Valete 7

Quando se sentia inferior

fugia do abrigo em um tapete

movido pela febre imaginária

Flechas vazaram a zona

Comprometeu toda coragem

Cada canto lançou sobre os

forasteiros a desconfiança

A janela está transpirando

o que nunca existiu

No centro de todas atenções

ela tentou se esconder

Apostas estragadas

enjoaram o tempo

No cofre está a senha

sem sentido

Valete advinha sete

Os questionamentos

espalhados no sofá

Meia volta a conta

cuspiu a engenharia

Sombra gêmea

Ser bucólico alcoólico

No fim da tarde rei Artur

com sua espada feriu o sol

ensangüentando ás nuvens

Domador de espíritos

Ocultismo concentrado

Pequeno calculista qual a chance

de se tocar o intocável futuro

Um pedaço de sua frustração

tentaram manter respirando

Luz acesa ela foi descoberta.

Darcy Bulhões
Enviado por Darcy Bulhões em 22/08/2012
Código do texto: T3843415
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