Adoração à rebeldia
Andando de noite por ruas desertas
com um cigarro na mão
Com seus passos curtos de rebeldia
entregada escuridão
Com os cabelos longos soltos
Uma beleza nata que conquistou o meu coração
Oh! garota se você soubesse que eu quero ser que nem você
Mas pra ser você eu preciso da sua permissão
De um beijo cercado mistérios desse estilo único de ser
Me mostre como ser rebelde que eu te mostro como é amar pra valer
A noite quando no silêncio ela vai a pracinha sozinha
Olhar o céu e a lua pensando no que fazer
Indo em frente sem olhar pra trás
E nunca chorar jamais, vivendo a vida
Livrando do peso de qualquer responsabilidade
E a vontade minha de ter liberdade
Sem ter grana pra me alimentar
E essa saudade de tudo que eu quero me livrar
De um tempo remoto que passou e não mais voltar
Garota eu quero ser como você
olhar sempre em frente
Com o olhar fechado, mas sincero ao sorrir
Tentendo forças pra viver.
Mas agora eu me sinto tão fraco sem você por perto
Se ao menos eu estivesse certo que você no futuro, um dia ainda vai vir até mim
Pedindo que eu te ame e que lhe acompanhasse em cada dia
Um homem numa mesa de bar bebado pedindo por garçom anotar a conta que pro dia seguinte irá pagar
Pela centécima vez, embriagado sai tropicando nas pedras do caminho
Se sentindo sozinho e tristonho
Por ter sofrido a vida inteira
Se senti um derrotado
Esse sou eu sem você
Fazendo de tudo pra te esquecer
Sofrendo calado
Olhadando a bedida me sentindo mais fraco, mais abatido
É uma tristeza vulgar, uma nuvem negra em meus pensamentos
Essa dor triste misto de solidão e medo
Sonhos perdidos, vendidos tão baratos
Esperança acabada de um dia ainda me ver sorrindo
Na escuridão fiz uma casa com as poucas coisas que me resta
De cascalho, cetim e linho
Fiz do algodão uma cordão pro meu violão empoeirado no canto do meu quarto soando baixo um choro triste
Maurício Pacheco Moreira