficava cada vez pior e eu sofria cada vez mais.

_ Deveria acreditar. Eles nos escutam lá de cima. Eles ficam felizes em saber que são lembrados.

_ Tá. Você tá bêbado. - eu pensei, mas decidi por não dizê-lo. - Onde é?

_ É o Cemitério das flores. Fica a três quadras.

_Sei onde é. Obrigada.

_ Quer que eu te leve? Eu chamo um táxi, eu precisava mesmo passar por lá.

_ Não obrigada. Pode deixar. Talvez eu nem vá. - menti. Claro que eu iria, eu tinha certeza que iria.

_ Tudo bem. Eu sinto muito.

Eu tive que estar naquele cemitério e ver aquela lápide com o seu nome para realmente acreditar que era verdade. Ele parecia ser tão boa pessoa. Por que é que Deus só levava quem ainda tinha muito tempo de vida e coisas a realizar? Por que é que ele só levava pessoas boas? Pais, irmãos, filhos, amigos, que definitivamente não mereciam tal coisa. Por que ele não levava as pessoas ruins? Aquele tipo de gente que machuca, que mata, que faz sofrer... Tipos que vivem até os noventa anos. Mas um jovem que acabou de começar a viver... É esse que merece ser levado embora? Eu realmente não entendia isso. Por que é que a 'hora certa' tem de vir tão cedo para alguns?

_ Oi. - sussurrou uma garota que, muito provavelmente, já estava há um tempo ao meu lado. Mas o escuro não me deixou perceber. Ela parecia ser alguns anos mais nova que eu. Mas não. Aquele garota absurdamente magra e baixinha de cabelos escuros e ondulados tinha dezenove anos.

_ Oi. - foi tudo que consegui responder.

_ Te assustei? Desculpa.

_ Não se preocupe.

_ Qual o seu nome?

_ Jennifer. E o seu?

_ Mellanie.

_ Prazer conhecer. Ele era...Era seu irmão?

_ Não. Era meu amigo. - ela sorriu. - Meu melhor amigo. Ele era seu amigo também?

_ Eu queria que tivesse sido. Abaixei a cabeça. Não deu tempo. Eu queria ter tido tempo o suficiente pra agradecer a ele. Ele deu tanta alegria pra minha vida, e acho que nem faz ideia disso.

_ Ele te ajudou também? Nossa, ele era como um anjo da guarda,né?

_ Hm...É, se anjos existissem ele poderia até ser um.

_'Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam'.

_ O quê você disse?

_ É Clarisse Lispector. Ele que me deu o livro. Me ajudava a passar o tempo quando eu tinha quimioterapia. Ele me deu um montão de livros. E olha que eu nem gostava tanto de ler antes de conhecê-lo. Nós éramos do mesmo hospital.

_ Você também tinha...

_ Sim, mas não como o dele. Eu tinha leucemia. Eu queria desistir mais do que tudo, mas ele nunca permitiu. Disse que eu me curaria se tivesse fé.

_ E deu certo?

_ Sim. É por isso que digo. Anjos existem. Ele foi meu anjo. Eu me curei, era para nos curarmos juntos. Ele disse que quando melhorássemos ele se casaria comigo. - ela disse, rindo. - É uma loucura,não é? Mas eu me casaria com ele.

_ Eu sinto muito.

_ Não sinta. Eu não estou triste. Eu estou muito feliz, é sério. Eu sou totalmente agradecida pelo tempo que pude passar junto com ele. Por tê-lo conhecido, por poder tê-lo na minha lembrança para sempre, e saber que ele me levou dentro dele todo o tempo em que esteve vivo. Ele sofreu demais, Jennifer. Foi melhor assim. E, você sabe, quando chega a hora, não há nada que você possa fazer.

_ Eu sei. O problema é que ela chega pras pessoas erradas.

_ Não é verdade. - ela disse com uma grandíssima determinação tocando os meus ombros. - Ás vezes simplesmente...Chega a hora dos anjos voltarem para casa. Tudo tem um motivo. Nem tudo é de todo ruim se você sabe ver com o coração.

_ É...Talvez você esteja certa. - sussurrei. E percebi então que nunca havia pensado em meus pais assim, como anjos. E naquele momento eu agredeci em silêncio pelo tempo que pude ter com eles.

_ Você não queria agradecê-lo?

_ O quê?

_ Você não queria? Agradeça-o. Ele vai te ouvir. Vai ficar feliz em saber que te ajudou. Era um objetivo dele. Você sabia da lista, né?

_ Da lista sim. Mas não do câncer. Não entendo,por que ele não disse nada? - eu disse, lembrando-me do momento que ocorrera meses atrás, onde ele simplesmente se levantou e foi embora. Então era aquele o motivo. A lista não era algo ridículo como a minha. 'Objetivos a conquistar antes de entrar para a faculdade'. A maioria das coisas escritas lá, principalmente ficar mais com meu avô e meus amigos era algo de que eu não precisava de uma lista pra fazê-lo. Eu deveria fazer por que era o certo. A dele eram objetivos a fazer antes de morrer. Enquanto eu ficava lá, sentada naquela cadeira, maldizendo a minha vida e a todos que gostavam de mim. Nunca me senti tão ridícula quanto senti naquele exato momento.

_ Por que ele queria que as pessoas gostassem dele pelas coisas boas que ele fez. E não por ter pena. É horrível saber que as pessoas ficam por perto simplesmente porque tem pena de você.

_ Eu sei.

_ Não. Você não sabe. - ela disse - É por isso que eu digo que ele era meu melhor amigo. Ele estava comigo porque queria estar. E ele lutou comigo. Por isso significa tanto.

_ Obrigada Adam. - eu disse, soltando as flores por cima da terra. E saí de lá com lembranças que fariam parte de mim para sempre.

Melissa J
Enviado por Melissa J em 03/02/2015
Código do texto: T5123947
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