AS COISAS MUDAM

Eu mesmo me desconheço

Não tenho lugar,

Meus olhos sempre fecham

Da vontade de chorar.

Não quero pensar em nada

Nada, nada.

Não quero fazer nada

Nada, nada.

Não quero tentar entender.

Às vezes da vontade de sumir.

Prefiro ser sozinho

Alienado e indeciso

Que viver assim.

Minha cabeça explode

Eu saio e volto

Mas eu não sou daqui.

Eu mesmo não me encontro,

Não sei o que fazer.

Meus olhos passeiam em outros

E ninguém pra me entender

As vezes não quero nada,

As vezes não sou ninguém.

Nem sempre as coisas mudam

Pra agradar alguém.

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Extraído do 7º disco de composições de Tiago Henrique: Apenas dezoito (2004)