"Meninas de Sallen" cap 9

"EM PÉ DE GUERRA"

Mary estava saindo de casa para ir a escola, quando avistou drici saindo de sua casa também. Correu para alcança-la.

-ola drici, como vai?- cumprimentou Mary.

-oi...Mary.- disse drici num sussurro.

-E ai o que pretende fazer hoje?- perguntou Mary apesar de saber a resposta.

-Nada.- respondeu drici olhando para o chão.

-Bem, estou pensando em fazer uma festa no final de semana,- disse Mary como quem não quer nada.- gostaria que você fosse.

Drici não respondeu, olhou para Mary com a boca aberta como se estivesse olhando para um alienígena.

-eu...?- balbuciou.

-Sim você. Você vai não vai?- insistiu Mary.

-Ah...é...não sei.- murmurou.

-Ah vamos, vai ser super legal.- disse Mary tentando convencê-la.

-Eu acho que não Mary,- respondeu drici olhando para o chão.- você sabe, minha mãe nunca iria me deixar sair, muito menos para uma festa.

-Ok então ta bom.- disse Mary apertando o passo e passando a frente de drici.- vamos ver então.

Mary chegou na escola antes que a inspetora fecha-se o portão na sua cara, foi até seu armário para apanhar uns livros e topou com as garotas da torcida, no seu desfile matinal.

-ora, ora, vejam só quem esta aqui.- disse Regina parando atrás de Mary, que revirava o armário atrás do livro de ciências. – a Mary arapuca.

As outras garotas deram risadas altas e escandalosas, chamando a atenção de todos.

Mary se virou.

-ah, ola bode loiro como vai?- disse Mary.

-haha! Bode loiro! Hahaha!!- sheila apareceu ao lado de Mary gargalhando tão alto quanto às outras.- combina direitinho: feia, burra, pelos velhos e só vive de quatro. Hahaha!!!

-O que!?!- berrou Regina irritando-se.- e quem você para me falar assim? Sua açougueirinha de quinta.

-É realmente, quando eu começar a vender carne de vacas como você, eu vou ser mesmo uma açougueira de quinta.- disse sheila olhando Regina com nojo.

- Ãr! Cale a boca sua nojenta.- rosnou Regina por entre os dentes, ficando vermelha como um camarão.

-Epa! Nojenta é você que começa a tirar ou outros e não agüenta o tranco.- disse Mary pronta para socar a cara de Regina.- e sinceramente não sei como você se acha tanto, você não é a metade do que pensa que é; e além disso eu já descobri qual o seu segredo.

-O que?! Que segredo? – perguntou Regina sem entender o que Mary estava falando.

-Não é que você é loira, - respondeu Mary apontando com nojo o cabelo de Regina.- é a caspa que acumulou tanto na sua cabeça que deixou seu cabelo amarelo.

-Ah! Caspa?! Ha, você esta é com inveja porque sou loira, gostosa e todos me amam.- disse Regina esnobe jogando os cabelos para o lado.- não preciso comer com os retardados.

-Ah mas os retardos a que você se refere vão estar na minha festa sábado anoite.- disse Mary com ar esnobe.- vamos virar a noite dançando, tomando alguma coisa e nos divertindo muito. Enquanto você vai estar em casa vendo a novela das oito.

-Haha, você fazendo uma festa?- perguntou Regina com deboche.- essa eu quero ver.

-Então espere e verás minha cara bode loira,- disse Mary fechando o armário e jogando a mochila nas costas.- mas sábado anoite quando você ver luzes coloridas e musica alta você saberá que somos nós.

-Hum... to nem ai.- disse Regina dando as costas a Mary, mas tinha uma expressão desconfiada no rosto, sabia que poderia ser verdade a tal festa e que ela, a garota mais popular não seria convidada.- essa eu pago pra ver, essa palerminha dando uma festa de virar a noite, até parece, ninguém nunca fez isso antes e não vão permitir que ela faça também.

-Ei Mary!- chamou sheila que ia atrás de Mary, estava com o rosto cansado e os olhos um pouco inchados, na verdade estava um pouco parecida com um zumbi.- ah eu te mato, estou morrendo de sono. Mas que história é essa de festa?

