Opera Insana
Ao entardecer negro
Ouço sons de sinos
Que me embalam
Entre sombras da primavera e galhos secos
Ouço o bater das asas negras da morte
E o grito rouco do vento
E nesta corrente de medo
Vozes choram em meu ouvido
Levando-me a insanidade
Vejo em seus olhos um espelho
Como se fosse um lago profundo
Gelado e escuro
Perdido em sua própria imensidão
Em meu desespero descubro a insanidade
em minha solidão descubro a tristeza
e em meu rosto se estampa a agonia
Deste mórbido entardecer
Ouço sons de sinos
Que persistem em minha mente
Pássaros e gritos...
Folhas secas e fantasmas
A opera se inicia...
Ref. Insano
Tenho você
em meus pensamentos e em minha lágrimas
E sons de sinos
Invadem minha mente
Me deixando apenas medo e solidão