A prudência pede nunca se envolver demais com a ficção.
 
Exatamente porque não é verdadeiro, analisar o enredo fictício exige grande cautela. Confirmando essa compreensão, é fácil perceber que o mundo ilusório das nossas novelas costuma destacar situações bastante improváveis.
 
Na novela A Regra do Jogo jamais a regra do jogo seria diferente.
Lá, por exemplo, um dedicado policial (Dante) pretende derrubar uma perigosa facção, porém existem pessoas que o herói coloca acima de qualquer suspeita (Orlando e Romero, o pai do mocinho).
Coincidentemente os dois são astutos bandidos.
 
Tóia ama Juliano, ao lado do moço a gata construiu um romance o qual causaria inveja a Romeu e Julieta, contudo hoje ela decidiu não confiar nele custe o que custar.
O rapaz diga o que disser, gaste todos os fios do cabelo, perdeu a moral e é obrigado a ver Romero posar como o homem perfeito.
Ela balança, chega a sentir o peito apertado, no entanto Romero, que não cresceu lhe ofertando frases de amor, um desconhecido há pouco tempo, merece total confiança.
O namorado de infância só recebe rejeição.
 
Na realidade das mil traições isso aconteceria?
Talvez sim, mas as novelas exageram pra caramba.
 
Sobre Dante confiar em Romero, explica o safado ser seu pai, contudo precisava, sempre antes de agir, contar ao pilantra os planos?
Se conta uma vez, conta duas, decide contar três, após sair tudo errado, dá ou não dá para desconfiar?
 
Lamentando a indiferença de Tóia Juliano agora aumenta suas dores, pois também começa a chorar o chifre crescendo na cabeça.
Romero insistiu, perseverou e conseguiu seduzir a meiga menina.
Conforme dizia uma tia, o quanto confia pouco ou muito desconfia.
 
Ocorrendo a traição o caminho certamente é mais aflitivo.
Sem atalho incomoda o adorno, igual a galho poda o corno.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 21/11/2015
Reeditado em 21/11/2015
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