-Ah você ouviu? Bem estou pretendendo dar uma festa no sábado,- disse Mary consultando sua lista de horários.- lá em casa, estou pensando em chamar o pessoal da lanchonete, eu sei que eles vão adorar. E qual é sala de primeira aula?

-A bem, só tem um problema Mary,-disse sheila avaliando a coisa.- primeiro: como eles vão conseguir ir para essa festa? Os pais nunca vão deixar, você sabe. Segundo: na sua casa? Você também sabe o que eles pensam, vão ficar com medo, e talvez seja tão difícil fazer eles entrarem na sua casa quanto fazer eles irem para a festa. E é a sala cinco.

-Mas eu vou dar um jeito, nas duas questões.- disse Mary pensando com iria conseguir realizar as duas proezas.- eu posso usar os meus grandes métodos de persuasão ou quem sabe um bom “plano engana trouxa”, esse nunca falha.

-O que é um “plano engana trouxa”?- perguntou sheila entrando na sala cinco, que já estava quase cheia.

-É um plano que geralmente usamos para passar a perna nas pessoas- responde Mary sentando-se na primeira fileira.- nesse caso vamos usa-lo para passar a perna nos pais do pessoal, para que eles possam ir para a festa.

-Ah, e você acha que eles vão topar passar a perna nos pais?- perguntou sheila achando muito difícil tal acontecimento.- é mais fácil você convencê-los a pular de uma ponte do que mentir para os pais.

-Ora sempre se dá um jeito para isso,-disse Mary com ar de quem sabe das coisas.- Eva só comeu o fruto do pecado por incentivo da serpente.

-E eu devo entender que você vai ser a serpente de sallen?- perguntou sheila entendendo tudo e até que gostando do plano.

-Exato! E você será minha serpente auxiliar.- disse Mary olhando para sheila com um sorriso malicioso.

-Hum...eu devo confessar que é uma proposta tentadora.- disse sheila fingindo estar avaliando uma proposta milionária.

-E é claro que você aceita não é?- perguntou Mary com um ar diabólico.

-Mas é claro que sim. Afinal, sou uma garota ou uma anta?- disse sheila apertando a mão de Mary.

-Rsrs, não me faça perguntas difíceis a essa hora da manha.- disse Mary dando risada.

-O que?! Rsrs.

-Bom dia classe!- um homem barrigudo e careca, usando uma grande camisa branca e uma calça jeans velha entrou na sala carregando embaixo do braço uma pequena pilha de livros e cadernos.

-Bom dia professor!- respondeu a sala no seu tédio habitual.

-Muito bem, sem perder tempo abram os cadernos.- mandou o professor jogando o material em cima da mesa e começando a escrever na lousa.

-Ih, o senhor Manson, parece um robô.- cochichou sheila para Mary enquanto abria o livro de história.- com ele é lição atrás de lição. Não da mole.

-O que é realmente uma pena.- disse Mary tentando acompanhar o professor que escrevia super rápido.

Até que aula de história não foi chata, mas também não foi legal, o professor manson não parou de passar lição, e no final da aula Mary achou que seus dedos inchariam de tanto escrever.

-puxa meus dedos estam doendo, acho que escrevi umas cinco paginas daquela droga de texto.- reclamou Mary quando saiam da sala.

-Ah, vá se acostumando,- disse sheila.- com o professor manson é sempre assim, ou pior.

-Ah não!- lamentou Mary.- e agora temos o que?

-Educação física, no ginásio.- disse sheila apanhando um par de tênis e um short de ginástica no armário.

-A odeio educação física.- reclamou Mary pegando a calça de ginástica que a mãe colocou em sua mochila, porque ela mesma nem havia lembrado.- não gosto de correr e ficar suada e nem de fazer exercícios.

-Ora Mary, uma bruxa tem que ser ágil.- disse sheila indo para o ginásio.- você não pode voar a dez por hora numa vassoura.

-Sabe, acho que não preciso de educação física pra voar rápido numa vassoura.- disse Mary olhando para os lados para ver se ninguém ouvia.

