Desordem e Progresso

Esses vagalumes urbanos
Ganham vida rodando a cidade
Seguindo por rumos distintos
Despertando a curiosidade

Aos olhos do matuto-menino
Que jamais vira algo assim
Vagas luzes ganham asas
Sobrevoando negro capim

Com a pura visão ofuscada
Percebeu algo estranho no ar
Cheiro doce de dama-da-noite
Virou fumaça, encobriu o luar

Cego de amor pelo invento
Homem-máquina disparou
Feito bala, perdido no tempo
Do menino que atropelou

No rastro de um passado
Poluídos sonhos, desilusão
De um futuro que sem o presente
Será todo destruição




Quero agradecer muito a parceria de Juliana Gallicchio Valerio na autoria deste texto.
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Imagem: Junior Laks