EU NÃO QUERO ISSO ASSIM NÃO

Eu não tenho armas

Pra vencer essa batalha

Mas tenho palavras

Pra quem quiser ouvir

A encenação de um mundo

Infeliz no futuro,

Amanhã a cada dia

O futuro se aproxima infeliz

Atos e atitudes

Perdidos com o medo do amanhã...

Até quando a sociedade vai vivendo assim

Com medo de ser feliz

E tentar buscar seus sonhos

Sem medo

Até quando se calando

Engolindo-se aos prantos

Chorando pelos cantos sem viver

Até quando se entregando

Ao mundo dos humanos,

Ao dinheiro

E essa raça infeliz

Eu não quero isso assim não

Eu não quero mais viver não

Eu não quero me entregar

Nem me render.

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Extraído do 6º disco de composições de Tiago Henrique: Acima da existência (2004)