-Ah, vai saber.- disse sheila.

A entrada do ginásio ficava no fim de um corredor e o ginásio em si não era lá grandes coisas: era pequeno, tinha as cestas de basquete e as traves de futebol, tinha uma pequena arquibancada e de cada lado havia um vestiário, o masculino e o feminino.

O feminino era do lado esquerdo e Mary juntamente com sheila e outras garotas rumaram para ele para vestir a roupa de esportes.

Porem, o que estava ruim para Mary ficou ainda pior, pois assim que entrou no vestiário descobriu que teriam que fazer educação física com as garotas da torcida, que já vestiam suas camisetas coladas e os shorts mais curtos do que o das outras.

-ah vejam só, a Mary arapuca.- disse Regina quando Mary e as outras entraram.- acho que não te deram as informações corretas Mary, aqui é educação física, sabe, correr, ginástica, basquete boll e não aulas de vôo em vassouras.

-Você não sabe o quanto isso me alegra Regina.- disse Mary tirando as botas.- pelo menos eu não vou ter que ver ninguém montando em você.

As outras garotas deram risadinhas, e Regina ficando vermelha disse:

-e vocês suas antas do que estam rindo? Vocês iriam adorar alguém montando em vocês não é mesmo, eu sei que são loucas pra beijar alguém; mas tão feias assim não me admira que até hoje não tenham conseguido.

-E você Regina?- perguntou Mary.- por acaso já pegou alguém mais alem de menininhos de colégio?!

-O que?! Ora caso você não saiba eu namoro George Norbert, sua pegajosa.- disse Regina arrogante.

-E quem é esse, o líder do grupo de estudo dos insetos?- perguntou Mary com pouco caso.

As outras deram muitas risadas.

-ãr! Caso você não saiba sua mocréia, George é o garoto mais bonito da escola.- disse Regina irritando-se.

-É o que você diz, e ao julgar pela sua noção de bonito ele deve usar óculos, cabelos lambidos e aparelho de dente.- disse Mary apesar de saber que George era um rapaz bonito.

-Ele é ruivo dos olhos verdes, querida.- disse Regina se achando.

-Estou impressionada com isso.- disse Mary com sarcasmo.- estou tão impressionada com isso como estou por saber que você usa água sanitária no cabelo ao invés de água oxigenada.

-O que!?!- exclamou Regina indignada.

-Meninas andem logo!!- berrou a professora na porta do vestiário antes que Regina respondesse e atendendo o chamado da professora as garotas saíram do vestiário deixando Regina vermelha e irritada por ter sido esculachada novamente.

Ao contrario do que Mary imaginou a professora de educação física não era uma fortona musculosa, com bigode e pernas peludas que parecida com um homem, na verdade a senhorita kimberly era morena, alta e bonita e parecia ser uma professora muito legal, ao contrario de todos os outros que Mary encontrou.

-Muito bem, hoje vamos começar com ginástica e depois vamos jogar uma partida de futebol.- disse a professora.- vamos lá, comecem puxando a perna direita para trás e segurem. Ah e por favor tomem cuidado para não caírem em cima daquela pilha de baldes de tinta, eles vão pintar nosso ginásio, só gostariam que não tivesse colocado essas coisas aqui. Mas vamos lá, segurem e puxem.

Mary tentou se equilibrar na perna esquerda, enquanto dobrava a outra para trás e a segurava; gostava de ginástica mas não tinha a mínima vontade de jogar futebol, educação física sempre foi a matéria que Mary mais detestava e ali em sallen não iria ser diferente.

-Ora, ora, a bruxinha não consegue ficar num pé só?- debochou Regina que se equilibrava perfeitamente num único pé enquanto segurava o outro sem o mínimo esforço.

Mary não deu atenção, realmente labutava para não cair e pagar um micão daqueles.

Estava tão concentrada que nem reparou que uma das garotas da torcida se aproximava dela e de repente com um forte empurrão Mary foi jogada bem em cima da pilha de baldes que se derramaram todos sobre ela, dando-lhe um verdadeiro banho de tinta e a deixando multicolorida da cabeça aos pés.

