Os Iludidos do Bordel

Pra que se sacrificar se não vai ser pra sempre

Pra que insistir em recomeçar se o fim só acontece uma vez

Tantos passos a esmo, tantos corpos, tantos países

Já cansei de mudar se sendo outro, nem sou eu mesmo

Dias e noites, vinte e quatro horas nada outra vez

É estranho o que eu trago de fora

O mundo gira e eu estou estacado aqui

Tragos e goles e infinitos de dúvidas explodem em mim

E eu olho a arte por dentro, como tudo que é

O que não vale, e o que vale uma cifra!

Quem vai decidir?

O poder não corrompe

Mas dizem que assim é

Pra justificar o que querem fazer

Parei de pensar, parei de sentir

Pra que revolucionar se nada é pra sempre!

Pra que insistir se os governos mudam

E tudo em outra propaganda continua sendo o que sempre é

Miséria e injustiça vão sempre existir...

A humanidade é desumana?

Os fatos dizem que é.

Se ocultam atrás de grades, muros e redes

Que não conseguem prevenir

De ser o caos que sempre são que sempre serão

Há tempos parei de pensar, parei de sentir

E é em vão escrever o que eu não posso impedir

É em vão cantar essa canção outra vez

Tão em vão quanto tentar insistir em existir.

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 06/05/2011
Reeditado em 24/10/2011
Código do texto: T2953696
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