Declaração de amor

Antes de me conhecer... pergunte-me como vou...

É sempre assim ante as maiores tormentas...

Traços leves, olhos finos... boca sorridente... dentes

E como as ondas do mar indo e vindo... o destino cruzou-nos

A carta interminável do poeta a sua amada foi escrita com seus cabelos...

Nesses pincéis intocados pela morte escoa a vontade de te olhar de novo

E eu comecei a lhe falar coisas bonitas... como alguém interesseiro...

E de hospede na sua tenda virtual criei laços ternos...

E de um nome eu escolhi Carla pra declarar meus afetos

E delegei a ela dois ou três arcanjos protetores...

Quem sou eu pra listar suas qualidades...

Não conheço tantos adjetivos assim... nem quero...

Apenas saiba que não há nada que descreva uma declaração de amor

Nem a própria declaração é capaz de passar tudo que quero

Nem a própria noção é capaz de medir tudo que sinto

Nem tudo de belo que pudesse aprender pra lhe dizer depois