-ahaha!!!- as garotas da torcida explodiram em gargalhadas escandalosas, orgulhosas do ato cometido enquanto o resto da turma olhava para Mary boquiabertos, tão em choque quanto ela, sem acreditar no que tinham feito com a garota.

-Mary, vem deixa eu te ajudar.- disse sheila se aproximando de Mary e ajudando-a a se levantar.- vamos para o vestiário você precisa tomar um banho urgente se não isso nunca vai sair.

-Eu também ajudo.- drici de repente se aproximou pegando Mary pela outra mão e a conduzindo, ainda em choque, para o vestiário.

Mary passou por Regina que ainda ria maldosamente e a olhava com ar vitorioso, como se aquele banho de tinta tivesse sido sua grande vitória sobre Mary.

-você vai me pagar!- murmurou Mary sem que ninguém percebesse.

-Senhorita buldstrep!- chamou a professora num tom mais que severo.- você e suas amiguinhas me acompanhem por favor. E senhorita sanderson, tome um banho bem caprichado, vai sair tudinho, não se preocupe.

-Mas aonde vamos professora?- perguntou Regina surpresa e de repente parecendo amedrontada.

-Ate a sala do diretor é claro.- respondeu a professora irritada.- isso que você e suas amiguinhas aprontaram foi simplesmente horrível, inadmissível, vocês sofreram fortes detenções por isso e seus pais serão convocados.

-O que?! Mas professora, quem derrubou Mary foi a Dani.- disse Regina assustada e apontando para a garota morena que derrubou Mary.

-O que?! Regina!? Sua traidora, foi você quem mandou eu empurrar a sanderson.- defendeu-se Dani sem acreditar na traição da amiga.

-Mas se você sabia que não era certo e ainda assim a empurrou.- insistiu Regina tentando se livrar da culpa.

-Bem, as duas acabam de confessar sua participação na coisa,- disse a professora colocando um fim na discursão.- então vão as duas para a diretoria, AGORA!!

E sem acreditar que sua vitória tivesse durado tão pouco Regina saiu do ginásio, com Dani atrás e xingando de traidora.

Entrementes no vestiário Mary rogava dezenas de pragas contra Regina e fazia fortes promessas de vingança.

-ahh! Aquela loira oxigenada vai me pagar!-gritava ela andando de um lado para o outro com o corpo cheio de tinta.- Ah se vai, ela que me aguarde! Nunca mais ela e aquele grupinho de kengas dela vão se atrever a fazer alguma coisa contra alguém e principalmente contra mim. Vou acabar com o sossego dela, a partir de hoje existe uma guerra aqui, e eu não pretendo perde-la!

-Estou com você Mary, o que vamos fazer?- perguntou sheila levantando-se decidida.- qualquer coisa que precisar eu ajudo.

-Bem...eu...- drici olhou para Mary, pela primeira vez mostrava um olhar pouco mais corajoso e menos tímido.- eu não entendo nada de brigas, mas se você precisar de algo também estou aqui.

-Valeu gente, eu vou precisar muito de vocês.- agradeceu Mary.- mas agora eu vou tomar um banho, meu cabelo esta da cor de capim.

Mary foi andando para o banheiro mas parou de repente, uma luz surgiu em sua cabeça.

-ei!! Tive uma idéia brilhante!!- gritou voltando correndo para falar com as outras duas.

-O que foi?! Fale logo?!- perguntou sheila curiosa.

-Podemos fazer alguma coisa com ervas, talvez uma poção fedorenta e passar na cara dela, ou alguma coisa que de caroços nela.

-Oh! Legal! Poderíamos deixa-la como um pedregulho!- disse sheila rindo.- você só precisa descobrir se existe alguma poção para isso.

-Eu vi a vovó fazendo um extrato de ervas esses dias,-disse Mary se lembrando do momento.- e ela me disse que as ervas têm um grande poder, que se pode fazer muitas coisas com elas.

-Então vamos fazer uma poção estraga-paty.- disse sheila dando pulinhos.

-Do que vocês estam falando?- perguntou drici totalmente perdida.

