Gaiolas e Memórias

A poeira da escuridão

vestiu o corpo adormecido

Vespeiro de opiniões

mal intencionadas

pronto para atacar

e devastar aparências

Minha arma apontada

para riscar a lua cantante

Círculos arruaceiros

festejam nos céus

Ela fugiu da minha

gaiola agonizante

Mais uma vez possa ser

capturada por caçadores

famintos por prazer

Mariposa aguada

não titubeou outra vez

Quantas habilidades

afim de serem aproveitadas

em mais uma rodada

Como gosta de lamber

qualidades salgadas

O palhaço solitário

mais uma vez triste

em seu ofício hilário

Faixa de poder despejando

ordem a submissão

Morrer para nascer nas

memórias próximas

Ao redor expressões correm

para uma identidade em ascensão.

Darcy Bulhões
Enviado por Darcy Bulhões em 07/09/2012
Código do texto: T3870518
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