O FIM DE TODAS AS COISAS

Pra onde vão as pessoas no fim do dia

No fim da música, no fim da festa?

Pra onde vão as pessoas num fim de ano

Num feriado, de madrugada?

Pra onde vão as pessoas que sofrem insônia

Se fingem vitimas e invejam os outros?

Pra onde vão as pessoas que vivem mentiras

Fazem plásticas, dissimulam o prazer?

Pra onde vão as pessoas de culto ao belo

Mentes frágeis, se igualam aos deuses.

Pra onde vão as pessoas que vivem tortas

São flores mórbidas, vidas que não tem fim.

E as da carreira pra onde vão?

Quem vende o corpo, abusam os outros e usam do amor

Pra onde vão os bandidos, os homens aflitos

Que usam de armas, aflige o povo e roubam sem pudor

Quem nada possui pra onde vai

Quem não se droga, os vegetarianos e esses tais irmãos

Pra onde vão os virgens

Pra onde vão os que são felizes

Quem vive a vida, ricos ou não.

Pra onde vai quem busca prazer

Uma viagem, sua vida seu fim

Pra onde vai uma pessoa normal

De vida simples, de onde vem pra onde vai?

Parece até que a vida não tem fim

Este é o mistério

Parece até que ninguém ‘tá’ afim

De repensar este inferno

O fim da vida não é a morte

Morte e vida cada qual com seu fim

E eu gritando em cada esquina

‘Qualé’ a sua? ‘qualé’ o seu fim?