-Ah...é...bem,-gaguejou Mary olhando para drici. A garota não sabia que ela era uma bruxa.-bem, isso é uma longa história drici, muito longa mesmo, podemos contar depois?

-Claro, sem problemas.- disse drici sem se preocupar.-mas eu posso ajudar?- de repente um brilho tomou conta dos olhos de drici e seu rosto ficou vermelho de excitação.

-Ora drici é claro que você vai ajudar,-disse Mary feliz com a garota.- e prepare-se, pois vamos ter muito a fazer e você vai precisar sair de casa sabe.

-Ah...bem, esta bem, eu vou.- disse drici meio relutante, avaliando as conseqüências.- eu vou fazer o possível para poder ajudar em tudo.

-Ótimo! E comece agora me ajudando a lavar o cabelo.

E finalmente Mary foi para o chuveiro e sheila e drici a ajudaram a tirar toda a tinta do cabelo e do resto do corpo.

Mary chegou em casa e correu para o quarto, jogou a mochila na cama e apanhou a velas que usou para iluminar o sotom. Pretendia subir até o grande cômodo e ver se encontrava algum livro de poções, estava levando muito a sério a vingança contra Regina e mais a sério ainda o plano de lambuza-la com alguma poção fedorenta e perigosa.

Verificou se não havia ninguém no corredor, ouviu os barulhos da casa, ninguém por perto e então como um gato sorrateiro correu para a escada do sotom.

Quando chegou na porta do grande cômodo acendeu as três velas que ilumiram um lugar cheio de coisas cobertas por panos brancos. Mary se lembrava da primeira vez que foi até o sotom e que ao sair correndo achando que a avó estava vindo cobriu tudo mal coberto; mas agora estava tudo organizado e se perguntava se a avó havia estado por lá e reparado no que aconteceu.

“bem deixa eu ver se encontro algum livro aqui”.- pensou Mary procurando os livros que havia visto da outra vez.

Começou a andar pelo sotom, o mais silenciosamente que podia, tirando um pano aqui e ali e cobrindo de novo caso não fosse usar nada, abriu alguns baús e remexeu algumas prateleiras até que finalmente encontrou um grande baú apinhado de livros antigos que falavam sobre bruxas, astrologia, uma revista de homens que teve certeza que foi parar ali por engano, duvidava que a avó iria ter algo do tipo, livros de feitiços que separou para avaliar depois e muitas outras coisas, porem sem achar o desejado livro de poções.

Continuava com a cabeça dentro do baú quando aconteceu algo que fez seu coração dar um pulo até a garganta:

-procura algo mocinha?- perguntou uma voz masculina atrás dela.

Com um pulo e um salto do coração Mary endireitou-se na hora, batendo a cabeça na tampa do baú. olhou para trás relutante, como se espera-se ver um policial que veio prende-la por estar ali, mas para seu choque e surpresa total não viu policial algum e sim o velho gato preto dos olhos verdes que estava lá da outra vez.(e não tinha certeza mas achava que ele era o gato dos quadros)

-você de nov bichano.- falou para o gato mais aliviada, mas olhando em volta desconfiada, será que tinha alguém escondido ali?- mas quem disse isso? Tem alguém aqui? Apareça logo ou vou gritar minha avó!

-Minha cara Mary,-falou o gato que estava deitado numa velha poltrona, fazendo Mary para com os olhos arregalados e a boca mais que aberta.- se sua avó souber que esta aqui vai arrancar-lhe a cabeça.

-Oh meu deus você fala?!-perguntou a beira de um berro.- eu não acredito!! Minha nossa!

-Ora a essa altura das coisas você duvida mais de que?- perguntou o gato falando melhor do que muita gente que mary conhecia.

-Mas...mas...como?- balbuciou.

-Os animais também pensam sabia senhorita,- respondeu o gato mais que displicente.- pensamos tão bem ou até melhor do que vocês humanos e a única coisa que aconteceu comigo é que minha antiguíssima dona, sua antepassada Sarah, me deu o dom da fala através da magia.

