Hipocentro Revanchista

[Uma stória sobre a stória e o terremoto do Haiti...]

A saudade nos aborda

Pela sua tradição

A vontade nos isola

À mais seca obsessão

E eu senti, fiquei marcado

Pela póstuma questão.

O progresso é exigente

Traz conforto e depressão

Pelo medo do presente

Damos o futuro em vão

Sem nenhum coringa em mãos

Restou a última opção

Cada brasa flutuante

Aproxima o céu do chão

No lar do diamante

Há discórdia e opressão

E sempre nos perguntamos

Sobre os versos da canção:

Se são híbridos ou céticos,

De amor, opinião?

Em meio às chuvas e ao eclipse

Eu não culpo a ciência

Pela criação das cobras, pelo basilisco

E eu não vejo onde a China errava

Ao pensar que o Sol ficava

Por entre as presas do grande dragão.

Humanismo não é teoria,

Pergaminho, quadro

Natureza não é esboço

Torto, desleixado

Para moldarmos de jeito, a gosto,

O contraste e a razão

Para bradarmos pela violência,

As nossas vítimas ao chão

Uma leoa, do jeito que mata,

Também carrega sua cria

Um lobo, de inocente,

Não lidera às avenidas

Cem homens até conseguem

Erguer um acampamento,

Mas haja uma mulher

Para que qualquer lugar possa ser um lar

Por vezes o gato é rato

E o rato é gato.

Sentimos displicência

Dos vírus que têm mandato

E é preciso revanchismo

Do hipocentro das razões

E é preciso que um verme

Se coloque às prontidões

Uma leoa, do jeito que mata,

Também carrega sua cria

Um lobo, de inocente,

Não lidera às avenidas

Cem homens até conseguem,

Erguer um acampamento

Mas haja uma mulher

Para que qualquer lugar possa ser um lar

E é preciso revanchismo

Do hipocentro das razões

E é preciso que um verme

Se coloque às prontidões

Ontem à noite eu plantei uma árvore

Bem no meio do trilho do trem

Que corre pelas minhas veias, que chega à minha cabeça

Ontem à noite eu previ o passado

Me joguei no caminho do automóvel

E infelizmente alguém buzinou

Ontem à noite eu cortei os meus pulsos

Procurei pelos Alcoólicos Anônimos

Não acredito que o Sol não possa ver um novo alguém nascer

Ontem à noite eu plantei uma árvore

Bem no meio do trilho do trem

Que corre pelas minhas veias, que chega à minha cabeça

Ontem à noite eu previ o passado

Me joguei no caminho do automóvel

E infelizmente alguém buzinou

Ontem à noite eu cortei os meus pulsos

Procurei pelos Alcoólicos Anônimos

Não acredito que o Sol não possa ver um novo alguém nascer

Ontem à noite eu cortei os meus pulsos

Procurei pelos Alcoólicos Anônimos

Não acredito que o Sol não possa ver um novo alguém nascer

Interromperam a missão e o contato

Interromperam a conexão

Interromperam o diálogo em pleno "Je ma pelle"

Caio Trova
Enviado por Caio Trova em 27/07/2010
Reeditado em 28/07/2010
Código do texto: T2403243
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