Mal mister

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Quando ouço tua voz

Que vagando no ar, bem veloz,

Traz a essência do amor e um perfume

Que me invadem a delirar.

Envolvendo-me inteiro.

Embriagando minh’alma e o coração

Sedentos por te amar.

Ao tocar tua tez

E revelar tua nudez

Sinto a essência e o contorno

Do teu corpo a deslizar

Em minhas mãos atrevidas

Invadindo a guarida do teu fruto:

Tesouro da mulher.

Tens voz suave, és mulher,

Tua vontade é um mal mister

Que jamais ousarei contestar.

Tens na pele um calor incomum

Os teus poros, um a um,

Exalam um convite para amar.

Tua voz,

No ar bem veloz;

Tua tez,

Revelando a nudez...

Seduzem meus ouvidos, minhas mãos...

Incansáveis de buscar

Teu amor pervertido

De um tesão incontido, mas sentimental:

Razão te todo mal,

Amor bandido.

Tens voz suave, és mulher,

Tua vontade é um mal mister

Que jamais ousarei contestar.

Tens na pele um calor incomum

Os teus poros, um a um,

Exalam um convite para amar.

Fortaleza-CE, 12 de outubro de 1999.

00h17min

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Pensamento

Nascemos sozinhos e na morte não será diferente: partiremos na solidão do anonimato. Portanto, por que tanto desejo de posse, de tentar regrar a vida, os sentimentos e os desejos dos outros? As paixões fluem e se diluem com o tempo; o amor se consolida, entretanto. Se o elo inicial, se o furor dos primeiros lampejos do desejo carnal arrefeceu, não serão buscas nem investigações externas que trarão de volta o cristalino sentimento inicial. Noutro sentido, são reformas interiores e o redescobrir-se como pessoa, ao lado do outro, que manterão acesas o desejo e a curiosidade que imantarão qualquer ser humano que esteja ao nosso lado.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 05/07/2012
Reeditado em 05/07/2012
Código do texto: T3761610
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