-É...oh minha nossa! Como ela conseguiu?! Isso é simplesmente incrível!!- Mary continuava pasma com o gato, sem desviar os olhos esbugalhado dele.

-Mas você ainda não me respondeu o que estava fazendo aqui.- disse o gato cruzando as patas na poltrona.

-Eu...? ah...bem...eu, é...

-Ora vamos fale logo.- mandou ele impaciente.- sei que você estava procurando alguma coisa.

-Bem, eu estava procurando um livro de poções.- respondeu Mary se entregando, ainda achava estranho falar com um gato.

-E para que você precisa de um livro de poções?- perguntou o gato desconfiando da garota.

-Bem, é uma história boba, um gato como você não iria se interessar.- disse Mary tentando evitar o assunto.

-Não, ao contrario, estou interessadíssimo.- falou o gato olhando para Mary, como se esperasse a historia da garota.- e a propósito, meu nome é salem.

-A mutio prazer eu sou Mary. mas é claro que você já sabe.- respondeu a garota.

-Sim sei. Mas e a história?

-Ah...você não vai me deixar em paz não é?- perguntou Mary como se estivesse falando com uma pessoa chata.

-Não mesmo.-respondeu o gato firme.

-Ah, então esta bem, é o seguinte.- e se achando meio boba por estar conversando com um gato contou a salem tudo o que aconteceu no colégio naquela manha e o plano que ela armou com as amigas para pegar Regina.

-...e agora eu estou tentando achar aquele livro de poções que eu vi aqui daquela vez, mas não encontro.- finalizou ela dando um tapa num livro velho e levantando poeira.

-É porque você não esta procurando no lugar certo.- disse o gato.- nesse baú ai só tem livros meio inúteis, e aqui no sotom não tem livros bons, se você quer uma poção realmente boa procure na biblioteca lá embaixo, os melhores livros desde mil seiscentos e pouco.

-Ah, serio?! Valeu, vou para lá imediatamente.- disse a garota empolgada, fechando o baú e se levantando.- obrigada pela dica.

Mary deu as costas ao gato e estava saindo quando se virou e perguntou uma coisa:

-não vai contar para minha avó não né?

-Mas é claro que não my lady.- disse o gato parecendo pouco confiável, mas Mary aceitou.

-Ah que bom, muito obrigada mesmo!- e novamente voltou-se para a escada.

-Mas isso vai lhe custar uma lata de sardinha.- disse o gato as costas dela.

-O que?!- ela se virou.

-Tudo tem seu preço ora.- disse o gato sem se importa.

-Ah, esta bem, depois trago sua sardinhas.- concordou Mary até achando engraçado a chantagem do gato.- mas focinho calado heim.

-Não se preocupe.

Mary desceu até a biblioteca e procurou rápida e desesperadamente por algum livro e encontrou um que chamou sua atenção, era um livro velho, de capa verde sujo, tinha as paginas amareladas e aparentava ser muito antigo: “líquidos da vida. As melhores poções”. A garota o folheou rapidamente e concluindo que servia para sua missão saiu rápido da biblioteca antes que alguém a pegasse.

Depois de ter apanhado o livro Mary se encontrou com sheila na sorveteria, drici não estava lá, com certeza não conseguiu sair, pensou Mary ao notar a ausência da garota.

-e ai o que descobriu?- Perguntou sheila quando ela e Mary se sentaram em uma mesa excluída.

-Duas coisas, o livro e uma outra que você nem vai acreditar.- respondeu Mary e contou a sheila sobre salem.

-Uau! Um gato falante, muito maneiro!- exclamou a garota impressionada.- e você acha que ele é confiável? Que não vai nos dedurar?

-Acho que não, o achei muito persuasivo,- respondeu Mary segura sobre salem.- acho que umas sardinhas podem comprar o segredo dele. Mas em todo caso, peguei este livro aqui, vamos ver o que nos serve aqui.

E abrindo o livro ela e sheila começaram a procurar algo para usar contra Regina.

Encontraram uma poção para nascer cabelos, poções para curas simples, poção da prosperidade, que sheila disse que iria olhar depois, talvez ajudasse seu pai com o mercadinho, acharam até uma poção do amor, que interessou as duas; mas nada sobre furúnculos ou calombos no rosto.

