Apocalipse conta ás horas

Apocalipse vem a cavalo

para a beira da estrada molhada

Siga em frente e tudo ficará bem

Mergulho alucinógeno

na cachoeira de Mercúrio

Contrariado conto de fadas

Julieta desencantada

Eu disse que ele não voltaria

Navio tripulado pelo desespero

cortando a face pacífica

Todas as coisas deveriam

estar girando em uma órbita

O indiferente construindo uma

caverna de sal para o interrogatório

A sorte secando no varal

Velho corvo veio se alimentar

Cada época adormece

no seio da montanha secular

Manso eco veio fazer honra

a voz da noite solitária

Estralar da luz assustou o medo

ele correu para debaixo da mesa

Sábio léxico blefa

a cada instante

Me diga como consegue

flutuar na piscina sonora

Apareça quando o sol repousar

e elas vierem para dançar no ar

Raptaram todas as lembranças

Não paguei para resgata-las

O caminho pode estar infectado

pela sua auto-confiança.

Darcy Bulhões
Enviado por Darcy Bulhões em 20/08/2012
Código do texto: T3840334
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.