Primavera Muçulmana
A imagem plantada no espelho
o sultão cortou sua compaixão
Toda progressão perdida
no espaço consagrado
Procurar ritmos distorcidos
que coaxam nas colinas
Copo na tempestade
lagartos soltos na sanidade
mudam a cor da loucura
Atravessar o deserto com
sede de culpa
Nobre arte de compartilhar
os jardins da Babilônia
Longa tradição adormece
no ventre hereditário
Tristeza amamentando
o pobre culpado
Doce amor da muçulmana
adoeceu o coração do cristão
Converter lembranças descascadas
em tempos maduros
Raios de ira mergulham em
mares de ilusão
Um ponto cego acerta todas
necessidades que precisa
Anjo ferido aterrizou sobre
as árvores balcânicas
Serenata não faz justiça
com sua aparência mística
Desaparecer da primavera apagada
de sua rotina não te fez menor.