Primavera Muçulmana

A imagem plantada no espelho

o sultão cortou sua compaixão

Toda progressão perdida

no espaço consagrado

Procurar ritmos distorcidos

que coaxam nas colinas

Copo na tempestade

lagartos soltos na sanidade

mudam a cor da loucura

Atravessar o deserto com

sede de culpa

Nobre arte de compartilhar

os jardins da Babilônia

Longa tradição adormece

no ventre hereditário

Tristeza amamentando

o pobre culpado

Doce amor da muçulmana

adoeceu o coração do cristão

Converter lembranças descascadas

em tempos maduros

Raios de ira mergulham em

mares de ilusão

Um ponto cego acerta todas

necessidades que precisa

Anjo ferido aterrizou sobre

as árvores balcânicas

Serenata não faz justiça

com sua aparência mística

Desaparecer da primavera apagada

de sua rotina não te fez menor.

Darcy Bulhões
Enviado por Darcy Bulhões em 20/08/2012
Código do texto: T3840331
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