Canjerê

Pegue aí a canjibrina,

Com cajú e cajuína,

Ô natu-reza divina,

Ô natu-reza divina.

Faze eu, faze você,

Faze lá pra nóis bebê,

No dia do canjerê,

No dia do canjerê.

As negra lá é só candonga,

Num je-re-rê do candombla,

Ô Deus, e a quizumba!?

Ô Deus, e quem zomba!?

Se de lá se aponta o Exu,

Corro qui nem se corre de inchú!

Ô Deus, eu vô ficá mais tu,

Ô Deus, eu vô ficá mais tu!

Se me derrama a canjibrina,

Quando o zói vê só librina,

Cê pensa que a chuva é fina,

Cê pensa que a chuva é fina?

É de cair o maior toró,

Não fique são que dá dó,

Mas fique na có-có,

Mas fique na có-có,

E se nos acaba o goró?

Tem mais até o final,

Ê canjerê é mió,

que festa de carnaval.

Vou levar a mulata em casa,

E saí de novo pra vê,

Se outra me leva nas asas,

Até o fim do canjerê.

Ê, Ê

Canjerê!