VENENO
Maria me dá cachaça,
Se num tem me dá veneno,
Já que é pra morrê de graça,
Prifiro morrê bebeno.
Eu bebo pruque padeço,
Padeço dum mal sem cura,
Bebo todas e agradeço,
Se é da branca sem mistura.
A muié me incrimina,
Me incrimina pruque bebo,
Se bebê é minha sina,
A bibida é o aconchego.
Eu bebo, mas num atrapaio,
Não atrapaio ninguém,
Balanceio, mas num caio,
Só nos braço do meu bem.
Dizem que pinga atrapaia,
Atrapaia é a falação,
Tomara que um dia caia,
Chuva de pinga no chão.
Nesse dia eu vô pará
Vô pará, mas de vivê,
Quando o meu dia chegá,
Vô bebê inté morrê.
De cachaça eu murria,
Eu murria sastifeito,
Num gimido de aligria
E muita pinga no peito.
No velório eu só quiria,
Só quiria por ismola,
Muita pinga e aligria,
No choro duma viola.
Maria me dá cachaça,
Se num tem me dá veneno,
Já que é pra morrê de graça,
Prifiro morrê bebeno.
Eu bebo pruque padeço,
Padeço dum mal sem cura,
Bebo todas e agradeço,
Se é da branca sem mistura.
A muié me incrimina,
Me incrimina pruque bebo,
Se bebê é minha sina,
A bibida é o aconchego.
Eu bebo, mas num atrapaio,
Não atrapaio ninguém,
Balanceio, mas num caio,
Só nos braço do meu bem.
Dizem que pinga atrapaia,
Atrapaia é a falação,
Tomara que um dia caia,
Chuva de pinga no chão.
Nesse dia eu vô pará
Vô pará, mas de vivê,
Quando o meu dia chegá,
Vô bebê inté morrê.
De cachaça eu murria,
Eu murria sastifeito,
Num gimido de aligria
E muita pinga no peito.
No velório eu só quiria,
Só quiria por ismola,
Muita pinga e aligria,
No choro duma viola.