Ubiratan Chalegre

O tempo passa e ele continua assim

A esmo com o seu destino preso em outras mãos

Verdades e mentiras em colisão

Promessas e fatos em contradição

E o amor os abandonou bem no meio

Ele traiu o garoto que o conjurou

Que sozinho ferve suas velhas ervas

Que sozinho ferve suas velhas ervas...

Ubiratan e esse seu olhar:

De lacunas, elos quebrados e vãos...

A lembrança de um riso o leva a perdição

A saudade é um eclipse e trás a solidão

A dor o parte bem ao meio

As cenas são outras

Mas o personagem ainda não mudou

Sozinho ferve suas velhas ervas

Sozinho ferve suas velhas ervas...

Há tempos tudo muda em sua vida

E volta ao mesmo lugar

São quatro períodos que repetem

Pontualmente à mesma estação

A solidão conjuga a solidão

Tatuando a pontos-cru na carne a recordação

A perda, o trabalho, a rotina...

A boemia é o santo-sudário que lhe salvou

Sozinho ferve suas velhas ervas

Sozinho ferve suas velhas ervas...

Não importa o que escuto

Vejo pureza nesse seu olhar

Poesia em sua fala

Leveza em suas mãos

Comprima numa só suas recordações

A grite no silêncio

A expulse pelas mãos

Espatife suas dúvidas

No fundo, no superficial ao meio

A força que te influência é menor

Nunca te dominou

Sozinho ferve suas velhas ervas

Sozinho ferve suas velhas ervas...

Ubiratan e esse seu olhar...

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 24/05/2009
Reeditado em 24/06/2013
Código do texto: T1612835
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