ORQUÍDEA NEGRA


( Zé Ramalho )


Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão

Apontar a estibordo...

Fogo!


Você é a orquídea negra
Que brotou da máquina selvagem
E o anjo do impossível
Plantou como nova paisagem

Você é a dor do dia a dia
Você é a dor da noite à noite
Você é a flor da agonia
A chibata, o chicote e o açoite

Lá fora ecoa a ventania
E os ventos arrastam vendavais
Do que foi, do que seria
Do que nunca volta jamais

Parece até a própria tragédia grega
Da mais profunda melancolia
Parece a bandeira negra
Da loucura e da pirataria

Atenção, artilheiro...


Três salvas de tiros de canhão
Em honra aos mortos da Ilha da Ilusão
Durante a última revolução do coração e da paixão

Apontar a estibordo...

Fogo!

Fogo!


Fogo!







http://youtu.be/5hHelNUZTFM



 
Wilson Madrid
Enviado por Wilson Madrid em 26/06/2012
Reeditado em 26/06/2012
Código do texto: T3745301
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