SUBORDINADA LEI

Não é preciso me entorpecer em drogas,

Não é preciso parar.

Não é necessário ver o contrário

Para agir,

Não é difícil decidir

Vou sair aos poucos

Mas não tenho pra onde ir,

Não preciso de conforto

Mas me sentir feliz

Quando,

Querem que eu aceite essas farsas.

Quando querem que eu minta para mim,

Quando esperam que eu me entregue

A essa subordinada lei...

Eu me reviro do avesso

Me faço indefeso,

Me calo, me cego

E espero o tempo.

É só olhar pra trás.

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Extraído do 7º disco de composições de Tiago Henrique: Apenas dezoito (2004)