Apocalipse conta ás horas
Apocalipse vem a cavalo
para a beira da estrada molhada
Siga em frente e tudo ficará bem
Mergulho alucinógeno
na cachoeira de Mercúrio
Contrariado conto de fadas
Julieta desencantada
Eu disse que ele não voltaria
Navio tripulado pelo desespero
cortando a face pacífica
Todas as coisas deveriam
estar girando em uma órbita
O indiferente construindo uma
caverna de sal para o interrogatório
A sorte secando no varal
Velho corvo veio se alimentar
Cada época adormece
no seio da montanha secular
Manso eco veio fazer honra
a voz da noite solitária
Estralar da luz assustou o medo
ele correu para debaixo da mesa
Sábio léxico blefa
a cada instante
Me diga como consegue
flutuar na piscina sonora
Apareça quando o sol repousar
e elas vierem para dançar no ar
Raptaram todas as lembranças
Não paguei para resgata-las
O caminho pode estar infectado
pela sua auto-confiança.