-ah, e agora?- perguntou sheila decepcionada.- não tem nada aqui.

-Bem, eu não sei, vamos continuar procurando, deve ter alguma coisa!- disse Mary também já perdendo as esperanças, o livro parecia inútil para vingança.

Folheou mais uma paginas sem nem prestar atenção no que estava vendo.

-ei! Pare, olhe só isso!- exclamou sheila fazendo todos olharem para elas.

Mary leu o texto que sheila indicou e um sorriso maligno nasceu em seu rosto.

-isso é perfeito! Vai ser simplesmente incrível! Haha!! Que Regina nos aguarde!hahaha!! depressa, vamos na casa da Drici!

E saindo feito loucas da sorveteria, atraindo olhares e comentários, rumaram para a casa rosa numero doze.

-você acha mesmo que devemos falar com ela aqui?- perguntou sheila observando a casa duvidosa.- você sabe como a mãe dela é, podemos causar problemas.

-Não se preocupe, eu sei me dar com essas situações,-disse Mary tocando a campainha.- já tive muitos pais antimary.

Uma mulher magrela e loura, com cachos enormes, aparentemente enrolados por bobs, usando um vestido florido de manga e babados e uma cara de rabugenta e arrogante apareceu na porta. Ela olhou Mary e sheila de cima a baixo, e boquiaberta e rabugenta perguntou:

-o que vocês querem?

-Ola senhora, gostaria de falar com a drici.- disse Mary sorridente.

-O que?! Quem são vocês?! O que querem com minha filha?! Saiam já daqui!

E bateu a porta com força na cara delas.

-uau! Que mulher mais ranzinza!- exclamou sheila com um assobiou.

-Acho que encontramos uma tia petúnia da vida.- disse Mary ainda olhando para a porta fechada.

-Quem é tia petúnia?- perguntou sheila.

-A tia do harry potter.- respondeu Mary displicente.

-A ta, nunca me deixaram ler harry potter.-disse sheila também olhando a porta.

-Eu te empresto.

-Certo. E qual o plano?

-Vamos dar a volta na casa, procurar a janela do quarto de drici.

-Certo.

Elas deram a volta na casa e encontraram um conjunto de janelas que deviam ser a dos quartos.

-ei escute.- disse sheila baixinho.

Uma mulher falava alto, provavelmente estava ralhando com alguém.

-quem são aquelas garotas drici?- berrou a mulher.- o que elas queriam com você?

-Eu não sei mamãe, eu nem sei de quem a senhora esta falando.- defendeu-se drici chorosa.

-Aquelas garotas do mundo drici, você sabe quem são!- gritou a mulher.- e eu não quero saber de você perto delas drici! Se eu souber que você anda de conversinha com essas garotas drici vai receber o maior castigo de sua vida! ENTENDEU!!

-Sim mamãe.

-E agora vá rezar e pedi perdão por seus pecados!

-Nossa! Acho que a cobrar é mais venenosa do que pensamos.- disse sheila impressionada.

-É, parece que temos aqui outra missão nas mãos querida sheila,- disse Mary, o calor subindo pelas orelhas.- temos que ajudar drici a se libertar dessa jararaca!

-E como vamos fazer isso?- perguntou sheila observando a janela alta.

-Eu ainda não sei, vamos decidir isso depois.- respondeu Mary começando a sair da propriedade.- mas acho melhor falarmos com ela amanha na escola.

-Certo.

-Agora vamos tratar da nossa vingança.

-Uí! Agora sim!

Mary e sheila ficaram juntas até tarde planejando o golpe contra Regina e a única coisa que se lembrava de ter feito antes de apagar foi colocar as sardinhas de salem no sotom.

******************continua****************************

e ai galera, foi muitissimo mal ai pela demora do capitulo, mas os motivos estam explicados naquele comunicado que mandei.

mas espero que voces gostem e comentem.

valeu!!!!!

Caroline Mello
Enviado por Caroline Mello em 13/03/2008
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