Ó tempo cruel

Ó tempo cruel e tão inclemente

Que pouco se importa

Com a dor que a gente sente

Ó tempo cruel que a sombra da noite

Dentro dos meus olhos não me deixam ver

Os grandes amores, meus velhos amigos

Que em minhas lembranças eu teimo em rever

Brincando nas pedras do velho açude

De águas cansadas tão mortas de sede

Ou mesmo na roça à sombra do umbuzeiro

Ao som da viola no colo da rede

Ó tempo cruel e tão inclemente

Que pouco se importa

Com a dor que a gente sente

Ó tempo cruel que o clarão do dia

Diante dos olhos a mim vem mostrar

Que de lá, distante, longe das lembranças

Amores e amigos hão de me chegar

E hão de me ouvir e seguir meus passos

Entre quatro paredes de fotografias

Da minha existência tão cruel em mim

Ainda que me encharquem os olhos de alegria

Ó tempo cruel e tão inclemente

Que pouco se importa

Com a dor que a gente sente

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 08/02/2012
Código do texto: T3487545